APRESENTAÇÃO
Morei em Alumínio vinte e dois anos e trabalhei na CBA mais de trinta. Foi ali que cresci como pessoa e como profissional. Ganhei experiência de vida, fiz amigos e ganhei estabilidade econômica. É inevitável, pois, que tenha um sentimento de gratidão pelos companheiros com os quais convivi nesses anos todos, desde aqueles que nos comandaram como os que foram por nós comandados.
Como tenho escrito
sobre Alumínio e sua gente (http://wilson-ribeiro.blogspot.com.br/2011/10/cidade-de-aluminio-fatos-e-fotos-de-sua.html ) achei por bem, até para colaborar com a História da grande
indústria que é a CBA, descrever alguma coisa sobre a origem, evolução e
pessoas que fizeram parte desse processo, entre os quais eu modestamente me
incluo.
Vista aérea da cidade de Alumínio, SP onde
está situada a Cia. Brasileira de Alumínio
(Foto de Benedito Dias)
AS ORIGENS DA CBA
Conta o Dr. Miguel de
Carvalho Dias, Vice-Presidente da CBA em pronunciamento feito na Associação
Brasileira de Metais em São Paulo, SP que o surgimento da Cia. Brasileira de
Alumínio só foi possível devido a somatória de idéias de dois homens de muita coragem,
capacidade de ação e idealismo: O fazendeiro Lindolfo Pio da Silva Dias e o
Engenheiro José Ermírio de Moraes. O primeiro tinha uma fazenda na região de
Poços de Caldas, MG onde existiam jazidas de bauxita, o minério do qual se
extrai o alumínio. O segundo era um engenheiro formado na tradicional Escola de
Minas e Metalurgia do Colorado, USA.
A idéia de se instalar uma fábrica de
alumínio nas proximidades da estação de Mairinque nasceu no final da década de
1930, mas a companhia só foi organizada em 05-12-1941. Conta ainda Carvalho
Dias que as coisas se tornaram muito difíceis visto que a 2ª Guerra Mundial
então em curso teve uma complicação a mais com o bombardeio de Pearl Harbor
pelos japoneses dois dias depois. Os Estados Unidos não exportariam o
maquinário de que a fábrica iria necessitar.
Somente em 1948 é que foi possível a compra dos
equipamentos não na América, mas na Europa. Um ano depois se incorporou à
equipe de trabalho o recém formado engenheiro Antonio Ermírio de Moraes com
apenas vinte e um anos de idade, mas plenamente preparado para as tarefas que o
aguardavam. Conta então Carvalho Dias que o jovem e entusiasmado engenheiro
dedicou-se inteiramente ao trabalho e a CBA e tornou uma realidade.
Pensara-se inicialmente em instalar a fábrica na
vila de Mairinque, porém a ideia não foi levada adiante porque se tratava de
uma vila fechada, habitada por trabalhadores da Estrada de Ferro Sorocabana.
Pensou-se então na localidade de Pantojo, onde existe uma estação ferroviária e
a linha de transmissão da Light de 88.000 volts passando ao lado. Mas a usina
acabou sendo instalada um pouco mais adiante, na Fazenda Rodovalho, onde
existia uma estação ferroviária com o mesmo nome.
A INAUGURAÇÃO
A CBA foi inaugurada no dia 04-06-1955 com a presença do Presidente da
República João Café Filho e do Governador de São Paulo Jânio da Silva Quadros.
Coincidentemente nesse mesmo dia, conforme relata o Dr. Miguel de Carvalho
Dias, morria seu pai um dos empreendedores do projeto. A CBA deparava agora com
um grande problema: A necessidade de energia elétrica em grande quantidade, o
que ela acabou solucionando ao construir diversas hidrelétricas no Rio Juquiá e
em um de seus afluentes.
Ao longo dos anos a empresa
foi sendo modernizada, adquirindo novos equipamentos e tecnologias, aumentando
em muito sua capacidade de produção de metal. No projeto inicial que não deu
certo, a ideia era a de transformar a bauxita em óxido de alumínio. Já no
segundo e definitivo projeto a concepção foi de uma fábrica integrada que
trabalha desde a separação do minério até a fabricação de chapas, folhas,
telhas, extrudidos, cabos para transmissão de energia e lingotes, atendendo as
demandas do mercado nacional e internacional.
FOTOS DE
PRODUTOS ACABADOS FABRICADOS NA CBA
Fonte: Revista: Cia. Brasileira de Alumínio - Mais uma empresa do Grupo Votorantim
FOTOS DA CONSTRUÇÃO CBA
OUTRAS FOTOS RELACIONADAS À CBA
Antonio Ermírio e o governador
Adhemar de Barros
O pai foi Senador e Ministro da Agricultura. Faleceu em 1973.
Com as ampliações, ficou dentro da fábrica
e se tornou um moderno espaço para recepção
de visitantes, em especial de caravanas de
estudantes universitários.
A CBA doou o terreno no onde foi construída
a nova Igreja Matriz.
Na Vila Industrial, na quadra que fica entre a Av. Paula Souza,
Gaspar Ricardo, José Maria Borges e Gabriel da Silva Diassituavam-se os estabelecimentos comerciais, entre eles os
da própria CBA: quitanda, armazém e açougue.
Na foto, a padaria do Neco e a quitanda da CBA
Transcrito do livro Votorantim Para
Mim (30 Vencedores do Concurso Interno de Histórias). 1918-2003, pág. 14 a 16.
Faço parte do quadro de
funcionários da CBA desde os 14 anos de idade. Iniciei minhas atividades como
Estafeta (Office-Boy), no Setor Guardas, hoje Setor de Vigilância.
Este fato verídico
aconteceu numa quente tarde de janeiro, em 1970.
