APRESENTAÇÃO
Entre as famílias mais antigas e
conhecidas de Alumínio se encontra a de Dário Cerioni, já homenageado com seu
nome colocado em uma via pública da cidade.
Contando com a inestimável colaboração
de sua neta, professora Angélica Cerioni, elaboramos esta postagem, dando assim
nossa contribuição à preservação da história e da cultura dessa cidade na qual
tivemos o privilégio de viver por muitos anos.
A narrativa sobre cada personagem do
trabalho, as fotos e demais informações foram todas transmitidas por ela atendendo
nosso pedido.
Fomos vizinhos da família Cerioni em
1967 quando residimos na parte aluminense conhecida como Barra Funda e clientes
no açougue de sua propriedade durante todo o tempo em que residimos na cidade.
Que a leitura desta postagem e a
visualização das fotos seja agradável e instrutiva a todos.
A SAGA DA FAMÍLIA
Conforme já dissemos, a descrição da vida e
do trabalho do Sr. Dário Cerioni e sua família é de sua neta Angélica. É o que
transcrevemos a seguir:
Filhos, cônjuges e netos:
a)
JOAQUIM
CERIONI (16/10/1932 - 29/08/2008). Casou-se
com Cezina Vieira (Cerioni) dia 22/07/1962 em Alumínio.
Filhos: Maria Cristina Cerioni (Capelloto), Maria Angélica
Cerioni, Maria Clara Cerioni e José Roberto Cerioni.
b)
MILTON
CERIONI (18/10/1935 - 13/07/2006) Casou-se
com Almey Clotilde Alvers (Cerioni) dia 24/01/1960 em Itapetininga.
Filhos: Regina Luzia Cerioni, Sandra Maria Cerioni (Toth),
Hamilton Cerioni Júnior, Flávia Elizabete Cerioni (Mastrogiuseppe) e Marcelo
Cerioni.
c)
Alzira Luzia Cerioni (da
Silva) - (28/03/1939) Casou-se com Pedro
Antunes da Silva dia 24/01/1965 em Alumínio.
Filhos: Maria Madalena Antunes da Silva (Arruda) e Pedro
Antônio Antunes da Silva.
d)
Neusa Maria Cerioni (Duarte) -
(21/10/1943 ) Casou-se com José Henrique Mora Duarte dia 19/01/1969 em
Alumínio.
Filhos: José Eduardo Cerioni Duarte e José Henrique
Cerioni Duarte.
e)
Waldery Modesto Cerioni - (07/02/1945) Casou-se com Dirce de Lima
(Cerioni) dia 24/09/1972 em Alumínio.
Filho: Carlos
Alberto Cerioni.”
LUTANDO E VENCENDO NA VIDA
Angélica fala das lutas do avô Dário e da família nos seus primórdios lá no sítio no Bairro Itararé para finalmente se estabelecerem em Alumínio e se tornarem comerciantes bem sucedidos
A mãe deles, minha vó Lola fazia todas as roupas para a família, e as vendia também.
Quando eles ficaram mais moços, dois amigos da família, Sr. Joanin Galli e o dr. Júlio de Freitas fizeram uma pesquisa de mercado para ver no que eles poderiam trabalhar. Chegaram a conclusão que o ramo de carnes, açougue seria bom. Esses amigos foram muito importantes na vida deles e levaram meu pai Joaquim e meu tio Milton para aprenderem a examinar e escolher o gado, comprar, matar e vendê-lo, lidar com quantidades maiores de dinheiro, fazer os contatos. Lembro-me de meu pai acordando às 4h para buscar boi em Capela do Alto, Capão Redondo e em Itapetininga. Nada lhes foi caído do céu.
Somente na época em que meu tio Waldery nasceu é que as condições financeiras estavam um pouco melhores. No decorrer da melhoria da condição de vida, foram construindo a casa para onde iriam se mudar.
Quando meu pai tinha dezoito anos, toda a família deixou de morar no sítio para mudar para a casa da Rua José Cerioni onde os filhos permaneceram até se casar. Meu vô Dário e minha vó Lola ficaram nessa casa até morrer. Eles se mudaram para essa casa em 1950.
A partir dai foram se estabelecendo, fizeram o açougue e a leiteria junto com a casa do meu tio Milton e a casa do meu pai, do lado direito.
Quando meu pai retornou do sítio, começou a treinar futebol na Associação Atlética Alumínio, mas como trabalhava muito, só podia participar dos treinos no domingo, após 17h. Mesmo com tantas dificuldades, meu pai se sobressaiu como jogador e chegou até a receber uma proposta para jogar profissionalmente no Palmeiras. Teve que abandonar, pois ele e meu tio eram submissos ao meu vô Dário e precisavam trabalhar nos negócios da família.
Quero frisar que minha vó Aurora Coelho Cerioni é figura importantíssima para que a família de Dário Cerioni pudesse ter chegado onde chegou, como comerciantes de posses. Ela trabalhou e muito para o sustento da família, sofreu, passou necessidades materiais, mas nunca reclamou de nada.”
