APRESENTAÇÃO
Aprazível local
para passeios, recepções, festas de aniversários e de casamentos, o Horto
Florestal de Mairinque é um grande bosque com vegetação natural e eucaliptos.
Apesar de abrigar a instalação de uma indústria em uma de suas extremidades e
de ter duas rodovias a cortá-lo, o local é ainda um pulmão verde muito visitado
na cidade. A seguir transcrevemos a História do Horto Florestal de Mairinque,
mais uma vez utilizando-nos da publicação da Revista Comemorativa Mairinque 94
Anos:
O HORTO FLORESTAL – PARQUE ANTONIO
ANSELMO
“O Horto
Florestal era toda a área pertencente à Estrada de Ferro Sorocabana onde se
cultivava eucaliptos, circundando a antiga Vila Mayrink e o "Arraial do
Sapo", atual Vila Sorocabana. O Horto Florestal fazia parte de toda a
gleba remanescente dos 256 alqueires, adquirida no fim do século passado pelo
Estado, dos proprietários locais, área que compreendeu parte das chamadas
"terras do Manduzinho". A aquisição se deu em vista do plano da
Sorocabana de construir, perto da estação, o pátio ferroviário, oficinas,
depósito e outros setores da ferrovia, residências para seus funcionários, e
também manter reserva da mata que forneceria a lenha para combustível das
locomotivas. Inicialmente a Sorocabana explorava a mata pelo simples sistema de
corte, o qual era feito pelo processo de empreitada, por volta de 1934, onde
era empreiteiro do corte de lenha, Abdala Naufal, que tinha como
sub-empreiteiros: Jose Garcia e Paulo Basile. Em conseqüência da devastação da
mata natural, viu-se a ferrovia obrigada a fazer replantio de áreas, de modo a
garantir o abastecimento do combustível necessário. Isso aconteceu também em
outros pontos da linha, como em Jupira, Andrade e Silva, Itatinga, Bela Vista,
Salto Grande, e outros locais em 1955. Para a manutenção do Horto Florestal,
utilizava-se de mudas de eucalipto e cedrinho, as quais eram semeadas em um
viveiro, num galpão que ficava próximo ao casarão. Plantavam-se também feijão e
milho. O milho era utilizado para alimentação dos animais utilizados no
transporte da lenha, em carroças. Mais tarde, esse viveiro foi transferido para
a parte de baixo, o Iº Horto, como era chamado. As mudas eram também cedidas
aos "outros" hortos que estavam se formando e aos fazendeiros da
região. Havia um paiol onde o milho era guardado e debulhado com máquina
manual. As casas que ali existiam, eram de pau-a-pique e madeira, não contavam
com luz elétrica e água encanada. Na área compreendida como viveiro havia um
tanque, cuja água era usada para regar as mudinhas. Ali foi cavado um poço, o qual
deu água potável, muito apreciada e procurada pelas famílias da Vila.
O Horto era
muito bem conservado, limpo e respeitado pelos que ali trabalhavam e pelos
visitantes. Na época, os gêneros de eucaliptos cultivados eram: Saligna,
Citrioclora, Tereticornis, Rostrata e Glóbulus. Até 1940 usava-se como
transporte: carroça e charrete. Depois veio um caminhão Dodge 27. O
"chaufer" era o Sr. Christino Garcia. Esse veículo transportava
terra, mudas de eucaliptos e funcionários de administração. Era mecânico, o Sr.
Nelson Carvalho Martins. Foi construída uma garagem grande ao lado do paiol e
um lugar para a charrete, e atrás ficava a cocheira dos animais. Em 1973, a
Prefeitura Municipal adquiriu a gleba de 200,68 alqueires, mediante a Lei
541/73 e o Decreto 842/73, do Governo do Estado, Que possibilitou a execução da
Lei Municipal 387/69.
Na ocasião em
que a Prefeitura Municipal de Mairinque adquiriu da Fepasa a gleba entendida
como Horto Florestal verificou-se que: as plantações existentes, com a idade
media de 30 anos, com exceção feita aquelas próximas à sede, as demais, já no
seu 3º e 4º corte, constituíam-se de plantas já intensamente exploradas,
com o ciclo econômico de produção prejudicado pela elevada percentagem de
falhas.
Na sua
totalidade, as plantações são do gênero "Eucalyptus”, somando
aproximadamente, de acordo com o levantamento procedido em 1966, 541.330 pés de
várias espécies, ou seja, Saligna, Tereticornis, Robusta, Rostrata e Glóbulus.
Estimou-se, na data em que o Horto passou para municipalidade de Mairinque,
dando-se um desconto de 20% para falhas, pés dominados, formigas cortadeiras,
tocos que secam, etc. a existência de aproximadamente 4000 pés. Até 1973, não
aconteceram outras melhorias e de 1973 a 1976 foram instaladas no Horto,
oficinas mecânicas e o almoxarifado da Prefeitura, ocupando razoável espaço da
vegetação que existia. Em 1980 foi fundado o Museu Conselheiro Francisco de
Paula Mayrinque (o qual citaremos mais adiante), instalado no antigo casarão e
conseguida a Locomotiva à vapor, exposta em frente ao pátio do almoxarifado.”
Fonte: http://wilson-ribeiro.blogspot.com.br/2012/05/pequena-historia-do-municipio-de.html
((transcrito da na Revista Comemorativa 97 Anos)
FOTOS ILUSTRATIVAS
UMA DOCE LEMBRANÇA
A gleba de terra onde foi implantado o Jardim Cruzeiro em
Mairinque, inicialmente com denominações de Gleba A e Gleba B, também faziam parte
do Horto Florestal.
Morando e trabalhando em Alumínio, à época um bairro de
Mairinque, adquirimos um lote na Gleba A, na rua que inicialmente se chamou Rua
Dez e posteriormente veio a se chamar Rua Dr. Jones Bill Munhoz, estimado
médico mairinquense que faleceu em acidente em 1982.
Iniciamos a construção em 1978 e finalizamos a mesma em
1980 com financiamento pela sistema habitacional. Ali moramos durante 16 anos,
inesquecíveis para a toda a família.
Na foto, da qual não sei identificar a origem, vê-se ao
fundo a Gleba A do Jardim Cruzeiro nos seus primórdios. A casa, pintada em
verde, que aparece próximo do final do cano da arma de brinquedo do menino é a
nossa. A que está do outro lado é do Dr. James Beal Munhoz e mais abaixo, na
outra rua aparece o depósito de´materiais de construções da Loja Dismar.
CONCLUSÃO
Este trabalho pode ser melhorado através de críticas construtivas e sugestões. É assim que tenho feito com todas as postagens publicadas em meu blog.
Portanto, se você tiver qualquer contribuição a fazer, poderá entrar em contato comigo através do e-mail indicado no final desta publicação.
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