Lá estava eu no meu
posto, quando, por volta das 1Sh1S, o meu chefe, Sr. Orlando Silva, me entregou
um documento que precisava ser analisado pelo então Diretor Industrial Dr.
Antônio de Castro Figueirôa. Disse-me também que o mesmo se encontrava na área de
expansão do Setor de Laminação. Apanhei o documento, coloquei-o dentro da minha
pasta e rumei rapidamente para o local indicado. A Empresa não permitia que
menores de idade cumprissem mais de oito horas de jornada de trabalho e se eu
não me apressasse, certamente não cumpriria a tarefa até as 16 horas, horário
do término da minha jornada.
Lá chegando, não
foi difícil localizá-lo, pois se encontrava bem no meio do terreno que
estava em processo de terraplanagem. Durante a caminhada até o local, eu
transpirara bastante. Quando estava a alguns metros do Diretor, passou por mim
um caminhão levantando a nuvem de poeira, a maior que eu já vi até hoje.
Não preciso relatar como ficou o meu rosto: com muito suor e muita poeira.
Aproximei-me e aguardei, pois o Dr. Figueirôa naquele momento conversava com o
Sr. Honorato Nogueira (Chefe do Setor TV 3). Em meio à conversa, esticou o
braço para apanhar o documento de minhas mãos. Sem interromper o assunto,
assinou o papel e voltou-se para entregá-l o a mim. Foi neste instante que
percebeu o meu estado e disse-me:
- Jovem, parece que
senhor não se deu bem com a poeira daqui? - É, Doutor, aqui tem um bocado de
pó. Mas parece que o senhor não foi atingido - respondi.
- É que eu me encontro a
favor do vento, meu jovem!
Rindo, ele gesticulou
chamando o seu motorista e disse:
- Sr. Tameiros, por
favor, leve este jovem até o Setor Guardas, pois esta caminhada até aqui o
deixou em péssimo estado!
Entrei na caminhonete e
fui levado ao meu setor todo satisfeito por mais uma missão cumprida e em tempo
hábil e, ainda, pela atenção do Diretor para comigo. Ao chegar no setor, ainda
faltavam 25 minutos para as 16 horas. Mal tinha acabado de me lavar na pia do
banheiro para "tirar o mais grosso" (naquela época o setor não dispunha
de chuveiros), surge novamente o Sr. Orlando Silva com outro documento para ser
assinado com urgência pelo Dr. Figueirôa e o único Estafeta presente no momento
era eu. Novamente, parti em direção ao mesmo local, pois certamente ele ainda
se encontrava lá. A caminhada desta vez foi mais forçada, o que fez com que eu
ficasse mais suado ainda. A aproximação até o Dr. Figueirôa foi igual à
anterior, eu poderia jurar até que a nova nuvem de poeira que me cobriu
novamente foi causada pelo mesmo caminhão.
Aproximei-me e desta
feita ele estava sozinho. Estendi-lhe a pasta com o documento. Ele apanhou a
pasta e, enquanto fazia a leitura e assinava, perguntou-me com o semblante mais
sério:
- O jovem parece ter
gostado da poeira daqui desta área?
- Não gostei não,
Doutor, é que não havia mais nenhum Estafeta disponível no momento -
justifiquei.
- Muito bem - disse ele
gesticulando para que o seu motorista se aproximasse - Sr. Tameiros, leve
novamente este jovem até o Setor Guardas, espere que entregue os documentos,
que se lave, que marque o ponto de saída e deixe-o em sua casa que fica na Vila
Industrial. Depois disso, o Senhor. venha me apanhar aqui!
O Sr. Tameiros cumpriu à
risca todas as ordens do Diretor e, mesmo quando eu lhe disse que iria para
casa sozinho, não permitiu. Deixou-me na porta da casa de meus pais e voltou
para a Fábrica...
CUIDANDO DOS VIVOS E
DOS MORTOS
"Comecei na
Votorantim como Telefonista. Tive um problema de audição e passei para o
Serviço Social.
Na época, a gente fazia de
tudo. A cidade de Alumínio não tinha velório ou necrotério, então, em casos de
acidente ou morte, nós é que tínhamos que ajudar. Troquei muito defunto e
socorri muita gente na estrada. Mais tarde, veio o convênio com a funerária e
eu não precisei mais fazer isso. Mas nunca tive medo de trabalhar. Para a gente
fazer um serviço, tem que gostar. Falam que eu sou 'pau pra toda obra;"
Podem me chamar a qualquer hora do dia ou da noite, no baile, forró, qualquer
lugar. Eu estou sempre à disposição para atender. Isso porque eu gosto de
cuidar das pessoas.
Iraci Martins Lima
nasceu em Waitaba (BA), em 23 de junho de 19S3. Profissionalizou-se como
Atendente de Enfermagem. Atualmente exerce o cargo de Auxiliar de Serviço
Social na Companhia Brasileira de Alumínio.
Livro Votorantim 85 Anos (Uma História de Vida e Trabalho) - pag.120
"HERANÇA DE
FAMÍLIA"
(Nelson Candido da Costa Filho)
Nelson Candido da Costa Filho nasceu em
Alumínio, então distrito de Mairinque (SP), em 19 de janeiro de 1958. Fez
cursos nas áreas de Eletrônica e Metalurgia. Começou a carreira em 1975 na Companhia
Brasileira de Alumínio como Aprendiz. Atualmente é Técnico de Manutenção."
Livro Votorantim 85 Anos (Uma História
de Vida e Trabalho) - pag. 49.
OS TRONCOS DE
EUCALIPTO
(Adauto Braga Diniz)
Nasci 1965 em Alumínio.
