sexta-feira, 3 de outubro de 2014

HISTÓRIA DA ESTRADA DE FERRO SOROCABANA



APRESENTAÇÃO

         
         

Ainda bem pequeno ouvia as narrativas de meu avô paterno Joaquim Antonio Ribeiro, mais conhecido por Florenção sobre as aventuras dele trabalhando na abertura da Estrada de Ferro Sorocabana no trecho que seguiu de Ourinhos em direção ao oeste do Estado de São Paulo.
      

   Ele, como vigia no acampamento, tinha também como incumbência caçar animais para que a carne fosse preparada e servida aos trabalhadores. Muitas vezes ele e seus companheiros de função tiveram enfrentamentos com índios que habitavam a região no início do século XX.
        Dessa forma, embora me considere descendente de um pioneiro da E.F. Sorocabana,só fui viajar de trem pela primeira vez em 1955, no trecho que vai de Bernardino de Campos até São Bartolomeu, na região de Avaré. Até então eu nunca tinha visto de perto uma locomotiva e olha que já estava com quatorze anos de idade. Fui a um casamento com amigos.
         Não me lembro se a locomotiva da E.F. Sorocabana era movida a diesel ou eletricidade. Fiquei com medo quando vi que os trilhos não eram como eu pensava: achava que era uma espécie de calha onde as rodas deslizavam.
         Algum tempo depois viajei com meus pais de Bernardino a Santa Cruz do Rio Pardo. Era um ramal de aproximadamente trinta quilômetros e a locomotiva era a vapor, ou seja, a “Maria Fumaça”. Entre as duas cidades existia a estação de Sodrélia.
        
Em dezembro de 1958 ocorreu a viagem mais longa: Viemos de mudança de Ipaussu, interior do Estado de São Paulo para Alumínio. O trem era o “Ouro Verde”, que era um trem de passageiros, só superado em conforto pelo “Ouro Branco”. Nossa mudança viera em outro trem na véspera.  
         Em fins de 1959 tive de fazer uma cirurgia de varizes para ser admitido na Companhia Brasileira de Alumínio. A cirurgia aconteceu na Santa Casa no Largo do Arouche e eu fiz doze viagens no trem chamado “Subúrbio”, que parava em todas as estações.
         Depois de outras viagens a São Paulo com minha esposa e filhos ficamos em contato com as composições que passavam ao lado do antigo prédio do Escritório da CBA onde laboramos durante trinta e um anos. No final da década de 1970 em  Alumínio a rua em que morávamos ficava paralela e muito próxima da estação da ferroviária da localidade.
         Agora senti o desejo de escrever alguma coisa sobre os trens, mais especificamente sobre a Estrada de Ferro Sorocabana, com ênfase no trecho entre Sorocaba e Mairinque. É a área em que tenho vivido e convivido com o povo desde 1958 até os dias de hoje.
         Aos ferroviários que laboraram na E.F.S. e seus descendentes dedico este meu trabalho.

A HISTÓRIA DA E.F.S.

 

         Pesquisando na Internet sobre o assunto, optei pelo site Wikipédia, que é aquele que traz o assunto o mais completo possível e de forma bastante condensada. Vamos ao relato:


A Companhia Estrada de Ferro Sorocabana foi criada em 2 de fevereiro de 1870 por empresários sorocabanos liderados pelo comerciante de algodão Luís Mateus Maylasky, cidadão austro-húngaro, com um capital inicial de 1 200 contos de réis, posteriormente elevado para 4 mil contos. Maylasky obteve da então província de São Paulo uma garantia de juros de 7% ao ano sobre o capital que fosse investido na ferrovia.
O primeiro trecho da ferrovia foi inaugurado em 10 de julho de 1875 e era formado por uma única linha, em bitola métrica, entre São Paulo e a fábrica de ferro de Ipanema, passando por Sorocaba.
Inicialmente concebida para transportar as safras de algodão, as receitas geradas pelo transporte desse produto logo se revelaram insuficientes, levando a ferrovia a enfrentar sérias dificuldades financeiras. Em assembleia geral realizada no dia 15 de maio de 1880 Luís Mateus Maylasky foi demitido e substituído por Francisco de Paula Mayrink, que acusou seu predecessor de gestão ilegal, malversação de fundos e inclusive de desfalque.
Mayrink, convencido que o sucesso da ferrovia estava condicionado ao transporte do café, expande seus trilhos na direção de Botucatu, para atingir regiões cafeeiras indo até Assis, onde se localizavam as oficinas da ferrovia, tornando-se uma das principais cidades do interior paulista.
Logo da EFS, que era fixado nas laterais do tender ou cabine das locomotivas
A Sorocabana serviu a inúmeras cidades do oeste paulista. Sua linha tronco expandiu-se e chegou a Presidente Prudente em 1919 e a Presidente Epitácio, às margens do rio Paraná - seu ponto final - em 1922. Antes disso a EFS construiu vários ramais. Em 1909 o ramal de Itararé ligava Iperó a Itararé, conectando a rede ferroviária paulista às estradas de ferro do Paraná, pelo antigo caminho dos tropeiros, que viajavam até o sul do Brasil.
A partir dos anos 20, em seu trecho inicial - primeiro até Mairinque, depois somente até Amador Bueno - passaram a circular, principalmente, trens de subúrbio.
O Ramal Dourados, no oeste paulista, ligava Presidente Prudente a Teodoro Sampaio.
Trens de passageiros de longo percurso trafegaram pela linha-tronco (Santos - Juquiá) até 16 de janeiro de 1999, quando foram suprimidos pela concessionária Ferroban, sucessora da Fepasa. A linha estava ativa até meados de 2002, somente para trens de carga e hoje está em completo abandono.

