INTRODUÇÃO
Dando
continuidade à série de publicações sobre a vida e obra de nossos pastores,
estaremos abordando a figura sóbria e respeitável do Reverendo Leocádio
Carpiné, homem chamado por Deus para levar as Boas Novas do Evangelho ao povo,
tanto dos sertões como das cidades.
Hoje,
aos 73 anos de idade e jubilado o Reverendo Leocádio continua firme na pregação
da Palavra, ora numa igreja ora em outra, sempre acompanhado de dona Damaris
Faria Carpiné, esposa dedicada e companheira de todos os momentos.
Temos
tido o privilégio da convivência com o casal visto morarmos na mesma cidade
(Sorocaba) e ele estar sempre pregando em nossa igreja, a Presbiteriana Rocha
Eterna, da qual é pastor eleito o Reverendo Dilermando Félix Pereira.
Leocádio
Carpiné é filho de Eugênio Carpiné e dona Felicia Carvalho e nasceu aos
09-12-1938 em Embaúba, pequena cidade na região de São José do Rio Preto, interior
do Esta\do de São, onde ajudou a família nos trabalhos da lavoura e fez seus
estudos primários.
Convertido,
o jovem Leocádio fez sua profissão de fé e foi batizado no dia 23-04-1967 pelo
Reverendo Oscar Chaves na Igreja Presbiteriana de Santo André. Tornou-se
aspirante ao Ministério na Igreja Presbiteriana de Fátima do Sul (MTS) em
janeiro de 1983 e candidato ao Sagrado Ministério no mesmo ano pelo Presbitério
de Dourados. Fez seus estudos teológicos (veremos maiores detalhes
posteriormente) e foi licenciado e ordenado pelo mesmo concílio em 27-01-1985.
DONA
DAMARIS NARRA A TRAJETÓRIA MISSIONÁRIA E MINISTERIAL DO ESPOSO
Quando
pastoreava a Igreja Presbiteriana de Alumínio (Presbitério Leste Sorocabano)
aquela comunidade editou um Boletim Especial, no qual a irmã Damaris Faria
Carpiné faz uma bela e completa narrativa da trajetória de vida e de trabalho
do marido. Vamos utilizar esse material
na sua íntegra para falar das lutas, das vitórias e das bênçãos decorrentes do
árduo trabalho desempenhado pela família Carpiné nas cidades e nos sertões por
onde Deus os conduziu.
“No
ano de 1965 chegou na Igreja Presbiteriana de Santo André um moço alto, olhos
verdes, terno azul, muito elegante! Tinha 25 anos.
Passados
alguns domingos ele começou a tocar clarineta com os músicos da igreja. O
Reverendo Oscar Chaves não perdeu a oportunidade de entrosá-lo na igreja,
convidando-o a fazer aquilo que ele mais gostava: tocar. Até aquele momento ele
animava bailes de carnaval. Ao começar a tocar hinos na igreja, Deus começou a
trabalhar em sua vida e, em seguida, ele começou a cantar no coral.
No
dia 23 de abril de 1967 ele professou sua fé em Jesus Cristo, e no mesmo ano
foi eleito Presbítero. Em 1970, casou-se comigo, que conto esta história.
Ele
era diretor do coral, e eu, secretária. Também fazíamos parte da equipe Nova
Vida, que durante oito anos fez um trabalho de evangelização, cantando e
pregando em várias igrejas e cidades do estado de São Paulo.
Um
dia recebemos a visita do presidente da Junta de Missões Nacionais, o
Presbítero Abilio Coelho, que nos convidou para trabalharmos junto a eles no
campo de Sinop em Mato Grosso. Ficamos contentes com esse convite, mas, ao
mesmo tempo, muito temerosos, pois tínhamos três filhas pequenas, Andréia,
Ariadne e Sheila e essa cidade nem constava no mapa. Ao avaliar os fatos, não
aceitamos, pois achamos que ainda não era hora.
A igreja de Santo André era muito grande, tinha muita gente capacitada para
fazer o trabalho, era uma igreja muito abençoada.
Naquela
época resolvemos nos mudar para Tatuí, pois lá havia igrejas carentes de ajuda.
Num belo domingo, estávamos na Escola Dominical, na congregação do Boqueirão quando
vimos o Presbítero Abilio Coelho chegando. Desta vez nos convidou para o campo
de Humaitá, no Amazonas, muito mais longe do que Sinop, e nós aceitamos, pois,
creio eu, tinha chegado a hora de Deus, apesar das crianças ainda serem
pequenas: sete, quatro e dois anos.
Em
março de 1978 chegamos a Humaitá, e, por três anos abençoados trabalhamos com
aqueles irmãos, atravessando o Rio Madeira quase todo o sábado para fazermos
trabalhos na Transamazônica. Para as meninas, tudo era festa apesar de terem
ficado com o corpo coberto de feridinhas por uns dois meses, devido aos
mosquitos e “carapanãs”, pernilongos bem maiores que os nossos e que vivem nas
florestas. Mas depois desse período elas criaram imunidade contra esses
insetos.