Entrei na CBA como Aprendiz de Carpinteiro. Meu pai também trabalhou na
empresa. Aliás, minha família toda. Tenho alguns irmãos que trabalham ainda. A
nossa vida sempre foi aqui em volta da CBA. Meu pai começou a trabalhar em
1950. Ele conheceu minha mãe na Fábrica, e depois se casaram.
Eles contavam que no
começo ajudaram a tirar os troncos de eucalipto do terreno da Empresa com bois,
pois havia muitas dessas árvores na área. Eles trabalhavam com bois porque
naquela época não tinha máquina, nem trator, nem motosserra. Era tudo manual.
Quando eu cheguei à
adolescência, quis trabalhar também, para ter um ganha-pão. Entrei em 1979, na
Construção Civil. Fiquei ali sete anos. Depois, passei para uma seção que me
dava mais oportunidades de continuar meus estudos: formei-me Técnico em
Eletrônica e Instrumentação. Durante esses anos, a Empresa mudou muito. A maior
dessas mudanças foi a comunicação entre os funcionários. Hoje temos mais
diálogo. Foi uma mudança fantástica.
Em nossas reuniões,
conversamos sobre tudo.
Livro Votorantim 85 Anos, pág. 52
MEMÓRIAS DE UM
ESTAFETA (*)
(José Olívio de Oliveira)
Mudamo-nos
para Alumínio em 1971 e já em agosto de 1972 começo com quase 14 anos a
trabalhar na CBA. Para quem veio da roça, a gigantesca fabrica assustava pelo
tamanho dos equipamentos e máquinas, pelos ruídos por eles gerados, pelo
movimento dos trabalhadores. Meus olhos contemplavam com certo medo, e com
certeza não era melhor que observar as montanhas, lavouras e animais espalhados
pelos campos na região de Bofete.
Meu destino
era o Controle de Produção na Laminação, subindo as escadinhas de ferro,
daquele escritório em paredes de vidros, onde o calor e o ruído sempre
predominavam e naqueles tempos não era considerado insalubre. Fui apresentado
ao pessoal: Neto, Antonio Bruno, João Marinho, Carlos Arantes (Chinelo), Luiz
Carlos Fortes, Sr Osvaldo Valentin de Castro, Aroldo de Souza, Fernando Risi,
posteriormente ali também trabalharam Carlinhos Gonçalves, Antonio Crispim,
Antero Antunes, Marcos Inferno, Luiz Jorge Porangaba e Luiz Antonio Vieira.
Fernando
Risi foi quem mostrou toda a fábrica e quem me apresentava por onde passávamos.
Digamos que num dia como hoje, o Neto entregara uma correspondência onde
deveria passar em quase todas as partes da fabrica, correspondência essa que
antes deveria ser registrada num livro ata para ser assinado na entrega.
Começaria pela Carpintaria e visitaria o Sr Jair, depois Sr Rodeli na
Expedição, Sr Armando Pucci, os motoristas Sr Ernesto, Orlandão, João Batista
(violeiro) e Laércio na Motorizada.
Aproveitava
e tomava um café com Sr Décio Antunes na Lubrificação. Retornando ao interior
da Laminação, passaria pelo Setor de Cabos e cumprimentava os senhores Morency,
Domingos Armando e Zé Gomes. Seguindo passaria pelo Almoxarifado do Dex e daria
um alô ao Sr Itajiba de Moraes, seguindo ate o escritório das Prensas deixaria
alguns papeis com o Sr Olavo Siqueira ou Cirso. Na Fermentaria Sr Gabrielli e
Luiz Barbaresco e na Utensiliaria o Sr Eugenio.
Enquanto
caminhava os funcionários brincavam comigo, especialmente devido ao meu tamanho
e idade. Segui adiante e no Controle de Qualidade, vejo o engenheiro Sergio e
Pompiani, mais adiante passei pelo Vicente Vieira e Adilson no Beneficiamento.
No Dimel,
Silvestre e o Nico me saudaram. Saindo da Laminação de Chapas, cruzo com Sr
Elpidio Pucci e Sr Antonio Martins. Antes de chegar ao Almoxarifado, brinco com
Sr Chico Mota na bomba de gasolina, Entrego algumas requisições pro Sr Julio
Capitão. Passando na Oficina Elétrica encontro os senhores José Afonso, Milton
Nitsche, Crisolo (Chu), O João Bosco, o Salvador Nascimento, o Chicão
Eletricista, o Sr Daniel, o Gabriel e o Ceara, o Zacharias e vários aprendizes.
Mais ao
lado, nas Pequenas Máquinas visito o Robertinho Baterista e mais ao lado o Sr
Merêncio (Zizão). Passando na Oficina Mecânica, o Horacio Lima assobia e no
fundo vejo os soldadores Reguineri e Clodovil. Agora começo a subir pela
calçada ao lado do muro que separa da estrada de ferro em direção ao
Laboratório, porém antes de entrar ao prédio passo por uma obra civil onde
troco uma palavrinha com meu pai Olivio e aproveito e cumprimento o Sr Mário
Miranda, o Teodoro e o Jovino.
Ao entrar no
prédio do Laboratório passo pelo DEDI e vejo muitas pessoas queridas com as
quais futuramente iria trabalhar: Martins do Almoxarifado/DEDI, Antonio Soares,
José Carlos Moraes (Bird), Geraldinho, Jaime, Jean Claude, Alan, Marcilio
Testinha (grande amigo), Edson Nogueira, Lail Rocha, Lair, Sr Geraldo Fortes.
Luiz Elias. Ao lado passo pela Segurança (CIPA) onde está o Figueiroba. Subindo
para o Laboratório passo pelo Vidal, Crisolo, o João Pereira, e o Dr. Jose de
Barros.
Tenho
desenhos para o Carlos de Gregoris no Escritório Técnico e na passagem revejo
Dorival Rosa, Hamilton de Souza e Doraci. No quarto andar passo pelo Pimentel
deixo documentos pro Engenheiro Diógenes, passo pela Secretaria da Diretoria,
comprimento o Ari, O Divaldo Lima e o Dimas Pedron. Na saída do prédio passo
pela balança, fazendo questão de pisar sobre ela, só pro Darci gritar. Sigo
para o Controle de Materiais e deixo alguns papeis com João Martins e Azil
Rossi.