 AQUISIÇÃO PELO ESTADO DE SÃO PAULO


A Sorocabana passou por inúmeras mudanças de controle acionário. Em 1892 fundiu-se com a Estrada de Ferro Ituana, dando origem à Companhia União Sorocabana e Ituana (CUSI).
Apesar do contínuo aumento de volume no transporte de café, as finanças da ferrovia se deterioram de tal forma que a empresa precisou ser liquidada, tendo sido leiloada e arrematada, em 1904, pelo governo federal, por 60 mil contos de réis. Em 18 de abril de 1905 o governo federal vendeu a ferrovia para o governo do estado de São Paulo por 3,25 milhões de libras esterlinas - equivalentes a 65 mil contos de réis.
O nome Ytuana desaparece dos registros oficiais, mas não da cabeça do povo da região e da própria Sorocabana, que por anos designará suas antigas linhas como Secção Ituana - agora com "I".
De 1907 até 1919 a Sorocabana foi arrendada para o truste do polêmico capitalista norte-americano Percival Farquhar (um dos pivôs da Guerra do Contestado) - passando a operar sob o nome The Sorocabana Railway Co. - tendo se tornado lucrativa até 1912. Nesse ano o sindicato Farquhar começa a entrar em sérias dificuldades financeiras e praticamente abandonou a administração da ferrovia (a Brazil Railway Company, a holding de Farquhar, entrou em concordata em outubro de 1914). Sua situação se deteriorou de tal maneira que a ferrovia teve que ser encampada pelo estado de São Paulo - durante governo Altino Arantes - para assegurar a continuidade do serviço público. Dessa forma o governo de São Paulo assume novamente seu controle no dia 9 de setembro de 1919.
Calisto de Paula Souza, o segundo inspetor geral da Sorocabana nomeado pelo governo do estado, assim descreveu a situação da ferrovia em agosto de 1919: os armazéns estavam repletos de mercadorias aguardando para serem despachadas, havia frequentes interrupções de tráfego devido ao mau estado de conservação das locomotivas, os trens ficavam parados nas estações por falta de água...o leito da ferrovia não oferecia segurança...(Companhia Sorocabana; 1920, p. 3-4)
A Sorocabana permaneceu até 1971 sob o controle direto do estado de São Paulo, quando foi incorporada à Fepasa. A partir de 1995 as linhas suburbanas da antiga Sorocabana passaram a ser administradas pela CPTM.
A descida da Serra do Mar
Foram feitas inúmeras tentativas e vários projetos para levar os trilhos da Sorocabana até o porto de Santos que era servido - em regime de monopólio - apenas pela São Paulo Railway (SPR) popularmente conhecida com A Inglesa. Muitos alegavam que A Inglesa sufocava o desenvolvimento do porto com suas altas tarifas.
Mas todas essas tentativas de levar novos trilhos até o porto de Santos esbarravam no sistema de privilégios de zona . A zona por onde os trilhos teriam que passar pertencia à Southern San Paulo Railway Co. Ltd.
O governo de Altino Arantes Marques (1916 a 1920) muito se empenhou para que a Sorocabana conseguisse descer a Serra do Mar realizando várias gestões para que o estado encampasse a Southern San Paulo Railway Company.
Em 1926, ao assumir o governo do estado, Júlio Prestes de Albuquerque, finalmente, conseguiu comprar a Southern San Paulo Railway Co. Ltd., incorporando suas linhas à Sorocabana sob a designação de linha do Juquiá dando início, logo a seguir, às obras da linha Mairinque-Santos.
No dia 10 de outubro de 1927 começaram as difíceis e demoradas obras de construção da ferrovia que desceria a Serra do Mar, os quais exigiram a execução de complexos serviços de cortes, aterros, túneis, viadutos e pontes.
A 2 de dezembro de 1937, correu entre São Paulo e Santos, via Mairinque, em viagem experimental, a primeira composição de passageiros, conduzindo toda a administração da Sorocabana e representantes da imprensa de São Paulo, Rio de Janeiro e Santos.
No dia 10 de dezembro de 1937 começaram a correr normalmente os trens de carga e passageiros, iniciando assim o tráfego regular, que pôs fim ao monopólio - por muitos considerado odioso- da São Paulo Railway.
Concessão
Em 1998, o governador de São Paulo, Mário Covas, transferiu a FEPASA para a União, dentro do processo de renegociação das dívidas do estado. Posteriormente a União transferiu a empresa para a RFFSA, passando a ser denominada Malha Paulista, e com a extinção da RFFSA, as linhas foram transferidas sob regime de concessão para a Ferroban, que passou a operá-las. Em 2006, a América Latina Logística comprou o grupo Brasil Ferrovias, que mantinha a Ferroban, e desde então vem administrando e operando toda a antiga malha ferroviária da Sorocabana.

BIBLIOGRAFIA
  • CANABRAVA, Alice Piffer; O desenvolvimento da cultura de algodão na província de São Paulo: 1861-1875; São Paulo; Ind. Gráfica Siqueira; 1951
  • COMPANHIA SOROCABANA; Relatório apresentado pela directoria da Companhia Sorocabana à assembleia dos acionistas (vários anos)
  • FERROVIA PAULISTA SOCIEDADE ANÔNIMA; Dirigentes da Sorocabana e Fepasa; Gráfica Fepasa; Jundiaí;1983
  • SAES, Flávio de Azevedo Marques; As ferrovias de São Paulo: Paulista, Mogiana e Sorocabana (1870- 1940); 1974; Dissertação (Mestrado)Universidade de São Paulo, São Paulo;
  • SANTOS, Francisco Martins dos, e LICHTI, Fernando Martins;História de Santos/Poliantéia Santista;Editora Caudex Ltda.; São Vicente-SP; volume III;1996
  • SIQUEIRA, Augusto Primeiro traslado da escriptura de arrendamento da Estrada de Ferro Sorocabana; São Paulo; 1907.

A ESTAÇÃO DE SOROCABA



Linha- tronco – km 104,702 – 1934
Altitude: 550,400 m
Uso atual: Fechada (2013)
Ano de construção do prédio: 1875
Inauguração: 10-07-1875
 A estação de Sorocaba foi inaugurada em 1875 como o ponto final da linha original da Sorocabana, que não por acaso tem esse nome: a idéia original dos donos era ligar Sorocaba a São Paulo pelo caminho mais curto. Dois anos antes, justificava-se sua posição: "O lugar para a estação de Sorocaba sofreu uma mudança para com o primeiro projeto, motivada pelas seguintes razões: Para chegar ao lugar primeiramente destinado a receber o edifício desta nossa estação central, o traçado cortou várias ruas da cidade de Sorocaba que portanto teria que ter diversas passagens em nível, e o novo as evita sa mesma maneira transpondo muito antes o o ribeirão do Superery, afastando-se ainda mais da cidade e deixando a maior parte dessas ruas do seu lado esquerdo. A despesa do movimento de terra para a criação do plano da estação diminuiu com o novo projeto, como patenteiam as plantas topográficas aqui existentes. Também se evita a expropriação de muitas parcelas de quintais de numerosos proprietários. Diminui enfim o lugar novamente escolhido o valor dos maiores edifícios de toda a linha. Este novo prédio - ou o velho, totalmente reformulado - foi inaugurado em 25 de janeiro de 1930 pelo então Presidente do Estado, Julio Prestes. Ainda funcionou como uma estação tradicional, vendendo bilhetes, embarcando e desembarcando passageiros até a entrada de operação da Ferroban, no final de 1998. Da estação de Sorocaba sai a E. F. Votorantim, pertencente originalmente à Votorantim e hoje operada pela Ferroban. Embora o trem de passageiros da linha-tronco tenha sido desativado em 16/01/1999, Sorocaba continuou embarcando os passageiros da linha Sorocaba-Apiaí, que seguia pelo antigo ramal de Itararé, até 01/03/2001, quando esse trem também foi suprimido. O pátio e a estação estiveram abandonados e ameaçados até de demolição. No final de 2005, a Prefeitura de Sorocaba conseguiu negociar com a RFFSA a compra e a posse provisória da estação, que pretendia transformá-la na sede do futuro Museu de Arte Contemporânea de Sorocaba. Em 2013, a situação externa da antiga gare é de abandono. Não há museu nenhum na estação.”

Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local; Comendador Gualberto Tenor; Ricardo Anacleto; Vagner Abreu; Alberto Del Bianco; Rafael Asquini; Diovanni Resende; Marcelo Tálamo; Wanderley Duck; Ricardo Koracsony; Adriano Martins; Folha de S. Paulo, 1961; Correio Paulistano, 25/1/1930; Fon-Fon, 1930; E. F. Sorocabana: relatórios anuais, 1872-1969; Noventa anos da Sorocabana, 1960; IBGE, 1960; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht.


A ESTAÇÃO DE MAIRINQUE



“É possível dizer que a centenária Estação Ferroviária de Mairinque ainda é um dos prédios mais importantes do Brasil, talvez da América Latina e com certeza da cidade, no interior de São Paulo. Também pudera, além de ter dado origem ao município e fazer parte da história ferroviária do País, a Estação foi o primeiro prédio brasileiro construído em concreto armado. Inaugurada em 1906, a obra foi construída no estilo “Art Noveau”, considerada o primeiro prédio do proto-modernismo e é a primeira “estação-ilha”, isso porque tem ramais de trilhos nos dois lados. Por essas razões – e por atualmente abrigar o museu de Memória Ferroviária local e ser palco constante de apresentações artísticas -, motivos não faltam a estudantes, profissionais e curiosos para visitá-la.
A Estação Ferroviária de Mairinque foi inaugurada em 1906, mas levou cerca de dois anos para ser construída e foi projetada pelo então arquiteto francês Victor Dubugras, precursor do concreto armado no Brasil e, acreditam estudiosos, também da América Latina. O professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) de São Paulo e autor da biografia de Victor Dubugras, Nestor Goulart, conta que a Estação é, ainda hoje, importante para o País e também foi para a vida profissional do arquiteto. Goulart ressalta que o prédio ainda é foco de muitas pesquisas devido sua “ousadia e inovação” do arquiteto. Isso porque, construída no meio da floresta e numa área de difícil acesso, a estação revela – segundo o professor – a característica “inovadora” de Dubugras, por usar materiais “reaproveitáveis” numa época remota ao assunto, ainda.
“Ele usou materiais reaproveitáveis porque o local era de difícil acesso. Dubugras tinha, no projeto, que pensar em algo que suportasse solavancos diários. Era para ser uma estação-ilha e os trens não parariam nunca. A estrutura tinha que ser firme”, afirma ele referindo-se ao fato dos ferros usados para suportar o concreto e caracterizar o modelo ‘concreto armado’ serem os próprios trilhos dos trens, que já não serviam mais para a proposta original.
Além disso, nas portas da estação, por exemplo, foram usadas madeiras de pinha de riga, hoje material nobre, mas que na época era uma espécie de “tapume”, usado para embalar peças de trens e ferrovias vindos de navios da Europa. “Peças resistentes ao tempo”, garante.
O prédio, conta o professor, é o primeiro – de que se tem notícia – feito em concreto armado e foi uma novidade numa época em que o estilo ainda era neoclássico. “Naquele momento, como não se usava o ferro como sustentação de paredes de alvenaria, muito menos laje, as paredes dos prédios eram bem próximas, para que a madeira usada no forro não “envergasse’. Mas ele não, ele inovou e ousou com o que tinha em mãos. Está aí, em pé até hoje”, comemora Goulart que acrescenta: o estilo “concreto armando” só seria usado novamente no Brasil, 30 anos após a experiência de Dubugras. E como se não bastasse, todo o interior da Estação, igualmente projetada, afirma Goulart, também foi inovadora. “Essas divisórias de escritório, usadas hoje em dia de plástico e vidro, ele criou e instalou na Estação. Quer dizer, ele tinha uma genialidade brilhante”, defende.
Segundo Goulart, Dubugras tinha parentes na Europa, e por essa razão, ele estava sempre informado sobre as novidades do outro continente. “Ele sabia de tudo. As coisas estavam começando na Europa e ele já testava aqui”, garante. Bem conservada, a Estação foi revitalizada em 1999 e pertence a Prefeitura de Mairinque desde 2004. Foi tombada Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Arqueológico do Estado de São Paulo (Condephaat) em 1986 e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 2002. Tema de música, livros e cenário de peças, também levou a atual administração municipal a reabrir, em 2007, o “Bar da Estação”, que funcionou de 1906 até 1980.
A título de curiosidade, Victor Dubugras criou o primeiro condomínio brasileiro, o residencial Canadá, no Rio de Janeiro, e construiu prédios como o paço de Santos, a Matriz de Ribeirão Preto e o palácio presidencial de Salvador, na Bahia.
Fonte: jornal Cruzeiro do Sul, matéria publicada em outubro de 2007, fotos de Adival Pinto.

 

LOCOMOTIVAS DA E.F.S.


















LOCOMOTIVAS DA FEPASA

 

 















Fotos: Internet




VILAS DE FERROVIÁRIOS

Em Sorocaba, SP

         Em Sorocaba, SP, berço da Estrada de Ferro Sorocabana existe um bairro que foi habitado quase que exclusivamente por ferroviários quando de seu surgimento. É a Vila Santana.
         No trecho transcrito podemos comprovar isto:
Vila Santana é um bairro da região do Além Linha na cidade de Sorocaba. O bairro passou a ser povoado a partir da década de 1920, com a construção da Capela de Santa Rita de Cássia, em 1923. No final da década de 1920 recebeu os trabalhadores da Estrada de Ferro Sorocabana transferidos de Mairinque-SP.
         O bairro de Vila Santana situa-se a poucos quilômetros a nordeste do centro de Sorocaba e, em linhas gerais, compreende a área situada entre a Rua Hermelino Matarazzo, Rua Aparecida, Rua Gonçalves Dias e Rua Silva Abreu. O centro desse bairro está localizado no entorno das ruas Bartolomeu de Gusmão, onde se encontra a Igreja de Santa Rita de Cássia, e Rua Olavo Bilac, onde há comércio mais intenso. Vila Santana praticamente sempre foi um bairro residencial, com muitos descendentes de italianos.
         Muitos trabalhadores da antiga Estrada de Ferro Sorocabana moram nesse bairro, bem como das antigas fábricas de tecelagem. O ponto de maior altitude do bairro situa-se nos altos da Rua Júlio Ribeiro. Nesta região também se encontra um reservatório de água do SAAE que abastece vários bairros. As escolas presentes no bairro são: Baltazar Fernandes, Genésio Machado, Centro Educacional Sesi 006, Colégio Integrado Véritas, e outras escolas particulares de educação infantil.
Fonte: http://www.omb100.com/sorocaba-alemlinha/historia 
  