DOCES LEMBRANÇAS
Foto feita em meados dos anos setenta
Lembrei-me da escalada nas árvores atrás de nossas casas, no olhar o feijão verde a ser debulhado manualmente com as compridas varas arrumadas especialmente para essa finalidade, da roupa que minha vó punha no quarador para desencardi-las, no portãozinho que dava acesso ao quintal da nona Inês e ao fundo do então bar do Arlindo Taraborelli (olha só o fusquinha dele estacionado lá no fundo), da árvore que ficava em frente ao fundo da entrada da casa da tia Bida (Luzia Cerioni Fabiani), que na verdade eu falo tia mas é prima), do galinheiro e do pequeno estábulo onde ficava a égua do meu vô Dário, a Potranca, das garagens da casa tia Bida, da escada que tinha embaixo da casa do tio Milton e que dava acesso à loja de tecidos da tia Neusa e ao açougue.
O PAI AMOROSO QUE DEUS LEVOU
Angélica, filha saudosa escreve sobre seu pai Joaquim
Cerioni, o qual aprouve a Deus recolher aos páramos celestiais, deixando nela e
em todos da família aquela saudade dolorida. Ela fala de uma postagem que fez sobre o pai, a quem se refere como"Joaquim pai, Joaquim
cuidador, doce e amigo. Mostra um lado do Juca que poucos conheceram."
“Neste mês (agosto) em se comemora o Dia dos Pais eu homenagearei o pai mais lindo e mais amado do mundo: o meu pai, Joaquim Cerioni! Já são 6 anos que ele não está mais entre nós. Lembranças, saudades? Muitas!!
Saudades das musiquinhas que ele ia cantando no carro quando passeávamos, saudades de quando eu punha meu pé em cima do pé dele e ele ia caminhando comigo, saudades de quando ele me dava banho e me ensinava que eu tinha que lavar bem dentro da orelha...
Lembro-me bem se seu choro triste quando meu vô Dário morreu e eu fiquei num cantinho observando meu pai tão forte, tão corajoso, tão bruto, tão decidido, chorando sentido.
Logo cedo, no dia em que ia sair o resultado dos aprovados da Fuvest, em 1984, meu pai correu na banca para ver meu nome na lista dos aprovados. Eu já sabia que não tinha conseguido mas me calei deixando ele e minha mãe na expectativa. Lembro do barulho das páginas do jornal sendo folheadas de lá para cá e de quando ele fechou, em silêncio a porta da cozinha e saiu para trabalhar...
No dia da festa de primeiro ano de vida da Fernanda lá estava ele, com cara de bobo, atrás da Fer e da Geórgia.
Espero que minhas palavras façam vocês se lembrarem também de seus pais, dos que já se foram e daqueles que estão perto de seus filhos, esperando todo dia por um abraço beeeeem apertado.
Abraço a todos!
ÁLBUM DA FAMÍLIA
Dário Cerioni
Dário Cerioni em sua
tradicional montaria
Dário Cerioni, em
seu porte elegante
Casa da família Cerioni em Alumínio
antes da urbanização da cidade
Joaquim Cerioni e a caminhonete Ford
Haruto Sato, Joaquim Cerioni
e um amigo.
Joaquim e Milton entre amigos
no mangueirão no sitio da família
Vó Lola (a mais alta) com uma prima
e os filhos Joaquim e Milton
Da esquerda para a direita ao fundo: Maria Clara Cerioni Angélica;
na frente: Marcelo Cerioni, filho do Milton, meu irmão
José Roberto Cerioni e Hamilton Cerioni Junior.
O corcel é da Vera Lúcia Fabiani
Joaquim, Neusa, Alzira, Valdery
e Milton em Pirapora
Joaquim Artêmio e Milton
Joaquim, o atleta da Associação Atlética Alumínio
É o último agachado, à direita
FOTOS INDIVIDUAIS DA FAMÍLIA
O garotinho Joaquim se familiarizando
com a montaria do seu pai Dário
Joaquim e sua bela horta
FOTOS FAMILIARES
José Roberto (Beto), Maria Cristina,
dona Cezina Vieira Cerioni, Maria Clara
e Maria Angélica.
Eduardo e Maria Luíza, filhos de Cristina, Geórgia Roberta
e Ana Carolina, filhas do Beto, Anna Laura, filha da Cristina
e Maria Fernanda, filha da Angélica. Ao lado de dona Cezina
está a Sara, filha da Geórgia e, portanto, bisneta de dona
Cezina e do lado direito, a mais alta é Isadora, filha do Beto.
Angélica Cerioni, filha de Joaquim Cerioni
e dona Cezina. Neta de Dário Cerioni e dona
Lola. Foi através dela que foi possível realizar
este trabalho. A ela, minha gratidão
CONCLUSÃO
Este trabalho pode ser melhorado através de críticas construtivas e sugestões. É assim que tenho feito com todas as postagens publicadas em meu blog.
Portanto, se você tiver qualquer contribuição a fazer, poderá entrar em contato comigo através do e-mail indicado no final desta publicação.
SOBRE O AUTOR DA POSTAGEM
É presbítero em exercício da Igreja Presbiteriana do Brasil, servindo atualmente na Igreja Presbiteriana Rocha Eterna de Sorocaba.
E-mail: prebwilson@hotmail.com
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