APRESENTAÇÃO
Durante os anos em que
moramos em Mairinque um dos bons programas no mês de novembro era ir à Festa do
Pêssego, evento que atraía não só a população local e dos
arredores, mas também a de muitas outras cidades da região e de fora dela.
Além dos
saborosos frutos a Festa do Pêssego proporcionava aos produtores a exposição de
outros tipos de produção agrícola, como lindas flores e, em se tratando de
colônia japonesa, os famosos e exóticos bonsais. Produtos hortigranjeiros de
excelente qualidade também podiam ser adquiridos na FEPEMA, onde a diversão era
garantida nos shows e nos parques de diversões instalados no recinto.
Com a
expansão urbana da cidade diversas áreas antes produtora de pêssego foram
loteadas e transformadas em núcleos residenciais.
Somado a outros fatores a produção do fruto diminuiu tanto que a FEPEMA deixou de ser realizada, chegando ao fim o ciclo pessegueiro e uma diversão garantida aos mairinquenses nos finais de cada ano.
Somado a outros fatores a produção do fruto diminuiu tanto que a FEPEMA deixou de ser realizada, chegando ao fim o ciclo pessegueiro e uma diversão garantida aos mairinquenses nos finais de cada ano.
ORIGEM E EVOLUÇÃO
O início da cultura de pêssego em Mairinque data
aproximadamente de 1948, quando José Maria Whitaker, um advogado que
foi por duas vezes Ministro da
Fazenda, Presidente e
Secretário Estadual da Fazenda do Estado de São Paulo comprou uma muda de
pêssego, numa feira de Istambul (Turquia), trazendo-a para a Fazenda Santa
Amélia que era de sua propriedade. A muda cresceu, aceitou o solo e o
clima mairinquense, produzindo bons frutos, gerando novas mudas, árvores e
pomares. Chegaram novas variedades da China, EUA e Japão, evoluindo de ano para
ano. Nessa época iniciavam suas atividades no Bairro Setúbal, as primeiras
famílias japonesas como: Muminatsu, Kiokawa, Shintaro, Tamoka, Toshiaki, Maeda,
Massaiti Nagano, Shuti Kagi e, no Bairro Oriental, a família Sadaichi Koga. Por
volta de 1953, foi despertado maior interesse da nova colônia em plantar
pêssegos, visto os bons resultados obtidos pelos plantadores primitivos.
Dessa maneira, com as novas famílias: Sadami
Hirakawa e Ichiro Inuma, no Bairro Setúbal e Tamaki no Bairro Monjolinho, o
plantio de "PRUNNUS PERSICA", desenvolveu-se rapidamente. As
primeiras plantações de pêssego foram realizadas com as variedades:
"Branco Duro", "Suber" e "Rei de conserva".
Em 1962, o prefeito da época sI. Arganauto
Ortolani, estimulado pela qualidade e quantidade dos pêssegos de Mairinque,
tomou a iniciativa de realizar a 1ª Festa do Pêssego, mas devido a não
aprovação da idéia pela Câmara de vereadores, tal projeto não pode ser
concretizado. Mas no ano de 1964, a 1ª Festa do Pêssego em Mairinque é
realizada tendo a frente o prefeito João Chesini com o auxílio dos festeiros de
São José, da Companhia Brasileira de Alumínio e especialmente os plantadores de
pêssegos do município. O presidente nomeado foi o Sr. Jonas Budreckas e a
realização da festa foi numa área reservada para a praça pública na Vila Sorocabana.
Foram presidentes das 14 festas anteriores: 1964 - Jonas Budreckas; 1967 -
Sadami Hirakawa; 1968 - Comissão central composta por: Sadami Hirakawa,
Yosimori Haga, Arganauto Ortolani, Kazuyo Nishiyama, Higuero Okamoto, Antonio
Okamoto e Mutsuo Tamaki; 1969 - Geraldo Pinto do Amaral; 1970 - João Chesini;
1971 - Eichi Kayama; 1972 - Mitsuo Ternura; 1974 - Arganauto Ortolani.
O período de realização da Festa do Pêssego dá-se
em fins de novembro e começo de dezembro, com a promoção da Prefeitura
Municipal de Mairinque, Secretaria da Agricultura e Produtores. Os objetivos
são: - Promover o pêssego de Mairinque na condição de melhor pêssego do Brasil.
- Promover o turismo no Município. - Estimular os produtores agrícolas.