Em
direção a Fundição deixo alguns documentos com Engenheiro João Sarmento.
Cumprimento o pai do Gilmar Santos, do qual não me lembro o nome. Vejo o Bimbão
trabalhando numa bica de alumínio que me impressiona pela cor e o calor. Por
causa disso eu não gostava de adentrar a Fundição.
Rumo a
Mutadores (DATR) deixo alguns papeis para o Dr. Eurico e cumprimento o Irineu e
o Manolo. Rumo ao Escritório, passo pela Portaria onde o Sr Orlando Silva cantarolava
um cururu e o Sobrinho escutava calmamente. No Depto Pessoal, setor Caixa, vejo
o Bastida, o Valdir cantor e Sr Paulo Dias. Mais adiante avisto o Sr. Philemon,
Maria Ferraz e Sonia Martins. No setor Bens Patrimoniais lembro-me do Marinho e
do Sr. Oswaldo Sbompato.
Subindo
passo pela Jurídica onde estão o Dr. Luiz e o Damião, Na seção de Custos vejo o
Dirceu Lelé. Na Contabilidade o Sr. Wilson Martins e Sr. Divino Amaral. Dou
meia volta e hoje felizmente não tinha materiais para pegar no Sub Almoxarifado,
senão teria que levar canetas velhas, pontas de lápis e de borrachas senão não
teria os novos. Mas sempre gostava de passar por lá, pois o ambiente era
agradável, especialmente quando o Santos ganhava e o Luiz Carlos de Lima era só
alegria e o Luiz Ferraz com suas piadas.
Saindo teria
que passar pelo Semachir e deixar alguns papeis com Sr Mário Lourenço. Ainda
tinha caminhos a percorrer: passava ao lado da Igreja, tomava um cafezinho com
leite rapidinho da garrafa térmica do Trailer da D. Maria Machado, cruzava em
frente ao Banco Bandeirantes onde não tinhas filas por que não era dia de
pagamento. Seguia e ouvia os gritos da criançada no parquinho do SESI. Mais
abaixo passando pelo SENAI, além dos estudantes poderia saber que lá estariam
José Bento dos Santos, os instrutores Jair Almeida, José Benedito e Antonio
Maniezzo.
Seguindo brincava com Sr Pedro o sorveteiro e “pendurava” um picolé de abacaxi.
Pela Cooperativa, via-se a Irene mas o João Mischek nao estava lá e sim na
Hidráulica.
Na biblioteca
a senhora Maria Del Rosário Carmen Mola Ribe, sempre presente, eu só dava uma
olhada nas manchetes do jornal de esportes e seguia em frente. Passando pela
Igrejinha de Santo Antonio, nem sempre se via a Irmã Angelina. No Ambulatório,
sempre com filas para serem atendidas pelo Dr. Eno, não sem antes passar pela
enfermaria com o João Magro, João Gordo, Ari e Milhão.
Passo pela
frente do Bar da AAA, e o pembolim me atrai mais que as coxinhas recém fritas.
Anos depois quase perco um ano escolar por causa do pembolim, Felizmente
acordei em tempo. Passo pelo cinema e vejo O Moreira trocando os cartazes dos
filmes e sigo para Secretaria da AAA. Lá fui recebido pela Cidinha Arantes,
hoje Ceretta e é ela quem faz minha primeira carteirinha e posteriormente me ensinou
inglês. Aproveitei e dei uma olhada na farmácia do Sr José Módena só por
curiosidade.
Ao cruzar a
rua vi aquele carro preto antigo, penso que era um Ford dirigido pela dona
Volda e certamente acompanhada pelo filho Vitor, sua filha a Selma e a
Rose voltando da escola.
Só ai
percebi que era hora do almoço. Então voltei em passos largos em direção à
Portaria.
Veja que num
período de três ou quatro horas quantas pessoas visitei, conversei, ou
somente acenei com as mãos. Se alguns nomes nao coincidem com os respectivos
setores, pode ser um lapso de quarenta anos de memória. Só para lembrar aos
mais jovens, estávamos numa ditadura militar e podíamos dormir com as janelas
abertas.
MEU PRIMEIRO DIA DE
TRABALHO
(Wilson do Carmo Ribeiro)
Acostumado ao trabalho sob o
sistema de empreitada na olaria onde tinha de ser rápido para dar conta das
tarefas, fui ágil e em dois tempos o piso estava todo varrido.Aproximei-me dele
e disse-lhe que o serviço estava pronto. O chefe então me mostrou um monte de
retalhos de alumínio e orientou-me a amassá-los e depositá-los em uma caixa de
ferro. Fui lá, amassei tudo aquilo em menos de dez minutos. Enchi a caixa e
voltei para junto do paciente homem. Comuniquei-lhe que estava pronta a tarefa.
Aí ele, já um pouco amolado disse-me: - vai lá naquele laminador e fique
olhando ele funcionar.(!)
Entendi logo que ali eu tinha que dançar de acordo com o ritmo da orquestra.
Como fiz ao longo dos trinta e um anos de carreira na fábrica.
Com
este texto, presto uma homenagem ao meu primeiro chefe, o qual não vejo há
vários anos.
http://wilson-ribeiro.blogspot.com.br/2011/03/coisas-de-rapazes.htm
DR. FIGUEIROA: Da grande energia à suavidade de um Paizão
Homem dotado de
grande capacidade era enérgico e direto no comando da equipe que formava a
“Família CBA”. No entanto, era dócil e amável quando via os bons resultados de
seus pupilos, fossem eles no trabalho ou na escola.
Dificilmente o Dr.
