sexta-feira, 24 de abril de 2015

CAMPOS NOVOS PAULISTA - HISTÓRIA ILUSTRADA DO MUNICÍPIO

Nasci em um sitio na divisa dos municípios de Campos Novos Paulista e São Pedro do Turvo, micro região de Ourinhos, interior de São Paulo. Lá estudei na escolinha rural do bairro, onde só haviam as duas primeiras séries do antigo primário. O nome da escola: Escola Mista Rural do Bairro Cabeceira Bonita. Minha primeira professora em 1949 foi dona Julia.
O sitio tinha dez alqueires e pertencia a três irmãos: meu pai, Durvalino e aos meus tios Laurindo e Antonio. Depois de muitos anos que nos mudamos de lá, uma das maiores rodovias do país passou na cabeceira do sitio: a Transbrasiliana, BR - 153.


ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O MUNICÍPIO



Campos Novos Paulista é uma estância turística servida pela BR-153 (Rodovia Transbrasiliana), que tem um clima privilegiado. É minha terra natal e tenho maravilhosas lembranças de minha infância ligadas à essa cidade que fica a meio caminho entre Ourinhos e Marília, duas importantes cidades de nosso interior.
Um tio de meu pai, de nome Joaquim dos Santos possuía uma chácara na cidade nos anos quarenta. Tinha um pomar de cítricos muito bonito, onde prevaleciam as laranjas baianas. Possuía ainda um moinho de milho movido pela queda da água. Próximo da casa dele, a usina termoelétrica que produzia energia elétrica para a cidade. Ela funcionava das dezoito horas às seis da manhã.
Lembro-me de algumas pessoas daqueles tempos: Dengo, farmacêutico dedicado; Joaquim de Matos, comerciante, proprietário da Casa Verde (Tecidos e Armarinhos) e João Fogueteiro. Aliás, meu tio Laurindo depois de vender seu sítio na Cabeceira Bonita, comprou a chácara do Fogueteiro, quase em frente ao cemitério, onde está sepultado meu avô paterno Joaquim Antonio Ribeiro, o Florenção. Meu avô trabalhou na abertura da Estrada de Ferro Sorocabana entre as cidades de Ourinhos e Piquerobi


 Da esquerda para a direita: Meu avô Joaquim Antonio
Ribeiro, o Florenção, o filho dele Laurindo e a esposa
Orides que moraram muitos anos em Campos Novos na 
chácara que foi do Sr. João "Fogueteiro" 
 (defronte ao cemitério).