Em Mairinque, SP


O prefeito Binho Merguizo e o diretor da unidade de formação profissional do Senai de Sorocaba, Jocilei Oliveira, e demais autoridades, assinaram o projeto de restauração da Estação Ferroviária de Mairinque e revitalização das edificações históricas, em um evento realizado no dia 05 de abril.
Esse projeto visa restaurar além da estação ferroviária, as casas antigas em torno dela, que se encontram, na região central da cidade, resgatando a identidade cultural e patrimonial do município.
A Estação Ferroviária de Mairinque é considerada Patrimônio Nacional pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), pelo seu avanço arquitetônico em relação à época que foi construída, como o uso do concreto armado, e com o acesso para os passageiros por baixo, sendo a construção em forma de ilha. Por anos a estação não recebeu a devida atenção e parte dela perdeu as características originais.
O professor Júlio Barros, restaurador e membro do Núcleo de Preservação do Patrimônio Histórico do SENAI-SP disse que “Mairinque está dando um passo à frente, restaurando e valorizando a estação ferroviária que um dia deu vida e contribuiu para o crescimento da cidade”.
Sua equipe já identificou pelo menos 200 casas que estão em torno da estação e já começaram a fazer a prospecção, conversando com moradores, recolhendo material para análise e identificando as características arquitetônicas que foram empregadas no período da construção.
Após esse levantamento, o projeto será apresentado e em seguida se iniciam as restaurações através das oficinas experimentais que serão realizadas pelos jovens e adolescentes que vivem na Casa da Criança, através do Projeto Técnico Pedagógico de Formação Profissional do SENAI-SP. Esses jovens serão treinados para pintar, rebocar, restaurar e assim todas as obras serão revitalizações. Os alunos terão ajuda de custo e no término receberão certificado profissional do SENAI-SP. Além do SENAI-SP, que formará a mão-de-obra local, o projeto conta ainda com o investimento do Sindicato da Construção Civil, Sinduscom.
O prefeito Binho Merguizo agradeceu a todas as pessoas que colaboraram para essa parceria e disse que “ao restaurarmos essa estação ferroviária e as edificações à sua volta, manteremos vivo o meio ambiente cultural dos cidadãos de Mairinque, pois a nossa cidade nasceu em volta da estação, cresceu por causa da estação, portanto vamos resgatar e cuidar do jeito mairinquense de ser”.
Para Jocilei de Oliveira, “A missão do Senai é preparar as pessoas para o mercado de trabalho em uma função que irá atender um segmento, nesse projeto em Mairinque, a profissão de restaurador para a construção civil, mas esse trabalho em especial nos dará orgulho, pois além de qualificar esses jovens sabemos da importância desse projeto para o resgate cultural de um patrimônio como este”, afirmou o presidente do Senai de Sorocaba.
A Secretaria Municipal de Educação, através do Departamento de Cultura representado pelo seu diretor Maurício Sérgio Dias, disse que “é uma honra estabelecer essa parceria de trabalho com o Senai, pois dessa forma teremos o resgate do nosso patrimônio arquitetônico e cultural tanto da estação ferroviária quanto o seu entorno, pois só assim manteremos a nossa verdadeira identidade cultural”.
Adriano Ruiz Secco, diretor do Senai de Alumínio e de Mairinque afirmou que “esse é o momento oportuno para Mairinque, onde ao mesmo tempo em que vai resgatar a cultura local irá qualificar os seus jovens para o mercado de trabalho”.
“Mais do que restauradores qualificados à disposição em nossa região, o projeto vai resgatar um patrimônio que estava abandonado, sem ter a merecida importância dentro do contexto da cidade”, falou o representante regional da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Fiesp, Elvio Luiz Lorieri, que também presenciou o evento.
O presidente Francisco Antonio de Camargo e o vice-presidente Ciro Gomes da Associação Mairinquense da Preservação Ferroviária (AMPF) também estiveram no evento e relataram que “essa restauração da estação é um reivindicação antiga da AMPF e nós que somos ex-ferroviários e através da associação fazemos de tudo para preservar a memória da estação ferroviária de Mairinque, ficamos felizes em ver esse sonho sendo realizado”.
Também participaram da assinatura a vice-prefeita Marly Moraes, o presidente da Associação das Indústrias de São Roque, Araçariguama, Alumínio Como tudo começou
e Mairinque (Aisam), Vinício César Pensa.
O surgimento de Mairinque está simbolizado pela inauguração, em 1875, da primeira estação ferroviária da cidade (construída totalmente em madeira), denominada de Estação “Manduzinho”, decorrente do entroncamento ferroviário entre as estradas de ferro Sorocabana e Ituana.
O primeiro assentamento humano na “Villa Mayrink”, data de 1890. Tratava-se de 100 casas, que seriam alugadas aos funcionários da Estrada de Ferro Sorocabana, enviados para a construção do pátio de manobras, das oficinas e da estação ferroviária. A “Vila Mayrink” foi fundada em 27 de outubro de 1890, pelo Conselheiro do Império e Engenheiro formado pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro, Francisco de Paula Mayrink, que na época, estava à frente da Estrada de Ferro Sorocabana, o que explica o nome dado à cidade.”


 

OS FERROVIÁRIOS E O FUTEBOL



         Hoje outras modalidades esportivas estão muito difundidas em nosso país, no entanto no início e no decorrer do século passado havia um predomínio quase absoluto do futebol como a prática esportiva predileta dos homens e como não poderia deixar de ser dos ferroviários.
         Em muitas cidades servidas pela Estrada de Ferro Sorocabana  surgiram equipes de futebol de bom quilate técnico, disputando campeonatos da Federação Paulista de Futebol.
         Citarei algumas trazendo o nome de Ferroviária ou Ferroviário em suas gloriosas camisas, sendo que as vi jogar entre 1956 e meados da década de 1970. Vamos a elas: A.A. Ferroviária de Assis; Clube Atlético Ferroviário de Bernardino de Campos, A.A. Ferroviária de Botucatu, Estrada de Ferro Sorocabana FC de Sorocaba e Clube Atlético Sorocabana de Mairinque.
         A seguir, fotos ilustrativas dessas tradicionais agremiações esportivas que sempre honraram os nomes da E.F.S. e de suas respectivas cidades.




Estádio da AA Ferroviária de Assis

 Sala de Troféus do E.C. Ferroviário de
 Bernardino de Campos


Equipe da A.A. Ferroviária de Botucatu
(Final dos anos 50)

Estádio Dr. Rui Costa Rodrigues do Estrada
de Ferro Sorocabana F.C. de Sorocaba


 Equipe do Estrada de Ferro Sorocabana
 F.C. de Sorocaba (1962)


Equipe do Clube Atlético Sorocabana
de Mairinque (CASM) (Provavelmente de 1950)


 Equipe Master do CASM (2011)
(Foto de Claudio Ceretta)


Associação Esportiva Santacruzense


ACERVO FOTOGRÁFICO


Estação de Sorocaba


 Estação de Sorocaba (2)

 

Estação de Sorocaba (3)

 

Estação de Mairinque 

 

 Estação de Mairinque (2)


Estação de Mairinque (3)


Estação de Alumínio


Estação de São Roque


Estação Júlio Prestes (São Paulo)


Estação Júlio Prestes (São Paulo (2)


Trem Ouro Verde da E.F.S. na Estação Júlio Prestes

(São Paulo, SP)


Trem se passageiros "Ouro Branco" da E.F.S.

