sábado, 13 de maio de 2017

MAIRINQUE - A FESTA DO PÊSSEGO) FOI MUITO BOM ENQUANTO DUROU!

APRESENTAÇÃO

Durante os anos em que moramos em Mairinque um dos bons programas no mês de novembro era ir à Festa do Pêssego, evento que atraía não só a população local e dos arredores, mas também a de muitas outras cidades da região e de fora dela.
         Além dos saborosos frutos a Festa do Pêssego proporcionava aos produtores a exposição de outros tipos de produção agrícola, como lindas flores e, em se tratando de colônia japonesa, os famosos e exóticos bonsais. Produtos hortigranjeiros de excelente qualidade também podiam ser adquiridos na FEPEMA, onde a diversão era garantida nos shows e nos parques de diversões instalados no recinto.
         Com a expansão urbana da cidade diversas áreas antes produtora de pêssego foram loteadas e transformadas em núcleos residenciais.
         Somado a outros fatores a produção do fruto diminuiu tanto que a FEPEMA deixou de ser realizada, chegando ao fim o ciclo pessegueiro e uma diversão garantida aos mairinquenses nos finais de cada ano.

ORIGEM   E EVOLUÇÃO 

O início da cultura de pêssego em Mairinque data aproximadamente de 1948, quando José Maria Whitaker, um    advogado que foi por duas vezes Ministro da Fazenda,  Presidente e Secretário Estadual da Fazenda do Estado de São Paulo comprou uma muda de pêssego, numa feira de Istambul (Turquia), trazendo-a para a Fazenda Santa Amélia que era de sua propriedade.  A muda cresceu, aceitou o solo e o clima mairinquense, produzindo bons frutos, gerando novas mudas, árvores e pomares. Chegaram novas variedades da China, EUA e Japão, evoluindo de ano para ano. Nessa época iniciavam suas atividades no Bairro Setúbal, as primeiras famílias japonesas como: Muminatsu, Kiokawa, Shintaro, Tamoka, Toshiaki, Maeda, Massaiti Nagano, Shuti Kagi e, no Bairro Oriental, a família Sadaichi Koga. Por volta de 1953, foi despertado maior interesse da nova colônia em plantar pêssegos, visto os bons resultados obtidos pelos plantadores primitivos.
Dessa maneira, com as novas famílias: Sadami Hirakawa e Ichiro Inuma, no Bairro Setúbal e Tamaki no Bairro Monjolinho, o plantio de "PRUNNUS PERSICA", desenvolveu-se rapidamente. As primeiras plantações de pêssego foram realizadas com as variedades: "Branco Duro", "Suber" e "Rei de conserva". 
Começam as primeiras festas do pêssego
Em 1962, o prefeito da época sI. Arganauto Ortolani, estimulado pela qualidade e quantidade dos pêssegos de Mairinque, tomou a iniciativa de realizar a 1ª Festa do Pêssego, mas devido a não aprovação da idéia pela Câmara de vereadores, tal projeto não pode ser concretizado. Mas no ano de 1964, a 1ª Festa do Pêssego em Mairinque é realizada tendo a frente o prefeito João Chesini com o auxílio dos festeiros de São José, da Companhia Brasileira de Alumínio e especialmente os plantadores de pêssegos do município. O presidente nomeado foi o Sr. Jonas Budreckas e a realização da festa foi numa área reservada para a praça pública na Vila Sorocabana. Foram presidentes das 14 festas anteriores: 1964 - Jonas Budreckas; 1967 - Sadami Hirakawa; 1968 - Comissão central composta por: Sadami Hirakawa, Yosimori Haga, Arganauto Ortolani, Kazuyo Nishiyama, Higuero Okamoto, Antonio Okamoto e Mutsuo Tamaki; 1969 - Geraldo Pinto do Amaral; 1970 - João Chesini; 1971 - Eichi Kayama; 1972 - Mitsuo Ternura; 1974 - Arganauto Ortolani.