HISTÓRIA






Por volta de 1852, José Teodoro de Souza, mineiro de Pouso Alegre, acompanhado de família e amigos, chegou à região, onde construiu diversas casas e iniciou as primeiras plantações.
Em 1856, requereu às autoridades de Botucatu a posse das terras, onde construiu uma capela invocando São José, às margens do rio Novo (afluente do rio Paranapanema).
O patrimônio de São José do Rio Novo continuou habitado, por algum tempo somente por seus iniciadores. Os índios hostis da região aos poucos foram sendo afugentados e novos povoadores foram se fixando nas terras locais.
A povoação foi elevada a Distrito de Paz, em 1880, no Município de Santa Cruz do Rio Pardo, com o nome de Campos Novos e, em 1885, emancipou-se, construindo o Município de Campos Novos do Paranapanema. Foi ainda elevado à comarca em 1892, posteriormente transferida para Assis.
Em 1944, com a elevação a Município dos Distritos de grande concentração demográfica, o Governo Estadual houve por bem, cassar a autonomia dos Municípios de menor densidade demográfica. Assim o Município foi extinto sendo o Distrito subordinado a Ibirarema, adotando, através da mesma Lei, o nome de Nuretama.
Quatro anos depois, o Município foi restabelecido, desta vez com o nome de Campos Novos Paulista.
FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA
Distrito criado com a denominação de Campos Novos do Paranapanema, por Lei provincial no 62, de 13 de abril de 1880, no Município de Santa Cruz do Rio Pardo.
Elevado a categoria de Município com a denominação de Campos Novos do Paranapanema, por Lei Provincial nº 25 de 10 de março de 1885, desmembrado de Santa Cruz do Rio Pardo. Constituído do Distrito sede.
Cidade por Lei Estadual nº 1038, de 19 de dezembro de 1906.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o Município de Campos Novos do Paranapanema se compõe de 2 Distritos: Campos Novos do Paranapanema e Platina.
Lei no 1478 de 24 de novembro de 1915, desmembra do Município de Campos Novos Paranapanema, o Distrito de Platina.
Lei no 1828, de 21 de dezembro de 1921, o município a denominar-se Campos Novos.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o Município de Campos Novos se compõe de 4 Distritos: Campos Novos, Catequese, Lutécia e Vila Fortuna.
Decreto no 6617, de 21 de agosto de 1934, cria o Distrito de Casa Grande, incorpora ao Município de Campos Novos.
Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, bem como no quadro anexo ao Decreto-lei Estadual nº 9073, de 31 de março de 1938, o Município de Campos Novos pertence ao termo judiciário de Assis, da comarca de Assis, e se divide em 5 Distritos: Campos Novos, Casa Grande, Catequese, Lutécia e Vila Fortuna.
Decreto-Lei Estadual no 9775, de 30 de novembro de 1938. Reconduz o Município de Campos Novos a categoria de Distrito, incorporando-o ao Município Echaporã (Ex-Bela Vista).
Decreto-Lei no 9775, de 30 de novembro de 1938 extingue o Distrito de Catequese. Em 1939-1943, Campos Novos Paulista figura como Distrito do Município de Bela Vista.
Decreto-Lei no 14334, de 30 de novembro de 1944, desmembra do Município de Echaporã o Distrito de Ocauçu (ex-Casa Grande) indo seu território pertencer ao Município de Marília.
Decreto-Lei no 14334, de 30 de novembro de 1944 desmembra do Município de Echaporã. Distrito de Lutécia.
Decreto-Lei no 14334, de 30 novembro de 1944. Desmembra do Município de Echaporã (ex-Bela Vista). O Distrito de Amarris (Ex-Fortuna) (Ex-Vila Fortuna).
Decreto-Lei Estadual nº 14334, transfere o Distrito de Campos Novos do Município Echaporã para o Município de Ibirarema, (Ex-Pau d'Alho) com a denominação de Nuretama.
Elevado novamente à categoria de Município, com a denominação de Campos Novos Paulista, por Lei nº 233, de 24 de dezembro de 1948, desmembrado de Ibirarema.
Constituído do Distrito sede, Campos Novos Paulista (Ex-Nuretama). Sua instalação verificou-se, no dia 01 de janeiro de 1949.
Em divisão territorial datada de 01-VII-1960, o município é constituído do Distrito Sede.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 15-VII-1997.
ALTERAÇÕES TOPONÍMICAS MUNICIPAIS
Campos Novos do Paranapanema para Campos Novos, teve sua denominação alterada, por força da Lei nº 1828, de 21 de dezembro de 1921.
Campos Novos para Campos Novos Paulista, teve sua denominação alterada, por força da Lei Estadual nº 233, de 24 de Dezembro de 1948
.”

INFORMAÇÕES SOBRE O MUNICÍPIO


Pequeno Histórico sobre os habitantes:  


Em 1888, mais ou menos 12.881, em 1891, mais ou menos 26.000 (recenseamento de 1890 {Livro nº 29, arquivo Câmara Municipal de Echaporã} e {final do livro nº 3 da revista de história. São Paulo, UNESP, 1984-p.69a96}.

Segundo Adriano Campanhole em história da Fundação de Assis, em 1872 a população do Vale do Paranapanema era de 57.406 habitantes, em 1886, de 89.840. {Editora Gráfica Latina, 1985-p.98}.

De 1890 a 1914, Campos Novos ficou famoso e conhecido no Brasil e no exterior, sendo suas ruas frequentadas por doutores vindos de todas as partes. Chegou a ser a maior Comarca do Estado de São Paulo com julgamentos famosos de divisão de terras. Residiam aqui em 1908: 05 advogados; 01 engenheiro civil; 03 agrimensores; 02 dentistas, 01 fotógrafo {confirmar} livro 93, Prefeitura Municipal de Campos Novos do Paranapanema. Ano de 1908 residiam grandes homens do mundo da cultura como Olavo A. Hummel, Otto Meusser e Bruno Giovanetti. Circulava também jornais "Folha de Campos Novos" "O Paranapanema" JAT-p.23.

