domingo, 21 de junho de 2020

RIO DOCE, MG: 50 ANOS SEM ASSASSINATOS

INTRODUÇÃO


Esta postagem foi sugerida pela ex companheira de trabalho na Companhia Brasileira de Alumínio e atualmente amiga nas redes sociais Conceição Prado.
A postagem focaliza a cidade de Rio Doce-MG, terra natal dela, que foi bastante citada nas mídias devido ao acidente com o rompimento da barragem da Samarco em Mariana, MG, que levou rejeitos de lama para o Rio Doce. 
Este rio é um dos mais importantes da região e sua contaminações gerou grandes prejuízos para a cidade de Rio Doce (abastecimento, pesca, etc.)
Entretanto, este trabalho tem por objetivo compartilhar um fato inédito e de grande importância no que diz respeito à área da Segurança Pública e dos Direitos Humanos.
Conforme transcrição de texto de 2017, iremos constatar que na cidade de Rio Doce, até aquela data não acontecia um assassinato há 50 anos!

Aproveitaremos o ensejo para mostrar outros aspectos e fotos do município, bem como as belas fotos da cidade. Quanto às fotos, pedimos desculpas por não conseguir identifica-las.


A NOTÍCIA TRANSCRITA: 


O Governo do Estado de Minas Gerais realizou um evento na última quinta-feira (10/12/2017), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, para premiar os 33 municípios que registraram índice zero de homicídio nos últimos 10 anos, de acordo com dados da Polícia Militar (PMMG) e da Secretaria de Estado de Saúde (SES).

O Prêmio, além de conferir o devido reconhecimento e destaque às pessoas físicas e jurídicas que contribuem para o avanço dos índices de direitos humanos no Estado, torna visíveis as práticas exitosas nesse setor. A condecoração busca incentivar a produção e o fomento de ações que privilegiem a temática dos direitos humanos.

O governador Fernando Pimentel enviou mensagem aos participantes, que foi lida durante o evento. Na mensagem, o governador afirma que a política de “direitos humanos é prioridade” em seu governo, e que sua administração tem “atuado no sentido de reduzir os índices de violência e pela valorização da diversidade, sempre por meio do diálogo franco com a sociedade, procurando incorporar a cidadania na luta contra qualquer tipo de violação dos direitos fundamentais em Minas Gerais”. “Não há paz onde há insegurança, desigualdade e intolerância”, completou.

O secretário de Estado de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania, Nilmário Miranda, disse que o prêmio, realizado também em comemoração ao Dia Internacional dos Direitos Humanos, foi inspirado na cidade de Rio Doce, na Zona da Mata mineira, onde há mais de 50 anos não se registra nenhum assassinato. Para ele, “Minas pode e deve dar o exemplo do desarmamento, do combate à violência, da promoção do diálogo em vez do discurso do ódio. A cultura da paz e do respeito deve ser compromisso acima de qualquer divisão política, ideológica e religiosa”.

Os municípios premiados foram: Alto Caparaó, Arantina, Belmiro Braga, Capela Nova, Caranaíba, Carrancas, Casa Grande, Conceição da Barra de Minas, Congonhal, Dom Viçoso, Douradoquara, Fama, Gonçalves, Grupiara, Ibituruna, Ingaí, Itambé do Mato Dentro, Madre de Deus de Minas, Maripá de Minas, Minduri, Olímpio Noronha, Paiva, Passabém, Pequeri, Rio Doce, Rochedo de Minas, Santana do Garambéu, Santo Antônio do Rio Abaixo, São João da Mata, Senhora dos Remédios, Serranos, Turvolândia e Itamarati de Minas.

Como prêmio, eles vão receber acervos de livros e equipamentos para suas bibliotecas.

Crédito: Marcelo Sant’Anna/Imprensa MG

HISTÓRIA

“A ocupação da sub-bacia do Rio Piranga se iniciou com a chegada das grandes bandeiras paulistas vindas de Taubaté a partir de 1694 com a notícia da descoberta de algumas amostras de ouro nas margens do rio Guarapiranga trazidas pela expedição bandeirante do cristão novo Antônio Rodrigues Arzão em 1693, na região de Itaverava, um dos primeiros arraiais auríferos das Minas Gerais e o principal núcleo de bandeirantes entre o período de 1694 a 1698. Estas Bandeiras Paulistas que passaram pelo Vale do Rio Piranga descobriram ouro, fundaram os primeiros arraiais, erigiram as primeiras capelas e a ferro e fogo desbravaram a região, surgindo as Minas Gerais.”