O período de realização da Festa do Pêssego dá-se em fins de novembro e começo de dezembro, com a promoção da Prefeitura Municipal de Mairinque, Secretaria da Agricultura e Produtores. Os objetivos são: - Promover o pêssego de Mairinque na condição de melhor pêssego do Brasil. - Promover o turismo no Município. - Estimular os produtores agrícolas. Atualmente a festa é realizada no Parque "Dr. Júlio de Mesquita Filho", especialmente preparado para realizações dessa Festa anualmente, localizado à margem da Via Raposo Tavares, km. 67.
Quatros bairros de Mairinque são os que mais se destacam na cultura de pêssegos: Monjolinho e Dona Catarina, por terem clima mais quente, colhem seus produtos mais cedo, antes de novembro; Setúbal e Oriental, mais frios, colhem mais tarde, com suas safras coincidindo com a Festa do Pêssego. Normalmente, as culturas de pêssegos são pequenas, limitando-se de 700 a 1000 pés por propriedade. Limitação esta, que tem duas justificativas: o cuidado que exige uma cultura dessas e a necessidade que o lavrador tem de plantar também outros tipos de frutas que viriam representar a garantia no caso do fracasso ou frustração de uma delas. As Festas do Pêssego sempre foram motivo de orgulho para a população mairinquense: os seus desfiles, a rainha da FEPEMA, os carros alegóricos, a comunidade prestigiando...

Fonte: Revista Comemorativa – Mairinque – 94 Anos).

O DECLÍNIO E O FIM

         Com o passar dos anos o Município de Mairinque sentiu um declínio na produção de pêssegos e por consequência a realização da FEPEMA começou a refletir esse problema. A transformação de terrenos cultiváveis em loteamentos foi um dos motivos que causaram a desaceleração da produção dos deliciosos frutos no município.
         Nas últimas edições do evento, os realizadores trouxeram pêssegos do Município de Guapiara no sudoeste paulista para que a exposição do principal produto não ficasse não restrita.
         No entanto, no ano de.......... a última edição da Festa do Pêssego foi realizada, deixando um vazio na programação anual de eventos da Prefeitura Municipal e demais entidades que se uniam para a realização da festa.
         Poderíamos dizer que foi muito bom enquanto durou! ( o autor)


ACERVO FOTOGRÁFICO


Notícia jornalística sobre a 1ª FEPEMA
vendo-se o prefeito à época, Sr. João Chesine



Vista geral dos pavilhões durante a
realização da Festa do Pêssego de Mairinque


27ª edição da FEPEMA


Colônia japonesa de Mairinque - Eram os principais
produtores e expositores de pêssegos e outros produtos
horti-fruti


FEPEMA edição de 1988 
(Luciano Totta sendo entrevistado)



Luciano Totta e Poroca (Funcionário da Prefeitura
Municipal que atuava nas instalações da FEPEMA)


FEPEMA edição de 1988


Grupo Catavento se apresentando na festa


Fanfarra do Colégio Barão/Objetivo se
apresentando na festa


Jardim Japonês - Homenagem da municipalidade
à colônia japonesa próximo do local onde era
realizada a Festa do Pêssego de Mairinque


Pêssegos (eram produzidas  e comercializadas 
diversas variedades do fruto)
(foto ilustrativa - Internet)


Pessegueiros, com os frutos ainda verdes
(foto ilustrativa - internet)


Bonsai - eram produzidos, expostos e comercializados
na FEPEMA
(fotomontagem ilustrativa - internet)


Pessegueiros floridos
(foto ilustrativa - internet)


Notícia jornalística sobre a 12ª FEPEMA


Rainha e princesas na FEPEMA de 1972


Rainha e princesas - Edição da FEPEMA não identificada


Funcionárias da Prefeitura Municipal
de Mairinque atuando como recepcionistas
numa das edições da FEPEMA



Ex governador Laudo Natel em visita à FEPEMA


Foto do local onde eram realizadas as Festas do Pêssego
de Mairinque (época não identificada)


Fontes: - Revista Comemorativa Mairinque 96 anos;
             - Internet;
             - Facebook 



CONCLUSÃO


         Este trabalho pode ser melhorado através de críticas construtivas e sugestões. É assim que tenho feito com todas as postagens publicadas em meu blog.