 

Vídeo - Trem de Passageiros da E.F.S.

 

Vídeo "Estação Saudade" - Estação de Iperó, SP

 

PREITO DE SAUDADE




No início desta postagem fiz menção de meu avô paterno Joaquim Antonio Ribeiro que atuou como vigia na expansão da Estrada de Ferro Sorocabana a partir de Ourinhos SP.
Nascido em 1886 no Município de Campos Novos Paulista, SP, foi agricultor antes e depois da jornada na E.F.S., falecendo em fins de 1962 na mesma cidade.


     

Já meu sogro Claudino Batista Marra, nascido em Itápolis, SP em 1906 e falecido em São Paulo, SP em 1968 foi telegrafista na Estrada de Ferro Araraquarense.  Fica aqui o registro da participação de ambos nas lides ferroviárias em nosso querido Estado de São Paulo. 

A construção da  Estrada de Ferro Araraquarense aconteceu em 12-08-1895 . As obras foram iniciadas em Araraquara e a inauguração aconteceu em 09-11-1896, chegando em Taquaritinga, SP.

Com a ampliação chegou  em 1906  em São José do Rio Preto, SP.

O objetivo inicial daquela ferrovia foi o escoamento do café e foram os produtores que tiveram a iniciativa de pleitear sua construção.

 

  CONCLUSÃO

 

         Espero ter reunido informações suficientes para as pessoas mais novas  que não tiveram contato mais estreito com a Estrada de Ferro Sorocabana, seus trens e seus operosos trabalhadores
         Quem tiver sugestões e fotos para melhorar este trabalho poderá enviá-las por mensagem inbox no Facebook ou pelo e-mail: prebwilson@hotmail.com
         Hoje, com estações desativadas e inexistência de transporte de passageiros, a Ferroban, sucessora da FEPASA, como as demais ferrovias brasileiras operam no transporte de cargas.
         No entanto na mente de cada um de nós, que trabalhou ou que desfrutou do transporte ferroviário, fica a doce lembrança de um tempo que se foi e que certamente não voltará mais.

CONCLUSÃO

         Este trabalho pode ser melhorado através de críticas construtivas e sugestões. É assim que tenho feito com todas as postagens publicadas em meu blog.

        Portanto, se você tiver qualquer contribuição a fazer, poderá entrar em contato comigo através do e-mail indicado no final desta publicação, ou por mensagem no Facebook.


SOBRE O AUTOR DA POSTAGEM

Wilson do Carmo Ribeiro é industriário aposentado, pedagogo e historiador diletante. 
É presbítero em exercício da Igreja Presbiteriana do Brasil, servindo atualmente na Igreja Presbiteriana Rocha Eterna de Sorocaba.
E-mail: prebwilson@hotmail.com

Informação recebida por e-mail:

Sr. Wilson:
                                       Encontrei por acaso a história da Sorocabana que o Sr. escreveu, porém, faltou algo.
Provavelmente o Senhor não sabe, mas a E.F.S., por imposição do Governador Ademar de Barros, administrava a Cia. de Navegação Fluvial Sul Paulista, na qual meu pai trabalhou, e onde se aposentou, e todos os trabalhadores da referida companhia, eram funcionários da Estrada de Ferro Sorocabana. A Cia. de Navegação Fluvial Sul Paulista fazia transporte de cargas e passageiros na região do Vale do Ribeira, e também tinha a linha Iguape/SP-Paranaguá/PR. Segue uma foto de uma das lanchas da Sorocabana com o logotipo EFS afixado na embarcação.
                                                                                                                                                                        Abraço.
                                                                                                                                                         Reinaldo R. de Lima


 

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

FAMÍLIA, PROJETO DE DEUS



APRESENTAÇÃO


Talvez nunca se falou tanto no papel da Família como nos dias atuais. Embora seja uma instituição que, como vemos na Bíblia, foi criada pelo próprio Deus e esteja claramente descrita na Constituição Federal de 1988, a Família tem sido objeto de muitas especulações e até mesmo de propostas de congressistas que visam alterar suas bases.

Temos nossas convicções e não abrimos mão delas apesar de reconhecermos que toda instituição pode sofrer alterações no decorrer dos anos. Mas acreditamos que essas alterações não podem e não devem desfigurar o projeto de Deus para a vida do ser humano que ele criou.

Achamos por bem então oferecer aos nossos leitores/internautas um trabalho que possa trazer alguma colaboração sobre tema tão importante.
Boa leitura!  


APRESENTAÇÃO DO TEMA


Ter uma família feliz é o alvo de todo cristão. Trabalhar para a edificação da família é a obrigação de cada pessoa que a compõe.

A família é um grande projeto de Deus para a humanidade. Se for de Deus, então é divino. O desejo de Deus é abençoar a todas as famílias que se voltarem para Ele através de suas promessas reveladas em Sua Palavra. A família de Deus precisa reservar mais do seu tempo para se colocar diante do trono de Deus, num ato devocional.

1. O Projeto de Deus para a Família

“Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse-lhes: Todo reino dividido contra si mesmo será arruinado, e toda cidade ou casa dividida contra si mesmo não subsistirá” (Mt 12:25).

A família foi colocada como um projeto de Deus para ser um lugar de bênçãos e um espelho para a sociedade do que é o Reino de Deus. Deus não exige que tenhamos famílias perfeitas, mas famílias baseadas na integridade e união em Seu projeto.

A mão divina aparece quando vemos duas pessoas diferentes se unindo e através dessa união, conseguem fazer com que possam andar em concordância sem quebrar Suas leis.

Os relacionamentos devem ser sustentados em união e fortalecidos diante dos problemas e dificuldades. Quanto maiores as adversidades que um casal divide, mais ficarão unidos.

Estar em acordo não significa pensar igual. Estar de acordo é chegar a um consenso diante de alguma situação que venha a dividir opiniões. E é preciso não esquecer: precisamos aprender a ceder!

Muitos pensam que, por ser o homem o cabeça da família, ele sempre estará certo e sempre terá a ultima palavra. É preciso lembrar que entre pessoas maduras, existe a negociação. Deus deixou os erros das antigas pessoas como ensinamentos, para que possamos evitá-los.

Sempre que Deus quer tomar alguma iniciativa na Terra, Ele procura uma família. Receber um chamado de Deus requer entendimento dessa missão e pedir a Sua graça e agradecer o privilégio de contribuir com este mundo através da família.

1.1. O HOMEM NÃO TERIA CRIADO A FAMÍLIA

O homem, na sua origem, talvez não criasse a família. Não saberia como fazê-lo. Depois da Queda, podemos ter certeza de que o homem jamais buscaria criar uma organização que haveria de lhe impor limites e regras de convivência, contrariando seus instintos pecaminosos e egoístas. Deus só fez uma mulher para o homem e, mesmo assim, há uma tendência à poligamia ou ao adultério masculino e feminino.