Figueirôa ia ao seu escritório sem antes atender, primeiro na garagem de sua
residência e depois num giro pela fábrica, principalmente nas áreas em
ampliação. A construção civil era seu xodó. Via de regra atendia assessores
durante esse giro, entre os quais, eu.
Muitas coisas eram
faladas como tendo sido ditas ou feitas pelo Dr. Figueirôa, principalmente por
seu modo direto e enérgico de se expressar. A palavra preferida dele ao se
dirigir às pessoas era “jovem”, Isso independia da idade do
interlocutor.
Vou aqui narrar
dois acontecimentos que foram confirmados por ele em um dia que estávamos
reunidos, estando presentes também os senhores Honorato Nogueira, Mário Miranda
Amaral e Sergio Schmidt num escritório dentro da usina, Vamos chamar o primeiro
de “O Bico do Pato” e o segundo de “O homem é muito Brabo”.
No primeiro caso, consta que o Dr. Figueirôa chegou ao porão da antiga Sala dos Fornos 32 kA e lá estava um trabalhador desenhando um pato no pilar, usando um pedaço de giz. Com exceção do bico, o resto do pato estava desenhado. Mas o tal do bico não ficava bom e o rapaz apagava e desenhava novamente.
No primeiro caso, consta que o Dr. Figueirôa chegou ao porão da antiga Sala dos Fornos 32 kA e lá estava um trabalhador desenhando um pato no pilar, usando um pedaço de giz. Com exceção do bico, o resto do pato estava desenhado. Mas o tal do bico não ficava bom e o rapaz apagava e desenhava novamente.
Sem perceber que
estava sendo observado pelo diretor da fábrica, o moço prosseguia na sua
tentativa, quando ouviu aquela voz característica pronunciada pelo chefe maior:
- Jovem: Você quer ir para casa
descansar três dias para aprender a fazer o bico do pato?....
O HOMEM "É MUITO BRABO"
Contava o Dr. Figueirôa que em 1955 logo
que assumiu a direção da fábrica correu entre os trabalhadores a notícia de que
o novo comandante era um homem muito bravo. E realmente havia um respeito muito
grande pelo nome daquele mineiro de Ouro Preto, de bigode com as pontas um
pouco retorcidas.
Num dos giros pelo
interior da usina o Dr. Figueirôa foi à uma área de expansão da Alumina e lá
estava um trabalhador dentro de uma vala, jogando terra para fora com uma pá.
Como a vala já estava funda, o diretor se achegou à beira da mesma e olhou lá
para baixo e aconteceu o seguinte diálogo:
- Jovem: Você está gostando do
trabalho?
- Sabe moço, não posso conversar com o senhor não porque me disseram que
tem um diretor novo aí que é brabo que é uma coisa. E mandou terra para cima,
cobrindo as botas do diretor.
“ERA TUDO CONVERSA FIADA”
Numa dessas vezes, logo que
estacionou o veículo e começou a cruzar a praça da Matriz, um jovem senhor
emparelhou-se a ele, perguntando se poderia pedir-lhe um favor.
- Fala jovem. O que você quer?
- Sabe moço: pelo que estou vendo o
senhor é motorista lá na CBA e eu estou precisando trabalhar. Será que o senhor
me dá uma carona até Alumínio?
- Claro meu jovem. Pode aguardar aí
que já já eu estarei de volta.
No trajeto de São Roque a Alumínio o
homem destampou a falar, acreditando ser papo de um motorista para outro. E
saiu com esta:
- Sabe companheiro: Eu acho que você
trabalha como eu em tabém gosto. Eu só dirijo. Esse negócio de por a mão na
massa não é comigo não. Tem colega aí que dirige, carrega, descarrega. “Tá loco
sô!”
O Dr. Figueirôa só na escuta. E veio
outro caso. E mais outro, até que chegando à esquina da Rua Alexandre
Albuquerque (onde foi construída a pracinha) o veículo parou e o candidato ao
emprego recebeu esta orientação daquele “motorista” baixinho, bigode meio arrebitado
e um topetezinho:
- Jovem: Vá até o Depto. Pessoal e
procure pelo senhor Paulo Dias. Ele vai arrumar uma vaga de motorista para
você.
- Muito obrigado “colega”.
O homem fez como lhe fora dito e em
pouco tempo estava guiando caminhão dentro da fábrica. Feliz da vida, afinal
era a maior fábrica da região.
Certo dia nosso personagem
estava com seu caminhão estacionado no Departamento de Extrusão, mais conhecido
dentro da fábrica como Prensas (local de trabalho de João Sabby, Itagiba de
Moraes, Mathias e tantos outros amigos). Estava em pé, absorto, vendo os
perfilados de alumínio sendo extrudidos quando avistou dois senhores baixinhos
vindo em sua direção. Um ele reconheceu: era aquele de bigode e topete que lhe
dera carona; Estava com uma mão no ombro do outro. Pareciam ser gente
importante dentro da usina. Olhou mais atentamente e não se conteve. Perguntou
a um dos homens que descarregava tarugos de alumínio do seu caminhão:
- O de bigode é o diretor da fábrica,
Dr. Figueirôa. O outro é o Dr. Eurico gerente da parte elétrica.
- Aiiiiiiii meu Deus!
Correu ao encontro do diretor e
disse-lhe:
- Dr. Pelo amor de Deus, não acredite
em nada daquilo que eu falei naquele dia da carona.
- Que carona jovem?
- Na semana passada o senhor me
trouxe na sua caminhonete e eu falei uma porção de bobagem. Tudo conversa fiada
Dr. Eu não sou nada daquilo não!
- Jovem: Fica tranqüilo. É você mesmo
com teu trabalho que vai mostrar quem você realmente é. Aqui dentro da fábrica.
Ufa!