        Portanto, se você tiver qualquer contribuição a fazer, poderá entrar em contato comigo através do e-mail indicado no final desta publicação.


SOBRE O AUTOR DA POSTAGEM



Wilson do Carmo Ribeiro é industriário aposentado, professor e historiador diletante. 
É presbítero emérito da Igreja Presbiteriana do Brasil.

E-mail: prebwilson@hotmail.com







sexta-feira, 12 de maio de 2017

MAIRINQUE -BREVE HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO

APRESENTAÇÃO

        Neste breve trabalho estamos enfocando o tema relativo à Educação em Mairinque. Na verdade, como fizemos com as postagens sobre alguns dos emancipacionistas, estamos desmembrando de nossa postagem que tem o título Pequena História do Município de Mairinque (http://wilson-ribeiro.blogspot.com.br/2012/05/pequena-historia-do-municipio-de.html) com algumas adequações nos textos e fotos.
        Espero que, com este trabalho, eu esteja contribuindo para que existam informações disponiveis sobre o relevante tema na nossa querida cidade, na qual pude trabalhar por mais de trinta e cinco anos, como industriário, professor e também como vereador à Câmara Municipal.

A EDUCAÇÃO EM MAIRINQUE

A primeira escola pública para as crianças de Mairinque foi instalada no "Arraial dos Sapos", fundada pelo Conselheiro Mayrink em 27 de outubro de 1890. A casa era modesta, com um só cômodo ocupando uma área de 5x5 metros. O professor que lá lecionava formado pela Escola Normal de Itapetininga vinha todos os dias de São Roque, a cavalo ou de "aranha" (carruagem). Chamava-se Antônio Augusto da Silva. A chave simbólica dessa escolinha foi conservada por dona Guiomar Mayrink Lessa, residindo atualmente no Rio de Janeiro.
Mais tarde o engenheiro da Sorocabana Henrique Sheveng mandou construir um novo prédio para melhor instalar a primeira Escola Pública da localidade.
A outra escola antiga de Mairinque é aquela tradicionalmente conhecida como “Villaça”. Seu nome foi oficializado através do Decreto 17.518/47, passando a denominar-se Grupo Escolar Professor Manoel Martins Villaça. Seu patrono foi ilustre educador que nasceu em São Roque em 19-04-1858 e faleceu em 14-03-1924.
         Durante muitos anos os filhos de Mairinque necessitavam locomover-se a outros lugares para prosseguimento dos estudos até que foi criado o Ginásio Estadual de Mairinque conforme publicação do Diário Oficial em 19-03-1960 em decorrência da publicação da Lei Estadual 18-58.
Sua instalação ocorreu em 14-08-62 e a primeira diretora designada para sua direção foi a professora Hely Grillo Mussi. A escola começou a funcionar no início do ano letivo de 1963, no prédio do Grupo Escolar Prof. Manoel Martins Villaça. A partir de 20-09-1964 passou a denominar-se Ginásio Estadual Professora Altina Júlia de Oliveira.
      Em 1970 foi inaugurado o edifício da escola e a mesma passou a funcionar como Colégio. Vários educadores passaram pela direção dessa escola e uma coisa que marcou época elevando o nome do estabelecimento foi sua fanfarra. Sob a direção do instrutor Iracy Silveira participou e venceu diversas competições em várias cidades do Estado de São Paulo.
       Com o passar do tempo outros estabelecimentos foram sendo instalados para fazer frente à demanda educacional no Município: No Jardim Cruzeiro a EEPSG Professora Maria de Oliveira Lellis Ito, na Vila Barreto a EEPG Prof. José Pinto Amaral e daí por diante, sem falar em Alumínio que contava apenas com o Grupo Escolar Comendador Rodovalho e veio a ter a EEPSG Professora Isaura Kruger, EEPSG Honorina Rios de Carvalho Rios e outras mais.
Em 1975 foi criada a Escola Municipal de Ensino Supletivo com seções em Mairinque e Alumínio com a finalidade de dar oportunidade a adultos de estudar e concluir seus estudos até a oitava série. Em Mairinque  o Supletivo  funcionava na EE Prof. Manoel Martins Villaça e em Alumínio no Grupo Escolar Comendador Rodovalho.