1.2. ORIGEM DIVINA PAI - MÃE – FILHOS

A família é uma instituição divina. Ela é tão importante, que foi criada antes da Igreja, antes do Estado, antes da nação. Deus não fez o homem para viver na solidão. Quando acabou de criar o homem, Adão, o Senhor disse: "Não é bom que o homem esteja só.

Far-lhe-ei uma adjutora, que esteja como diante dele" (Gn 2.18). Deus tinha em mente a constituição da família, mas esta não está completa só com o casal. Por isso, o Senhor previu a procriação, dizendo: "Crescei e multiplicai-vos e enchei a terra (Gn 1.27-28). Fica mais clara a origem da família, quando lemos: "Portanto, deixará o homem seu pai e e sua mãe e se unirá à sua mulher e serão ambos uma só carne" (Gn 2.24). "O homem" aí é o filho, nascido de pai e mãe.

Deus fez a família para que o homem não vivesse na solidão (Sl 68.6; 113.9).

1.3. ATAQUES À FAMÍLIA

Por ser de origem divina, o inimigo tem atacado a família de maneira implacável. As tentações aos pais de família, principalmente na área do sexo e do mau relacionamento com os filhos tem sido constante; os ataques aos filhos, lançando-os contra os pais; dos pais contra os filhos; o problema das drogas, do sexo ilícito, da pornografia, de outros vícios, etc .

2. ORIGEM DO LAR

2.1. CONCEITO


A palavra lar vem de lare (latim), significando, etimologicamente, " a parte da cozinha onde se acende o fogo"; "a família"(fig.). Certamente, isso dá ideia de lugar íntimo, aconchegante. Daí vem a palavra "lareira", onde a família se reunia para conversar, ao redor do fogo, principalmente nas noites e dias frios. Podemos dizer que o lar é o ambiente em que convive uma família. Hoje, a TV tem prejudicado a reunião da família. É um verdadeiro "altar".

2.2. CONDIÇÕES PARA QUE HAJA UM LAR

Um lar não é apenas uma casa, uma construção. Alguém pode morar numa pensão, num hotel, num quarto isolado, sem que possa dizer que vive num lar. Para que haja um lugar que possa ser chamado lar, deve haver algumas condições, tais como:

1) AMOR

2) HARMONIA

3) PAZ

4) RELACIONAMENTO SAUDÁVEL

2.3. O PRIMEIRO LAR

O primeiro lar foi criado por Deus. Era maravilhoso. Nele, antes da queda, havia amor; havia paz, união, saúde, alegria, harmonia, felicidade e comunhão com Deus. A vida não era de ociosidade, pois Deus colocou o homem no Jardim "para lavrá-lo e guardar" (Gn 2.15). Mas o trabalho era suave.

Não havia desgaste físico e emocional, como se conhece hoje. Havia trabalho, mas em compensação não havia doenças, nem dor, nem tristeza nem morte.

2.4. A PRESENÇA DE DEUS NO PRIMEIRO LAR

Diariamente, "...Deus,... passeava no Jardim,pela viração do dia...(Gn 3.8a). Era maravilhoso ouvir a voz de Deus diretamente de sua boca, contemplando Sua face. Hoje, mais do que nunca, é necessidade vital a presença de Deus nos lares cristãos.

2.4. INTERFERÊNCIA DO MAL - A QUEDA DA FAMÍLIA

O homem podia comer de todas as milhares de árvores que havia no Jardim (inclusive da Árvore da Vida), exceto da "árvore da ciência do bem e do mal" (Gn 3.2-3). Tentado pelo diabo, o casal caiu, trazendo toda sorte de males para a família, inclusive a morte, que passou a todos os homens (Rm 5.12). Atualmente, a história se repete. Por ouvir a voz do "outro" , muitas famílias sofrem terrivelmente.

2.5. A REDENÇÃO DA FAMÍLIA

Deus, que ama tanto a família, previu sua redenção ANTES da fundação do mundo (1 Pe 1.19-20). A primeira pessoa a ser tentada foi a mulher. E Deus ama tanto a mulher que prometeu a redenção da raça humana através " da semente da mulher" (Gn 3.15). Na "plenitude dos tempos, Jesus veio ao mundo, "nascido de mulher" (Gl 4.4.) para redimir a humanidade.

3. JESUS E A FAMÍLIA


Nosso Senhor Jesus Cristo valorizou a família. Veio ao mundo através de uma família. Teve seu crescimento físico, social, intelectual e espiritual no seio da família (Lc 2.52).

 


No seu ministério, não costumava hospedar-se em hotéis, mas desfrutava da hospitalidade de um lar (Mt 8.14; Lc 10.38-42). Em muitos milagres, demonstrou seu cuidado para com a família (Mt 8.14-15; Lc 7.12-16).

Seu primeiro milagre foi realizado numa festa de casamento (Jo 2.12). Ensinou-nos a orar, chamando Deus de"Pai Nosso"(Mt 6.9). Enfatizou o quarto mandamento, mandando honrar pai e mãe (Mt 15.3-6; Mc 7.10-13). Teve um trato especial com as crianças, abençoando-as (Mc 10.13-16).

4. O RELACIONAMENTO FAMILIAR NA BÍBLIA

4.1. CONFLITOS NO LAR.


A Bíblia nos mostra que os conflitos fazem parte da vida. Jesus disse: "no mundo tereis aflições..."(Jo 16.33b). Ele previu os problemas de relacionamento: "E assim os inimigos do homem os seus familiares" ( Mt 10.34-37). Sabendo que a família tem origem divina e é valorizada na Bíblia, precisamos entender e praticar o relacionamento cristão, a fim de que o inimigo da família não nos leve à queda como no princípio.

4.2. COMO CONVIVER COM OS CONFLITOS

4.2.1.PRINCÍPIOS PARA OS PAIS


1) Ensinar a Palavra de Deus aos filhos no lar (Dt 11.18-21);

2) Ensinar o valor da oração aos filhos;

3) Realizar o culto doméstico (Gn 12.5-7)

4) Ensinar o valor da Igreja (Hb 12.23; Ap 21.9);

5) Preparar os filhos para a vida (Lc 2.52);

6) Ser afetivo com os filhos (1 Pe 3.8;4.8);

7) Não provocar a ira aos filhos (Ef 6.4);

8) Cuidar dos filhos, reservando tempo para eles (l Tm 5.8).

Praticando esses princípios ou orientações, os pais evitam ou amenizam os conflitos no lar.