No início da história, meados do século XIX, com o desaparecimento da escravidão, o governo provincial já havia partido para o trabalho assalariado, na dificuldade de encontrar brasileiros, foi se procurar no exterior, ex: Itália, foi o país que mais enviou imigrantes para Campos Novos, famílias Mayo, Bonini, Giovanetti e Bertoncini. JAT-p.24  

(http://www.camposnovospaulista.sp.gov.br/a_cidade/locais.asp?cat=5)


Dados Gerais:


Mais antiga cidade do Sertão do Paranapanema, no oeste do estado, Campos Novos Paulista aposta hoje em seus atrativos naturais: clima ameno e muita área verde, com rios e cachoeiras. Há diversos sítios com boa estrutura para o turismo. Uma dessas propriedades, a Gersinho’s World, tem piscina de água corrente e toboágua. O lago municipal é outro ponto de destaque. E para quem quer agito, vale visitar a estância no primeiro semestre, época em que acontecem os principais eventos: em janeiro, quando várias quermesses animam as ruas na festa de São Sebastião, e em março, mês de aniversário da cidade, comemorado com muito rodeio. (http://www.camposnovospaulista.sp.gov.br/a_cidade/p_dados_gerais.asp)



ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL


PODER EXECUTIVO:


Verônica Bertoncini de Moraes 
Franco (Prefeita)


Fonte: http://www.eleicoes2012.info/veronica-do-tinho-15/



PODER LEGISLATIVO: (Vereadores)


José Donizete Barreto
(Presidente)


Alexandre dos Santos Soares


André Luiz Ferreira da Silva


Benedito Geraldo Machado


Éder Jones Silva de Mello


Edna Conceição de Lima Souza


Edson José Firmino


Luciano José Fontainha


Marcos Ferreira da Silva

Fonte: http://www.cmcamposnovos.sp.gov.br/index2.php?pag=T1RjPU9EZz1PVFU9T0dFPU9EWT1PR0k9T1RZPU9XST0=&&idver=17&&idleg=3





ACERVO FOTOGRÁFICO



Brasão do Município de Campos Novos Paulista


 Bandeira do Município de Campos Novos Paulista



Praça Sagrado Coração de Jesus





 













































 Túmulo do  fundador da cidade

Fontehttp://www.camposnovospaulista.sp.gov.br/a_cidade/galeria_detalhes.asp?id=7

http://www.panoramio.com/photo/12294541


 
 Marolo: fruta símbolo da cidade


 CONCLUSÃO


         Este trabalho pode ser melhorado através de críticas construtivas e sugestões. É assim que tenho feito com todas as postagens publicadas em meu blog.

        Portanto, se você tiver qualquer contribuição a fazer, poderá entrar em contato comigo através do e-mail indicado no final desta publicação. 


SOBRE O AUTOR DA POSTAGEM


Wilson do Carmo Ribeiro é industriário aposentado, professor e historiador diletante. 
É presbítero emérito da Igreja Presbiteriana do Brasil e membro da Igreja Presbiteriana Rocha Eterna de Sorocaba.
E-mail: prebwilson@hotmail.com



quinta-feira, 9 de abril de 2015

ALUMÍNIO: ONDE AS CASAS ERAM AMARELINHAS

APRESENTAÇÃO

         A Vila Industrial pertencente à Companhia Brasileira de Alumínio surgiu junto com o início das obras de construção da usina no início da década de 1940 na então localidade de Rodovalho.
         A finalidade das edificações era abrigar os trabalhadores que laboravam de forma acelerada, fazendo escavações, terraplenagens e outras obras, utilizando-se das máquinas e ferramentas disponíveis na época.
         As casas eram em geral pequenas, com aproximadamente sessenta metros quadrados, contendo dois dormitórios, sala, cozinha e banheiro. Garagem era impensável naqueles tempos que só os “ricos” possuiam automóveis.
         Com o passar dos anos e o início da produção do metal em 1955, casas maiores foram construídas e a vila passou a ter basicamente quatro áreas que agrupavam as residências dos trabalhadores: a dos profissionais, a dos encarregados, a dos chefes e técnicos  e a dos engenheiros.
         Com exeção desta última, em que as edificações tinham uma cor externa em tom cinza escuro, todas as demais tinham uma cor externa padrão: amarelinho claro. Por dentro as cores poderiam variar, de acordo com o gosto do usuário. Essa era uma das muitas coisas estabelecidas pela empresa e executada através da Diretoria Industrial, na pessoa do Engenheiro Antonio de Castro Figueirôa.
         Existia uma seção que fazia parte do Depto. de Obras que tinha como nome SEMACHIR (Seção de Manutenção Civil, Hidráulica e Instalações Elétricas Residenciais). Essa seção foi durante muito tempo chefiada pelo Sr. Mário Lourenço, um prático que estava entre os mais antigos empregados da fábrica.