ACERVO FOTOGRÁFICO


Grupo Escolar Prof. Manoel Martins Villaça


Grupo Escolar Comendador Rodovalho


EE Professora Altina Júlia de Oliveira


EE Professora Isaura Kruger


Desfile Cívico em Mairinque (1972)


1º Desfile cívico da Escola Estadual do Jardim Cruzeiro  
em 1983 (professora Claudineide Marra Ribeiro)


Famosa fanfarra do "Altina Júlia"


Formandos da 4ª série do Grupo Escolar de Mairinque
(foto de Ana Jorge)


Alunos da 3ª série do Grupo Escolar de Mairinque
(foto de Regiane Oliveira)


Alunos do Grupo Escolar Manoel Martins Vilaçça em 1956


Alunos da EE Professora Maria de O. Lellis Ito
em visita ao Instituto Butantã, SP (1988)


Formando da 1ª turma do Colégio Altina (1963 ou 1964)


Desfile Cívico Parque Tereza Cristina


Professores da cidade de Mairinque


Formatura no Supletivo Municipal (de costas a professora
Eloisa Natale)


Prof. Abimael de Campos Vieira


Prof. Aníbal da Costa Dias


Profª Aparecida Medina


Profª Aparecida Lopes Câmara (Fia)


Profª Arlete Corrêa


Profª Augusta C. Martins do Carmo


Profª Déa do Nascimento Zaparolli


Profª Doroti L. Berro Antunes


Profª Durce Gonçalves Sanches



Prof. Elcio Boccato


Profª Inori Caramante


Prof. João Loureiro Miranda


Prof. José Luiz Bellini


Prof. José Pinto do Amaral


Profª Madalena Ferreira Aguiar


Profª Nancy Di Gregoris


Profª Neusa Marinho Pyaia


Prof. Oscar Angeline


Prof. Salvador Ortega Fernandes


Profª Clotildes Santana


Profª Tereza Caramante Chesini


Profª Therezinha S. Arruda Bello

Fontes: Revista Comemorativa 96 anos;
             Livro Caminhos Percorridos (João Roberto P. Figueiredo);
             Álbum do autor.

Obs. Estas são fotos que dispomos. Outras, se nos forem enviadas (ver e-mail no final da postagem) poderão ser acrescentadas.


CONCLUSÃO


         Este trabalho pode ser melhorado através de críticas construtivas e sugestões. É assim que tenho feito com todas as postagens publicadas em meu blog.

        Portanto, se você tiver qualquer contribuição a fazer, poderá entrar em contato comigo através do e-mail indicado no final desta publicação.


SOBRE O AUTOR DA POSTAGEM



Wilson do Carmo Ribeiro é industriário aposentado, professor e historiador diletante. 
É presbítero emérito da Igreja Presbiteriana do Brasil.

E-mail: prebwilson@hotmail.


QUINTO ENCONTRO DE CONJUNTOS E QUARTETOS MASCULINOS NA IGREJA PRESBITERIANA DE CAMPO LARGO EM SALTO DE PIRAPORA

  APRESENTAÇÃO Aconteceu dia 30-04-2011 com início às 19 h 30 minutos na I.P. de Campo Largo em Salto de Pirapora o 5º Encontro de Conjuntos...