4.2.2.PRINCÍPIOS PARA OS FILHOS

1) Os filhos são herança do Senhor (Sl 127.3);

2) Os jovens devem guardar a Palavra de Deus para não pecarem (Sl 119.9-11);

3) Os jovens devem obedecer e honrar pai e mãe (mesmo que não sejam crentes),
PARA SEREM FELIZES NA TERRA; Ef 6.1-3;Cl 3.20; Exemplo dos filhos dos recabitas (Jr 35.1-6)

4) Os jovens devem ser sujeitos aos mais velhos (1 Pe 1.5a);

5) Os jovens devem ser sujeitos uns aos outros (evita briga entre irmãos) (1 Pe 5.5b);

6) Os jovens devem ser humildes (Deus resiste aos soberbos): 1 Pe 5.b; Deus exalta (1 Pe 5.6)

7) Os jovens devem lançar sobre o Senhor suas ansiedades (1 Pe 5.7; Sl 55.22; Sl 37.5);

7) Os jovens devem ser sóbrios (simples, modestos, não exagerados): 1 Pe 5.8a; A desobediência a esses princípios resulta em conflitos desnecessários, tornando-nos culpados diante de Deus.

4.3. SUBMISSÃO À PALAVRA DE DEUS

Para viverem bem em família, os seus integrantes (pais e filhos) precisam submeter-se à Palavra de Deus, como servos (Mt 20.25-28), temer a Deus e andar nos seus caminhos ( Sl 128)

4.4. SUBMISSÃO AO ESPÍRITO SANTO

Só a submissão ao Espírito Santo faz com que o crente obedeça à Palavra de Deus. Os membros da família precisam demonstrar o Fruto do Espírito em seu relacionamento, conforme Gl 5.22-23.

Pastores ou membros da igreja, filhos ou pais, esposos e esposas, todos sem exceção precisam viver dando fruto do Espírito. No texto acima, temos a fórmula do bom relacionamento cristão.

Os pais devem ser companheiros dos filhos e não seus ditadores. Uma boa regra é ter FIRMEZA com AMOR. Por outro lado, os filhos devem obedecer aos seus pais e honrá-los, "pois é mandamento com promessa"; hoje, no meio da milenar rebelião contra Deus, há filhos que não honram os pais. Isso satisfaz ao inimigo do lar.

É necessário muita oração, adoração a Deus no lar, para que os conflitos sejam motivo de crescimento e maturidade e não de confrontos e contendas. O CULTO DOMÉSTICO não elimina os conflitos, mas ajuda a enfrentá-los como cristãos e a superá-los para a glória de Deus.

5. SARANDO AS FERIDAS

No relacionamento entre os membros da família, muitas vezes surgem atritos e problemas, que deixam verdadeiras feridas na alma, mais difíceis de sarar do que as feridas no corpo. Mas a Bíblia tem o tratamento para elas.

5.1. É PRECISO RECONHECER OS PROBLEMAS NO RELACIONAMENTO

Não adianta guardá-los. A Bíblia diz: "Não se ponha o sol sobre a vossa ira..."(Ef 4.26).

5.2. SE OFENDERMOS, PRECISAMOS PEDIR PERDÃO.

É difícil, mas é indispensável para sarar as feridas interiores. O pai precisa pedir perdão ao filho quando errar e o filho pedir perdão ao pai, quando o ofender. É o caminho para a vitória.

5.3. QUANDO SOMOS OFENDIDOS: PRECISAMOS PERDOAR.

É mais difícil, ainda, mas é o único caminho para ficar livre dos aguilhões do ressentimento, da mágoa, do rancor.

Quem não perdoa paga um alto preço. A TENSÃO EMOCIONAL age como um inimigo da saúde, provocando, dentre outras coisas: úlceras do estômago e intestinos; pressão alta; colite; problemas no coração; distúrbios mentais; doenças renais; dores de cabeça; diabetes; artrite e outras muitas. É preciso perdoar os familiares (e até os inimigos). Mt 5.44. Não convém dar lugar à "raiz de amargura" (Hb 12.15).

5.4. RESULTADOS DO PERDÃO

1) As feridas são saradas. O perdão é um bálsamo, um refrigério para a alma; dá alívio e paz ao coração.

2) O perdão verdadeiro libera o ofendido da mágoa. O ofensor fica com Deus (perdão não é absolvição).

3) O perdão verdadeiro dá saúde à mente e ao corpo;

4) Deus é glorificado e o inimigo derrotado.

6. Jesus e Sua família

Se quisermos ser bons discípulos de Jesus, temos que trazer tudo o que nos envolve para o plano familiar. Nem mesmo Jesus nasceu sem genealogia. Deus não mandou Seu Filho vir a Terra sem um plano familiar.

Jesus não poderia aparecer do nada, porque não existe Profeta sem identidade. Para Ele ser quem foi, todo mundo tinha que saber de quem Ele era filho na Terra, quem era Sua família. Jesus tinha a Sua identificação, a Sua identidade, o Seu endereço.

Por um tempo, só os Seus discípulos conheceram a Sua identidade messiânica, mas todos os outros sabiam quem Ele era socialmente. A genealogia identificava Sua família: era filho do carpinteiro, irmão de fulano, beltrano, sicrano‘ (Mt 13:55).

O capítulo 2 de Mateus diz que os magos encontraram o menino Jesus com Maria em Sua casa, ou seja, na casa de Seu pai José (Mt 2:11). Até completar 12 anos, quando atingiu a independência religiosa, Jesus estava aos cuidados de José (Lc 2:42). Nosso Messias tinha casa, não era alguém que vivia por aí

Os patriarcas, os profetas e suas respectivas famílias " Abraão e Sara foram antes estruturados como família para que nascesse uma nação poderosa e Deus ainda disse que todas as famílias da Terra que estivessem neles seriam abençoadas (Gn 12:3).

Josué só permitiu que o povo entrasse na terra depois que eles decidissem deixar os amorreus, ou seja, a feitiçaria e a idolatria, e resolvessem a quem iriam servir, e enfatizou: "eu e minha casa serviremos ao Senhor. (Js 24:15). Josué entrou na terra com a sua família.

Sabemos a origem da família de nosso Senhor e sabemos também que Ele veio a Terra, morreu por nós e ressuscitou para que hoje tivéssemos vida e carregássemos a arca de Deus em nossa família. Jesus é a Arca viva dentro de nós e do nosso lar.

A estrutura espiritual é ensinada por Jesus em Mt 7. 24-27: edificar a casa na Rocha. A Rocha é Cristo e os fundamentos dessa edificação são ouvir e praticar a Palavra de Deus (v. 24), ou seja, obedecer a Cristo. Jesus chama de prudente quem assim procede.

Mesmo sendo a mais importante instituição social estabelecida por Deus, a cada dia, a família enfrenta violentos ataques. Esses ataques são inevitáveis e não dependem da vontade da família ou de seus membros. As chuvas, ventos e inundações virão para todas as famílias, atingirão a todos. A diferença é como cada família reage a esses eventos e o quanto sua estrutura pode suportar a mais abundante chuva, o mais forte vento e a mais pesada inundação.