Atualmente a festa é realizada no Parque "Dr. Júlio de Mesquita
Filho", especialmente preparado para realizações dessa Festa anualmente,
localizado à margem da Via Raposo Tavares, km. 67.
Quatros bairros de Mairinque são os que mais se
destacam na cultura de pêssegos: Monjolinho e Dona Catarina, por terem clima
mais quente, colhem seus produtos mais cedo, antes de novembro; Setúbal e
Oriental, mais frios, colhem mais tarde, com suas safras coincidindo com a
Festa do Pêssego. Normalmente, as culturas de pêssegos são pequenas,
limitando-se de 700 a 1000 pés por propriedade. Limitação esta, que tem duas
justificativas: o cuidado que exige uma cultura dessas e a necessidade que o
lavrador tem de plantar também outros tipos de frutas que viriam representar a
garantia no caso do fracasso ou frustração de uma delas. As Festas do Pêssego
sempre foram motivo de orgulho para a população mairinquense: os seus desfiles,
a rainha da FEPEMA, os carros alegóricos, a comunidade prestigiando...
Fonte: Revista
Comemorativa – Mairinque – 94 Anos).
O DECLÍNIO E O FIM
Com
o passar dos anos o Município de Mairinque sentiu um declínio na produção de
pêssegos e por consequência a realização da FEPEMA começou a refletir esse
problema. A transformação de terrenos cultiváveis em loteamentos foi um dos
motivos que causaram a desaceleração da produção dos deliciosos frutos no
município.
Nas últimas
edições do evento, os realizadores trouxeram pêssegos do Município de Guapiara
no sudoeste paulista para que a exposição do principal produto não ficasse não
restrita.
No entanto,
no ano de.......... a última edição da Festa do Pêssego foi realizada, deixando
um vazio na programação anual de eventos da Prefeitura Municipal e demais
entidades que se uniam para a realização da festa.
Poderíamos
dizer que foi muito bom enquanto durou! ( o autor)
ACERVO FOTOGRÁFICO
Notícia jornalística sobre a 1ª FEPEMA
vendo-se o prefeito à época, Sr. João Chesine
Vista geral dos pavilhões durante a
realização da Festa do Pêssego de Mairinque
27ª edição da FEPEMA
Colônia japonesa de Mairinque - Eram os principais
produtores e expositores de pêssegos e outros produtos
horti-fruti
(Luciano Totta sendo entrevistado)
Luciano Totta e Poroca (Funcionário da Prefeitura
Municipal que atuava nas instalações da FEPEMA)
Luciano Totta e Poroca (Funcionário da Prefeitura
Municipal que atuava nas instalações da FEPEMA)
apresentando na festa
Jardim Japonês - Homenagem da municipalidade
à colônia japonesa próximo do local onde era
realizada a Festa do Pêssego de Mairinque
Pêssegos (eram produzidas e comercializadas
diversas variedades do fruto)
(foto ilustrativa - Internet)
(foto ilustrativa - Internet)
Pessegueiros, com os frutos ainda verdes
(foto ilustrativa - internet)
(foto ilustrativa - internet)
Bonsai - eram produzidos, expostos e comercializados
na FEPEMA
(fotomontagem ilustrativa - internet)
(fotomontagem ilustrativa - internet)
Pessegueiros floridos
(foto ilustrativa - internet)
(foto ilustrativa - internet)
Notícia jornalística sobre a 12ª FEPEMA
Rainha e princesas na FEPEMA de 1972
Rainha e princesas - Edição da FEPEMA não identificada
Funcionárias da Prefeitura Municipal
de Mairinque atuando como recepcionistas
Foto do local onde eram realizadas as Festas do Pêssego
de Mairinque (época não identificada)
Fontes: - Revista Comemorativa Mairinque 96 anos;
- Internet;
- Facebook
CONCLUSÃO
Este trabalho pode ser melhorado através de críticas construtivas e sugestões. É assim que tenho feito com todas as postagens publicadas em meu blog.
Portanto, se você tiver qualquer contribuição a fazer, poderá entrar em contato comigo através do e-mail indicado no final desta publicação.
Parabéns pelo registro histórico.
ResponderExcluirJosé Orlando Malagueta
Obrigado Sr. Malagueta. Abraço.
ResponderExcluirExcelente matéria, Parabéns. Quanta saudade da FEPEMA, como era bom!
ResponderExcluirParabéns pela matéria, lembro-me quando criança assistir os shows com minha saudosa mamãe.
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