João Vicente Gomes
Um pouco de história

Rio Doce é o menor município da região do Vale do Piranga – em extensão territorial e número de habitantes. A ocupação deste pequeno pedaço de terra, ainda no século 18, começa antes de Ponte Nova, pólo regional. A capela de Santana do Deserto, localidade pertencente a Rio Doce, foi erigida em 1745, enquanto a de Ponte Nova o foi em 1770. Sabemos, historicamente, ser este um marco de importância. Àquela época, as capelas significavam ser o lugar habitado por um número significativo de cristãos, no caso portugueses, que aqui não estavam por acaso. Ali existe, até hoje, um dos poucos locais para a travessia segura do rio Piranga – ligando Santana (em Rio Doce) a Merengo (Santa Cruz do Escalvado), por balsa ou mesmo a vau em tempo de estiagem.
As terras de Santana pertenciam à viúva do bandeirante Matias Barbosa, um desbravador setecentista, e foram doadas à Igreja Católica. História antiga.
O distrito Rio Doce surge quase um século mais tarde, em 1886 quando a Estação da Estrada de Ferro Leopoldina foi inaugurada pelo Imperador D. Pedro II na localidade até então denominada Vila de Perobas. Rio Doce cresceu com a ferrovia, a ligação com o Rio de Janeiro, com os ferroviários e imigrantes. Cresceu até ficar do tamanho que é. Pode-se até dizer que em determinado momento encolheu, pois no início dos anos 40, ainda distrito, Rio Doce teve sua maior população apurada em censos: 4.258 pessoas (1.027 na sede e 3.231 na região rural). Hoje, com 2.468 – segundo dados do IBGE – apresenta ligeiro crescimento em relação ao ano 2000.
Município a partir do dia 3 março de 1963 (desmembrado de Ponte Nova) esta pequena cidade tem seu próprio modo de vida: tranquilo, sem violência e com grande participação da comunidade nos festejos, comemorações e administração pública. Modificações importantes aconteceram nos primeiros anos deste novo século, mas a vida pacata tem sido preservada, conforme o desejo de todos.
Em 2001, junto com a nova administração municipal, eram iniciadas as obras da UHE Candonga, empreendimento da Companhia Vale do Rio Doce e Alcan Alumínios do Brasil (esta substituída pela Novelis). Durante três anos a população urbana dobrou. Os problemas surgidos eram esperados, assim como seus impactos. Sofremos e aprendemos, pretendemos evitá-los no futuro, tanto quanto possível.
Fonte: Site oficial da Prefeitura de Rio Doce, MG

125 ANOS DE RIO DOCE

Em 6 de setembro de 2013 a cidade completou 127 anos de inauguração da Estação da Estrada de Ferro Leopoldina. Estação Rio Doce. Quando os primeiros trilhos chegaram à localidade seu nome era Perobas, madeira abundante na época. Como, próximo dali, estava o encontro dos rios do Carmo e Piranga marcando, tradicionalmente, o início do rio Doce, decidiram os responsáveis pela construção da ferrovia dar este nome à estação. Nascia Rio Doce a 6 de setembro de 1886, suas primeiras ruas traçadas, na prancheta e na terra, por engenheiros e operários da Leopoldina.
Desde o princípio a ferrovia foi importante para a região, o ramal que vinha do Rio de Janeiro encerrava-se em Dom Silvério, cerca de 16 km adiante. Famílias de ferroviários se formaram e cresceram em Rio Doce. Levas de imigrantes – italianos, espanhóis, portugueses e libaneses – chegavam pelos trilhos. O povoado transformou-se em Vila, depois Distrito (primeiro de Mariana, posteriormente de Ponte Nova) até se emancipar em 3 de março de 1963.
 
Fonte: Site oficial da Prefeitura de Rio Doce - MG


OUTRAS INFORMAÇÕES

Rio Doce é uma cidade de Estado do Minas Gerais. Os habitantes se chamam rio-docenses.
O município se estende por 112,1 km² e contava com 2 610 habitantes no último censo. A densidade demográfica é de 23,3 habitantes por km² no território do município.
Vizinho dos municípios de Santa Cruz do EscalvadoBarra Longa e Dom Silvério, Rio Doce se situa a 18 km a Norte-Leste de Ponte Nova a maior cidade nos arredores.
Situado a 461 metros de altitude, de Rio Doce tem as seguintes coordenadas geográficas: Latitude: 20° 15' 11'' Sul, Longitude: 42° 53' 41'' Oeste.
Fonte: Site oficial da Prefeitura de Rio Doce - MG.


FOTOS ILUSTRATIVAS


































Rio Doce com suas águas limpas que abastece a cidade
de Rio Doce e é fonte de renda para os pescadores.

O rio Doce após receber os rejeitos da barragem da Samarco
que rompeu em Mariana, MG.
Fonte: Site oficial da Prefeitura de Rio Doce - MG.

CONCLUSÃO


Espero ter prestado uma homenagem a todos os que, como a amiga Conceição Prado, nasceram nessa bela e tranquila cidade mineira.
Entretanto se alguém tiver informações que sejam relevantes para aperfeiçoar ou corrigir alguma coisa neste trabalho, poderá comunicar-se comigo pelo e-mail indicado no final.




SOBRE O AUTOR



Wilson do Carmo Ribeiro é industriário aposentado, professor e historiador diletante. É presbítero emérito da Igreja Presbiteriana do Brasil.
E-mail: prebwilson@hotmail.com




QUINTO ENCONTRO DE CONJUNTOS E QUARTETOS MASCULINOS NA IGREJA PRESBITERIANA DE CAMPO LARGO EM SALTO DE PIRAPORA

  APRESENTAÇÃO Aconteceu dia 30-04-2011 com início às 19 h 30 minutos na I.P. de Campo Largo em Salto de Pirapora o 5º Encontro de Conjuntos...