A VILA PASSA POR UMA ATUALIZAÇÃO

         Aproximadamente na metade da década de 1970 muitos trabalhadores começaram a adquirir seus automóveis: Fuscas, Brasílias, Chevettes, Variants, etc. Aí então surgiu a necessidade de se construir as garagens mas a quase totalidade das casas eram geminadas e não havia espaço para isso.
         Naquelas que havia espaço as garagens foram construídas. Outra solução foi a construção de garagens coletivas em determinadas áreas. Outra coisa que ocorrera algum tempo antes fora a construção de um terceiro dormitório. Aliás, é bom que se diga que muitas delas foram edificadas originalmente com um dormitório a mais.
         A empresa cobrava um aluguel simbólico que servia apenas para fazer a manutenção nos imóveis. Aliás, nenhum morador podia fazer qualquer reparo na moradia. Tinha de avisar a seção que cuidava dos imóveis e ela mandava os profissionais para realizar o serviço.
         “Ganhar” uma casa na CBA significava sinal de prestígio e, como nos primeiros tempos só existia a Vila Paulo Dias, que pertencia à pessoa de mesmo nome, mudar-se para a Vila Industrial era uma realização pessoal para o chefe de família e sua prole. Com o passar do tempo esses moradores, pleiteavam uma casa maior ou melhor localizada e a Diretoria deliberava sobre o assunto, tendo um funcionário para coordenar tudo o que se relacionava com vila.

ALGUMAS EXPERIÊNCIAS VIVIDAS

         Em 1972 quando era Auxiliar de Encarregado na Seção Pessoal fui designado para ser o Coordenador das casas da vila, o que fiz até o final de 1973. Embora fosse subordinado ao chefe da Seção Pessoal, pela natureza de minha função mantinha contato quase diário com o diretor da empresa. Isso foi muito bom para o prosseguimento de minha carreira profissional na indústria.
         Por recomendação do diretor, Dr. Figueirôa, eu ia até a casa dele e o aguardava para descermos juntos na caminhonete que o levava para dentro da fábrica. “É para aproveitar o tempo” dizia ele. Na frente de sua casa muitas pessoas eram atendidas, entre as quais pais ou mães pedindo emprego ou readmissão para os filhos, conceção de casa na vila e outras coisas mais. Ali também ele assinava mensalmente os boletins dos estudantes candidatos à admissão na fábrica, quase em sua totalidade filhos de empregados.
         Como tinha formação em Engenharia Civil e de Minas e Metalurgia, o diretor tinha um xodó pelas obras em andamento e eu acabava acompanhando-o naquelas enormes edificações até chegar ao escritório dele no quarto andar do prédio da Administração. Alí, entre telefonemas e ordens aos seus auxiliares ele despachava os memorandos e resolvia os assuntos pendentes que eu lhe apresentava.