COLABORADORES (FOTOS DE ALGUNS TRABALHADORES E EX TRABALHADORES DA CBA)
Abel Souto
Abimael Ranieri
Abner Muniz
Admir Machado
Adauto Braga Diniz
Adauto Rodrigues de Oliveira
Ademir Pinheiro de Abreu
Adilson Fragoso
Admir Machado
Adriano Di Gregoris
Adriano Fragoso
Argeu Mendes
Agnaldo Pucci
Airton Fragoso
Airton Nereu
Alberto Arantes
Alberto Pucci
Albino Henrique Duarte
Alceni Jesus Oliveira
Alcides Bianco Filho
Alcides Bianco
Alcides Sales
Alcindo José Raimundo
Alcindo Lopes de Almeida
Alfredo Tameiros
Almir Rodrigues
Aluísio Micas Lacerda
Amadeu Pinto
Amarildo Fragoso
Amauri Fernandes
Ananias Pontes
André Carlos G. Alberto
Ângelo D. O. Nascimento
Ângelo Fujimoto
Ângelo Pistila Filho
Ângelo Pistila
Anizio Mrcolino
Antonio Almeida
Antonio Benedito Furquim
Antonio Brandão Filho
Antonio Bueno
Antonio Carlos Rodrigues
Antonio de Castro Figueirôa
Antonio Delariça
Antonio Dias
Antonio Francisco Gonçalves
Antonio Francisco Ramos
Antonio Freitas de Souza
Antonio José Ribeiro
Antonio Juvenil Fogaça
Antonio L. de Oliveira Sobrinho
Antonio Marcos Martins
Antonio Martins
Antonio Mauro de Abreu
Antonio Mesquita Sobrinho
Antonio Molinari
Antonio Piassentini
Antonio Pistila
Antonio Roberto Miranda
Antonio Rocha Camargo
Antonio Silva Cruz
Antonio Soares
Aparecido Aldevino Cardoso
Aparecido Andrade
Aparecido Matoso
Aparecido Pereira
Arnaldo Jesus Oliveira
Argemiro Pedro de Oliveira
Argeu César
Ariovaldo Cabral
Aristides Corrêa
Aristides dos Santos
Aristides Rodeli
Arival César
Arlindo Rodrigues
Arlindo Sales
Arlindo Souza Franco
Armando Bueno de Camargo
Armando Pucci
Armindo José Raimundo
Arnaldo Jesus Oliveira
Aroldo de Souza
Artomedes da Costa
Artur Otávio Ribeiro
Ari Lisboa
Ary P. Ribeiro da Silva
Arycélio Barroso da Silva
Athaíde José Reis
Áureo Moura
Ayrton Becca
Azil Rossi
Beline Corrêa da Costa
Belmiro Galon
Benedito Abrão
Benedito de Barros
Benedito Bastos
Benedito Dias
Benedito dos Santos
Benedito Faria
Benedito Jurandir Fogaça
Benedito M. Mendonça Chaves
Benedito Pistila
Benedito Pontes
Benedito Ribeiro
Benedito Scavariello
Benedito Souza Filho
Calixto Saiotti
Carlos Di Gregoris
Carlos Oliveira Nascimento
Carlos Alberto S. Freitas Cabral
Carlos Alberto Arantes
Carlos Alberto Birocali
Carlos Alberto Gonlaves
Carlos Alberto Henrique
Carlos Alberto Machado
Carlos Alberto Rocha Pacheco
Carlos Eduardo Ribeiro
Carlos Pedroso
Carlos Pinheiro da Silva
Carlos H. Rios de Melo
Carmo Pereira
Cecílio Fortes
Cecílio Fortes Jr.
Célio da Silva
Celso Corrêa de Moura
Cipriano do Nascimento
Claudemir de Moura Ribeiro
Claudinei Cereta
Claudio Cereta
Claudio de Barros
Claudio José Alves
Claudio Scarpa
Claudionor Bonfim
Célio Rodrigues da Paz
Clodoveu Lisboa Borges
Clovis Brandt
Clovis Pereira Lisboa
Clovis Pereira
Cícero de Moura
Dalmo Roberto Vieira
Damião Augusto de Paula
Daniel Antoio Vieira
Daniel Ferra de Oliveira
Daniel Garrido Ribeiro
Daniel Mendes Filho
Daniel Romualdo de Queiroz
Daniro Afonso Gemente
Davi Ribeiro
David Alves Machado
Delsio de Oliveira
Delsio Costa
Domingos Caetano
Dorival Caetano de Oliveira
Decio José Antunes
Edilson Marques
Edson Ramos
Eliseu Muniz dos Santos
Emanoel Rocha Pacheco
Eno Lippi
Ernesto Nunes
Evaldo Queiróz
Gediel de Moura
Gerldo Nogueira Fortes
Iracino Rosa Batista
Isaías Floriano dos Santos
Ivan Aparecido Granito
Ivan de Camargo
Jaildo José Jordão
Jaime Henrique Duarte
Jair Ribeiro
Jairo Antunes dos santos
Jesus Manoel da Costa
Joaquim de Jesus Pistili
Joaquim T. Alves Filho
Joaquim Tadeu Borges
Joel Batista da Silva
Jomar Lancarovih
James Beal Munhoz
Jorge Freitas
Jorge Theodoro Alves
Josmar Henrique Duarte
José Adail Rosada
José Afonso Corrêa Jr.