As chuvas atingem o teto e a aparência exterior da construção. Representam, entre outras coisas, as aflições temporais, pequenas inseguranças do casal, discussões eventuais, insatisfações cotidianas, aborrecimentos familiares, desobediência dos filhos, doenças comuns, falhas de comunicação, interferências indesejáveis de terceiros.

Os ventos atingem as paredes e estruturas superiores da casa. Representam problemas tais como infertilidade em casais que desejam filhos, problemas sexuais definitivos ou persistentes, desemprego recorrente do provedor do lar, grandes perdas econômicas, perda de um membro da família, diferenças de valores morais fundamentais, doenças terminais ou incapacitantes, agressões físicas, objetivos de vida divergentes, e outros eventos que abalam significativamente e persistentemente os membros da família.

Os rios e enchentes atingem os alicerces da casa. Isso Significa a ausência de fé, o distanciamento de Deus, a valorização excessiva da aparência, do dinheiro e da capacidade pessoal, a prioridade para as ambições pessoais em detrimento da vontade de Deus e dos interesses dos outros familiares. Os rios e enchentes são sempre acompanhados de chuvas e ventos.

Esses ataques atingem indistintamente todas as famílias e criam dificuldades para que a família cumpra as suas funções. Não existe família perfeita, em que tudo sempre está bem. Mesmo as famílias dos heróis da Bíblia eram imperfeitas, pois eram formadas por pessoas imperfeitas. Da mesma forma, as famílias dos cristãos, sejam ministros ou leigos, passam por dificuldades.

Para ter e manter a resistência diante dessas dificuldades, não devemos cometer o erro de tentar construir um lar com nossas próprias forças. Precisamos da graça e misericórdia de Deus para construir uma família saudável de acordo com o projeto que Deus estabelece: a obediência à sua Palavra.

O sucesso e a felicidade da família, portanto, está em ter a Palavra de Deus como fundamento e orientação para suas funções. A casa bem sucedida é aquela edificada no Senhor (Sl. 127. 1).

Reconhecer a soberania de Deus em nossas vidas e em nossas famílias é a chave para a solução dos problemas advindos das tempestades da vida (1 Pe 5. 6, 7).

A família será mais saudável e cumprirá melhor suas funções se seus membros estiverem na presença do Senhor fazendo sua vontade; a Igreja, formada por essas famílias, será mais saudável;

a sociedade, por sua vez, será beneficiada, porque os cristãos cumprirão seu papel de sal da terra e luz do mundo e estarão mais bem preparados para receber as pessoas e as famílias que se entregam a Cristo e, também, desejam edificar sua casa na Rocha.

Que a Paz do Senhor e as Suas bênçãos sejam derramadas sobre todas as nossas famílias!

Extraído com algumas adequações de: http://www.webservos.com.br/gospel/estudos/estudos_show.asp?id=8727


O QUE DIZ A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DO NOSSO PAÍS



Constituição Federal – A Família

CAPÍTULO VII
DA FAMÍLIA, DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE DO JOVEM E DO IDOSO
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
§ 1º - O casamento é civil e gratuita a celebração.
§ 2º - O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei.
§ 3º - Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.
§ 4º - Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes.
§ 5º - Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher.
§ 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio. (Alterado pela EMENDA 66, DE 2010)
§ 7º - Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas.
§ 8º - O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações.
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. (Emenda 65, de 2010).
§ 1º O Estado promoverá programas de assistência integral à saúde da criança, do adolescente e do jovem, admitida a participação de entidades não governamentais, mediante políticas específicas e obedecendo aos seguintes preceitos: ( Emenda 65, de 2010).
I - aplicação de percentual dos recursos públicos destinados à saúde na assistência materno-infantil;
II - criação de programas de prevenção e atendimento especializado para as pessoas portadoras de deficiência física, sensorial ou mental, bem como de integração social do adolescente e do jovem portador de deficiência, mediante o treinamento para o trabalho e a convivência, e a facilitação do acesso aos bens e serviços coletivos, com a eliminação de obstáculos arquitetônicos e de todas as formas de discriminação. ( Emenda 65, de 2010).
§ 2º - A lei disporá sobre normas de construção dos logradouros e dos edifícios de uso público e de fabricação de veículos de transporte coletivo, a fim de garantir acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência.
§ 3º - O direito a proteção especial abrangerá os seguintes aspectos:
I - idade mínima de quatorze anos para admissão ao trabalho, observado o disposto no art. 7º, XXXIII;
II - garantia de direitos previdenciários e trabalhistas;
III - garantia de acesso do trabalhador adolescente e jovem à escola; (Emenda 65, de 2010).
IV - garantia de pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracional, igualdade na relação processual e defesa técnica por profissional habilitado, segundo dispuser a legislação tutelar específica;
V - obediência aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento, quando da aplicação de qualquer medida privativa da liberdade;
VI - estímulo do Poder Público, através de assistência jurídica, incentivos fiscais e subsídios, nos termos da lei, ao acolhimento, sob a forma de guarda, de criança ou adolescente órfão ou abandonado;
VII - programas de prevenção e atendimento especializado à criança, ao adolescente e ao jovem dependente de entorpecentes e drogas afins. (Emenda 65, de 2010).
§ 4º - A lei punirá severamente o abuso, a violência e a exploração sexual da criança e do adolescente.
§ 5º - A adoção será assistida pelo Poder Público, na forma da lei, que estabelecerá casos e condições de sua efetivação por parte de estrangeiros.
§ 6º - Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação.
§ 7º - No atendimento dos direitos da criança e do adolescente levar-se- á em consideração o disposto no art. 204.
§ 8º A lei estabelecerá: (Incluído pela Emenda 65, de 2010).
I - o estatuto da juventude, destinado a regular os direitos dos jovens;
II - o plano nacional de juventude, de duração decenal, visando à articulação das várias esferas do poder público para a execução de políticas públicas.
Art. 228. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial.
Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.
Art. 230. A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida.
§ 1º - Os programas de amparo aos idosos serão executados preferencialmente em seus lares.
§ 2º - Aos maiores de sessenta e cinco anos é garantida a gratuidade dos transportes coletivos urbanos.





















CONCLUSÃO

         Este trabalho pode ser melhorado através de críticas construtivas e sugestões. É assim que tenho feito com todas as postagens publicadas em meu blog.

        Portanto, se você tiver qualquer contribuição a fazer, poderá entrar em contato comigo através do e-mail indicado no final desta publicação, ou por mensagem no Facebook.


SOBRE O AUTOR DA POSTAGEM

Wilson do Carmo Ribeiro é industriário aposentado, pedagogo e historiador diletante. 
É presbítero em exercício da Igreja Presbiteriana do Brasil, servindo atualmente na Igreja Presbiteriana Rocha Eterna de Sorocaba.
E-mail: prebwilson@hotmail.com

QUINTO ENCONTRO DE CONJUNTOS E QUARTETOS MASCULINOS NA IGREJA PRESBITERIANA DE CAMPO LARGO EM SALTO DE PIRAPORA

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