UM CASO PARA NÃO SER ESQUECIDO

         Nós, funcionários da Administração tínhamos uma hora de almoço. Saíamos do nosso trabalho e íamos até nossas casas na vila para a refeição. Isso demandava vinte minutos de ida e volta, sobrando portanto quarenta minutos para a refeição, fazer um afago na esposa e nos filhos e tentar ver alguma coisa na televisão.
         No meu caso específico no período em que coordenei as casas da Vila Industrial ocorria de pessoas, quase sempre senhoras, irem até o portão de minha casa, na chegada ou na minha volta ao escritório. Geralmente saía em cima da hora, ou seja, dez minutos para “ir morro acima” da Rua Álvaro de Menezes até a Seção Pessoal. Não podia atrasar sequer um minuto para marcar o cartão de ponto, caso contrário tinha de prolongar o período de trabalho por mais meia hora, o que era impensável pois, retornando para casa após o expediente, tinha de banhar-me, jantar e ir à faculdade em Sorocaba, distante vinte e cinco quilômetros.
         Certo dia, faltavam os tais dez minutos e saí porta afora para retornar ao  batente após o almoço e lá vinha uma senhora que tinha uma casa autorizada para mudar e ela queria tratar sobre detalhes que diziam respeito à minha participação no processo. Com gestos, tentei fazê-la entender que não poderia falar com ela ali, senão “rodava” para marcar meu cartão de ponto.
         O que aconteceu a partir daí foi uma verdadeira tragicomédia: eu quase correndo para não perder a hora e ela andando o mais depressa que podia e tentando fazer com que eu parasse para ela explicar-me o que desejava.
Cheguei ao escritório, marquei meu cartão e, resfolegante, esperei por ela ali mesmo na entrada do prédio. A pobre também estava cansada, lógico. Aí, sem qualquer discussão ela disse o que desejava e eu dei-lhe as explicações, encerrando o assunto. Eu fui para minha escrivaninha e ela voltou à sua casa.

UMA VILA COLORIDA – UMA PARTE DEMOLIDA

         Não sei dizer quando as cores externas das casas da Vila Industrial da CBA foram liberadas mas o fato é que, vendo-as hoje, percebemos que aquela vila monocromática não existe mais. Em parte não existe por causa do visual multicolorido e em parte porque são as casas que ruíram – foram demolidas para dar lugar a estacionamentos de carretas e automóveis ou para um processo de restauração ambiental.
         Uma coisa é certa: Eu, como todos os que moraram na Vila Industrial em Alumínio guardamos doces lembranças, como se expressa sempre um dos muitos amigos que temos nas redes sociais: “Tempo bom que não volta mais.”


ACERVO FOTOGRÁFICO
(Casas da Vila Industrial: fotos de Carlos Alberto Gonçalves)


Trevo de entrada para Alumínio


Vista aérea da Vila Industrial da CBA

 
Engº Antonio de Castro Figueirôa
Diretor Industrial da CBA (1955-1985)


Mário Lourenço
Chefe do SEMACHIR



Setor onde moravam engenheiros


Moradia de Chefias e Técnicos


Moradia de Encarregados e outros
 profissionais


Moradia de profissionais


As mesmas casas com cores padronizadas nas
décadas anteriores e coloridas atualmente



 Rua Brandt de Carvalho



Rua Moraes do Rego


Estacionamentos onde existiam casas


Restauração ambiental


SOBRE O AUTOR


Wilson do Carmo Ribeiro é industriário aposentado, pedagogo e presbítero da Igreja Presbiteriana do Brasil. Trabalhou na CBA 31 anos, morou na Vila Industrial 15 e coordenou-a por 2 anos.

terça-feira, 24 de março de 2015

ALUMÍNIO E OS VICE-PREFEITOS ANTERIORES À EMANCIPAÇÃO DO MUNCÍPIO

APRESENTAÇÃO

     
    Estando o Município de Alumínio próximo de comemorar mais um aniversário de sua emancipação político-administrativa, senti o desejo de preparar um trabalho e publicá-lo no Blog do Ribeiro em consideração à efeméride.
         Nas duas principais postagens que fiz sobre Alumínio, quais sejam: Cidade de Alumínio – Fatos e Fotos de Sua História -  http://wilson-ribeiro.blogspot.com.br/2011/10/cidade-de-aluminio-fatos-e-fotos-de-sua.html  e Alumínio – História Ilustrada do Município -  http://wilson-ribeiro.blogspot.com.br/2012/12/aluminio-historia-ilustrada-do-municipio.html  apresentei aspectos que estão relacionados com este trabalho. No entanto este é mais específico naquilo que me propus abordar.