José Afonso Corrêa
José Antonio Corrêa
José Antonio Silveira
José Augusto Guidolino
José Bento dos Santos
José Carlos Arantes
José Carlos da Silva
José Fernando Morelli
José Carlos Simões Almeida
José Carlos Theodoro Alves
José Celso Antonio da Silva
José Clareti Soares
José Eustáquio Fernandes
José Ferreira
José Gaspar Mesquita de Melo
José Henrique Mora Duarte
José Jesus Paes
José Luiz do Carmo
José Luiz Fião Filho
José Luiz Magalhães
José Luiz Magalhães
José Maria Venturelli
José Medeiros
José Merêncio
José Moreira de Campos
José Moreira da Silva
José Máximo dos Santos
José Netto do Prado
José O. Lagoa Filho
José Olivio de Oliveira
José Parra Fernandes
José Pereira
José Raimundo da Silva
José Pereira de Abreu
José Roberto Antunes
José Roberto Bertoco
José dos Santos
José Sergio Rodrigues
José Waldir Magueta
Jovelino Oliveira Thomaz
João Antonio C. de Moura
João Antonio Mischek
João Batista da Silva
s
João Batista Vieira
João Carlos Martins
João de Souza Vilela
João Dias
João Batista de Lima
João Henrique Duarte
João Jacinto Magueta
João Javorka Jr.
João Rosa de Oliveira
João Sabby
João Batista Fernandes
Júlio Pereira Capitão
Laercio Moura Gonçalves
Laercio Romano
Leôncio Molla Mayayo
Lodovico Ângelo Zanetti
Luigi D'Ascânio
Luiz Antonio Amadio
Luiz Aparecido Padilha
Luiz Barbaresco
Luiz Carlos Bueno Filho
Luiz Carlos de Lima
Luiz Carlos Fortes
Luiz Carlos Fragoso
Luiz Elias Pinheiro
Luiz Fortes
Luiz Henrique Filho
Luiz P. Alcântara Melo
Luiz Pistila
Luiz Saldanha
Luiz Verdum Siam
Luzo de Lima
Lázaro de Oliveira Campos
Marcilio César Araújo
Marcílio Godinho
Marcio Gomes
Marcio Magno Lacerda
Marcio Vital de Souza
Marco Antonio Araújo
Marco Antonio de Oliveira
Marcelo Moura
Marco Antonio Chagas
Marcos Antonio Pinto
Marco Antonio de Oliveira
Mathias Assunção Marques
Mauricio Travassos
Miguel Arcanjo Nunes
Milton da Silva César
Milton Isaías da Silva
Milton Teodoro dos Santos
Mário da Silva Filho
Mário Lourenço
Mário Mariano
Mário Miranda Amaral
Mário Vieira
Nelson Bueno
Nelson C. da Costa Filho
Nelson Cândido da Costa
Nelson de Oliveira
Nelson Gianini
Nelson José Bravin
Nelson Leite
Nilson Antonio Ribeiro
Nilson Corrêa Raposo
Nilson Lopes de Oliveira
Newton Neves Públio
Nivando Antonio Ribeiro
Odhemar Simões da Costa
Odilon Antonio Mencacci
Olavo Vieira Siqueira
Olegário César Neto
Oliver Roberto Bazani
Olivio de Oliveira Silva
Onésimo Faria
Orlando Domiciano
Orlando Silva
Osmar Andrade
Oswaldo Antonio de Camargo
Oswaldo B. da Fonseca
Oswaldo Silveira de Freitas
Oswaldo Vicente
Oswaldo Vicente Jr.
Octacílio Ambrósio da Silva
Otaviano Ferraz
Otávio Mário Guzzon
Paulino Estrecheca
Paulo A. de Lima Filho
Paulo Berger
Paulo Bianco
Paulo Borges de Oliveira
Paulo Dias
Paulo Hipólito
Paulo Rodeli
Paulo Santos Corrêa
Paulo Roberto Sarti
Paulo Sergio dos Santos
Paulo Silva
Pedro Carlos Crisolo
Pedro José Nolasco
Pedro Lopes Meira
Pedro Nunes
Petrôneo Marzano
Pjilemon de Meiros
Placidio José de Lima
Plínio Vieira Garcia
Raimundo Bueno Nunes
Ramon Boix Torres
Reginaldo Pires
Renato Davi Muzel
Renato Lucio Sarmento
Renato Moura Santos
Renato Ribeiro
Reynaldo Aparecido dos Santos
Reynaldo Nunes
Ricardo Alves de Oliveira
Rivail Antonio Ribeiro
Roberto do Espírito Santo
Roberto Fortes
Rubens Pereira
Rudiberto Aparecido Dias
Rudiberto Pereira Antunes
Rui Minoru Chino
Rui Vieira Siqueira
Rubens Corrêa Jr.
Salomão Molinari Lopes
Salvador Mariano do Nascimento
Samuel Berger
Samuel Dias
Santino Queiróz
Sebastião Aparecido dos Santos
Sebastião José de Souza Filho
Sebastião Luiz Lourenço
Sebastião Machado
Sergio Esteves
Sergio Lopes Gonçalves
Sidney Agostinelli
Silas Ribeiro
Silvestre Alves de Oliveira
Silvestre Gomes
Silvino Nogueira
Silvio de Góes
Simão Nunes
Tadeu Cerioni
Tarciso Sarti
Thiago Botti Vidal
Timóteo Gonçalves de Moura
Ulisses Corrêa de Oliveira
Valdeci das Graças Justo
Waldomiro Ribeiro
Valentino Rodrigues Bento
Vantelino Ribeiro
Vicente Paulo Eleutério
Vicente Paulo Ribeiro
Vitor Lippi
Wolnei de Oliveira
Vagner Aparecido Barreiro
Walter de Moura
Wilson do Carmo Ribeiro
Wilson dos Santos
Wilson Gambacorta
Wilson Gomes Vicentini
Wilson Martins
Wilson Pereira Camargo
ALGUMAS FOTOS DE FUNCIONÁRIOS E EX FUNCIONÁRIOS DA CBA:
Funcionários da Seção Pessoal no casamento
do colega Domingos Rosa de Arruda no
final da década de 1960
Aposentadoria do Sr. Celso Corrêa de Moura
no final da década de 1980
Funcionários da Portaria - 1995
Funcionários da CBA - 1995
Ônibus da CBA e alguns motoristas
Da esquerda pra direita , Wilker , Morelli, Carlos Arantes, Nelson Costa,Francisco, Samuel Dias, Edson Xavier, Benito, Edson L. Duarte, Jorge Fiod, Walter Duzzi, Josmar, Eli de Moura, Pedro Viu, Roberto, Adauto, Boleta, Helio, Sergio Cruz, Cecilio Fortes Jr , Hildeo Franco, Luis do Carmo ( Lico ) , Rosada, Sucata, Manolo, Saulo, Luís Antônio Helou, Raposo, Otavio Guzzon, Mourinha, Milton Reis, Luis Machado ( tigrão ), Carlos , Jurandir da Silva Filho (Descrição feita por Carlos Alberto Gonçalves
Jantar de confraternização dos ex
funcionários e aposentados - 2010
Jantar de confraternização dos ex
funcionários e aposentados - 2011
ALGUMAS FOTOS DA FESTA DE ANIVERSÁRIO DE 57 ANOS DA CBA.