UM HISTÓRICO INTERESSANTE 
    
         Acompanho a vida política de Alumínio desde 1959, ano em Mairinque, tendo se emancipado politicamente de São Roque, realizou sua primeira eleição para Prefeito, vice-prefeito e vereadores. Saiu-se vencedor do pleito o ferroviário aposentado  Arganauto Ortolani, tendo como vice o Sr. José Francisco dos Santos, o Zé Enfermeiro.
         Alumínio nesse tempo era um bairro e, além da grande participação financeira na arrecadação municipal, passaria a partir da próxima legislatura a contar com um nome para vice. Esse primeiro nome foi Abel Souto, que ajudou o ferroviário aposentado  João Chesine a se eleger para seu segundo mandato. Souto era encarregado na seção Refratários na CBA e ex - vereador no Município de São Roque. Isso foi na 2ª legislatura, que abrangeu o período de 1964 a 1968.
         Na eleição seguinte, para a legislatura de 1969 a 1972 novamente Arganauto se elegeu, contando com a votação do vice que era homem por demais conhecido em Alumínio, o Sr. Paulo Dias, Chefe do Escritório da CBA. Pessoa apolítica, Paulo Dias aceitou concorrer somente para ajudar o candidato cabeça de chapa.
         João Chesine seria o prefeito eleito para a legislatura de 1973 a 1976 e seu vice foi outro nome por demais conhecido da população aluminense: Benedito de Souza Filho, o Dito Mineiro.   Ele foi Encarregado na seção chamada Fábrica de Alumina na CBA e algum tempo depois se estabeleceu com uma loja de eletrodomésticos na Vila Santa Luzia.
         Para o período de 1977 a 1982 o eleito para o Executivo mairinquense foi o funcionário de carreira da prefeitura Antonio Alexandre Gemente. Aí a participação do vice, sempre de Alumínio, foi ainda mais decisiva. Com o nome do médico Dr. Eno Lippi para vice, a eleição foi decidida em Alumínio.
Nome conhecidíssimo na localidade, o Dr. Eno reverteu o resultado que era desfavorável à chapa após a apuração dos votos da sede. Em 1980 o pujante bairro alcançaria a posição de Distrito.
         Outro aluminense participou dessa eleição como vice do candidato derrotado. O candidato a Prefeito foi o ferroviário Waldemar Pereira e o vice foi o comerciante Arlindo Taraborelli, vereador por Alumínio na legislatura anterior.
         Até então, os prefeitos e respectivos vices eram de um mesmo lado político, mas para o período de 1983 a 1988 o prefeito eleito foi o Prof. José Luiz Bellini e seu vice, do Distrito de Alumínio foi João Martins, conhecido por Zito, Encarregado na seção chamada Controle de Materiais na CBA.
         Para encerrar esse período que abrangeu vinte e oito anos, Alumínio concorreu com mais um vice nas eleições de 1989, que foi o comerciante José Aparecida Tisêo. Ele havia sido eleito com expressiva votação para vereador na legislatura anterior.
         Zé Tisêo como é mais conhecido se tornou o primeiro prefeito eleito para o novo Município de Alumínio, encerrando assim a participação dos aluminenses sempre concorrendo na condição de vice.
         Necessário se faz mencionar que nas eleições vencidas por Bellini em 1982, o Vereador Mário Miranda Amaral, Mestre de Obras na CBA concorreu como candidato a Prefeito de Mairinque, tendo expressiva votação, não suficiente para elegê-lo.
         Desta vez o vice foi de Mairinque, o advogado Dr. Mauro Lopes.


ACERVO FOTOGRÁFICO

Abel Souto


Arlindo Taraboreli


Benedito Souza Filho


Dr. Eno Lippi


João Martins


José Aparecida Tiseo


Paulo Dias

CONCLUSÃO

         Com este trabalho bastante sucinto espero mais uma vez ter colaborado com a população aluminense, dotando-a de informações sobre os fatos históricos ocorridos, mais especificamente sobre as eleições e os candidatos da comunidade que delas participaram.
       


SOBRE O AUTOR




Wilson do Carmo Ribeiro é industriário aposentado, pedagogo e historiador diletante. É presbítero da Igreja Presbiteriana do Brasil e no ano passado foi agraciado com o título de Cidadão Aluminense.
E-mail: prebwilson@hotmail.com


QUINTO ENCONTRO DE CONJUNTOS E QUARTETOS MASCULINOS NA IGREJA PRESBITERIANA DE CAMPO LARGO EM SALTO DE PIRAPORA

  APRESENTAÇÃO Aconteceu dia 30-04-2011 com início às 19 h 30 minutos na I.P. de Campo Largo em Salto de Pirapora o 5º Encontro de Conjuntos...