Vista parcial da CBA em 2012
Ex funcionários e aposentados se deslocando
para o almoço comemorativo dos 57 anos da CBA
Flagrante do almoço comemorativo
dos 57 anos da CBA
CONCLUSÃO
Este trabalho pode ser melhorado através de críticas construtivas e sugestões. É assim que tenho feito com todas as postagens publicadas em meu blog.
Portanto, se você tiver qualquer contribuição a fazer, poderá entrar em contato comigo através do e-mail indicado no final desta publicação.
SOBRE O AUTOR DA POSTAGEM
É presbítero emérito da Igreja Presbiteriana do Brasil, frequentando atualmente a Igreja Presbiteriana Rocha Eterna de Sorocaba.
E-mail: prebwilson@hotmail.com
SOBRE O AUTOR DA POSTAGEM
É presbítero emérito da Igreja Presbiteriana do Brasil, frequentando atualmente a Igreja Presbiteriana Rocha Eterna de Sorocaba.
E-mail: prebwilson@hotmail.com
Ainda menino trabalhei na roça para ajudar a família, minha rotina era de casa para a escola e de casa para o trabalho, mas depois de alguns anos meu pai resolveu ir para a cidade procurar emprego e eu fiquei no sítio fazendo o que era necessário ser feito .
ResponderExcluirAos 16 para 17 anos meu pai resolve então buscar a mudançae fixar residência na cidade trabalhando de empregado na indústria e como eu estava em fase de alistamento militar não consegui se empregar. Logo que completei 18 anos, mais que depressa preparei a documentação e ali na Companhia Brasileira de Alumínio onde alguns da família já estavam empregados, comecei a trabalhar de ajudante na carpintaria com o Sr. Jair Medeiros, irmão do Sr. Phillemon. Além do trabalho que levava à sério me divertia bastante com os colegas que não quero citar nomes para não ser injusto com alguns. Mas nessa jornada de trabalho um episódio engraçadoaconteceu, entre muitas histórias, vou contar esse: “Certa vez estávamos reunidos em torno do bebedouro que tínhamos ali no setor, quando sem perceber o Sr. Jair vinha correndinho ou ligeirinho como sempre, eu que já havia tomado água fui saindo de repente dei uma trombada com o chefe, foi ele de um lado e eu de outro. Todos olharam para ver a reação , o Sr. Jair se levantou vermelho como pato no sol, virou-se e continuou a varredura no setor”.
Ele foi um bom líder para mim que depois de algum tempo me deu a oportunidade de trabalhar em seu escritório.
Mais tarde, sempre com muita dedicação aos estudos já fazendo curso técnico resolvi pedir transferência e praticar na área referente ao curso. Como era de conhecimento de todos para conversar com o Diretor Dr. Figueiroa em seu gabinete era necessário marcar audiência. Para minha surpresa um dia passando pela recepção da diretoria o Sr. Ari me chamou e euentrei e fui recebido pelo Dr. Figueiroa levantando-se de sua poltrona e me disse: “Meu jovem (isso era de praxe dele), tô vendo aqui que você trabalha em escritório, limpinho e agora quer ir prá área onde tem lugar sujo?”, no que respondi relatando meus princípios e se me desse a oportunidade não iria decepcioná-lo. Então fixando os olhos para mim falou assim: “Meu jovem, você está no caminho certo, continue assim.Boa sorte!” Agradeci e fui acertar a documentação para trabalhar no Depto. De Instrumentação com o Sr. Jean Claude, que além de ser meu chefe foi professor no curso. Lá comecei como meio oficial em 1980onde trabalhei até o final de 1990, quando me desliguei da empresa por motivos pessoais. Mas nesse departamento entre uma e outra promoção exerci a função de Técnico Instrumentista por vários anos. Lógico que durante esse período fiz muitos amigos e colegas que realmente mereceram e merecem meu respeito e entusiasmo sem citar nomes pois é difícil lembrar o nome de todos. Aprendi bastante e também tive a oportunidade de ensinar alguns passando adiante meus conhecimentos.
Hoje sou funcionário público em uma Autarquia da Prefeitura Municipal de Sorocaba, para ser mais claro, no SAAE ( Serviço Autônomo de Água e Esgoto), e ainda em certas ocasiões pratico alguns conhecimentos adquiridos ao longo anos de experiências.
E que Deus me dando saúde e disposição estarei nesta autarquia por mais algum tempo, e daí continuarei na ativa somente em minha imobiliária comercializando imóveis.
Que Deus em sua infinita graça abençoe à todos e quem sabe nos encontraremos por aí em algum lugar.
Até . Fiquem na Paz com Deus.
João Meira – Corretor de Imóveis
João Meira: Obrigado pelo belo comentário. Se mandar-me uma foto tua coloco-a na História da CBA. Abração.
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