Em
1980 nasceu nosso filho Denoel. Ele tinha apenas um mês quando fiquei sozinha
dirigindo os trabalhos da igreja, inclusive o culto de Natal, pois meu marido
viajou para Manicoré, descendo o Rio Madeira, dois dias de viagem de barco,
para inaugurar o trabalho Presbiteriano na cidade. Com a ajuda de um irmão que
era fazendeiro ali, eles construíram um templo e hoje há uma igreja muito forte
e abençoada ali, como soubemos pelo jornal Brasil Presbiteriano.
Nesse
mesmo ano, fomos transferidos para Senador Guiomar, no Acre, onde ficamos por
apenas nove meses. Tivemos um trabalho abençoado, principalmente com jovens e
crianças e, ao nos despedirmos ao fim do culto de fim de ano, tivemos uma
experiência única: todos os irmãos começaram a chorar copiosamente, até as
crianças soluçavam e nós não sabíamos o que fazer para confortá-los! Nenhum de
nós queria ir embora. Esse momento ficou gravado para sempre em nossas mentes!
Em
1981 chegamos a Rio Brilhante em Mato Grosso do Sul, e em 1982 nasceu nossa
filha Helen. Nesse ano, ele começou a fazer no Seminário de Campinas, um curso
intensivo para missionários e pessoas com mais de 35 anos. Ele passava o mês de
janeiro estudando no seminário e eu ficava no campo cuidando da igreja.
Esse
curso foi uma bênção, pois dali saíram muitos servos de Deus comprometidos com
a obra e, principalmente, com missões. Em 1983 chegamos em Glória de Dourados,
onde, no dia 27 de janeiro, ele foi ordenado pastor e passou a fazer parte do
Presbitério de Dourados.
Em
1986 trabalhamos na igreja de Amambaí. Em 1988 fomos para Ponta Porã, onde
pudemos também ter um ponto de pregação em Pedro Juan Caballero, no Paraguai. Ficamos seis anos abençoados nessa cidade.
Em
1995 tomamos a decisão de vir para São Paulo, pois precisávamos pensar um pouco
mais em nossos filhos, principalmente nos estudos e nos instalamos então em
Tietê.
Em
1998 fomos para São Francisco do Sul, em Santa Catarina, onde tivemos
experiências marcantes! Um fato interessante sobre essa igreja é que a água do
mar bate intensamente nas paredes do templo!
Em
janeiro de 2000 chegamos a Alumínio. Cinco anos abençoados por Deus como em
todos os lugares que passamos, irmãos queridos que guardamos em nossos
corações.
Em
2005, mais um desafio, mais uma etapa. Até quando? Deus o sabe. Só queremos
estar no centro de Sua vontade!
Ah
sim, quem é esse missionário pastor ou pastor missionário? Alto, olhos verdes,
elegante de 66 anos? Reverendo Leocádio Carpiné, meu marido!” - Damaris Faria Carpiné.
MAIS
UMA IGREJA E A JUBILAÇÃO
A última igreja a ser
pastoreada pelo Reverendo Leocádio Carpiné foi a Presbiteriana Rocha Eterna de
Sorocaba que tinha o nome de IP Barcelona por estar localizada no bairro que
tem esse nome. Tendo completado 70 anos em 09-12-2008, veio a jubilação em culto nessa igreja no dia 26-03-2009, mas o veterano obreiro, atendendo pedido de seu presbitério, pastoreou a Igreja Presbiteriana de Vargem Grande Paulista de junho a dezembro de 2009. (Mais detalhes no vídeo no final desta postagem). Mas, como dissemos no
início, tanto o pastor Carpiné como sua esposa continuam fortes e firmes nos
trabalhos do Mestre.
Queridos em todos os lugares
por onde passou, o casal está
sempre viajando para atender os convites que vem das
igrejas onde atuaram.
sempre viajando para atender os convites que vem das
igrejas onde atuaram.
ACERVO FOTOGRÁFICO
.Escola Dominical em Humaitá (Amazonas)
Ponto de Pregação na Tranzamasônica
Culto ao Ar Livre no Acre (Quinam)
Escola Bíblica de Férias em Rio Brilhante (MS)
Culto em Amambaí (MS)
Ordenação em Glória de Dourados (MS)
Igreja Presbiteriana de Ponta Porã (MS)
Encerramento da Escola Dominical - Ponta Porã (MS)
Templo da Igreja Presbiteriana de Tietê (SP)
Coral da Igreja Presbitreriana de Tietê (SP)
Cobgregação de Cruz das Almas -Tietê (SP)
Igreja Presxbiteriana de São Francisco do Sul (SC)
IIgreja Presbiteriana de Alumínio (SP)
Igreja Presbiteriana de Alumínio
Igreja Presbiteriana Rocha Eterna de Sorocaba (SP)
CULTO DE JUBILAÇÃO NA IGR4EJA PRESBITERIANA
ROCHA ETERNA DE SOROCABA
A EXPRESSÃO DE UMA OVELHA
O que
transcrevemos a seguir foi escrito pelo diácono José Carlos de Almeida
Rodrigues, à época ovelha do rebanho do Rev. Leocádio Carpiné na Igreja
Presbiteriana de Alumínio, que demonstra o carinho e a consideração do membro
pelo seu pastor. Aliás, achamos tão sugestivo o título usado pelo irmão José
Carlos que utilizamos o mesmo em nossa postagem sobre o trabalho do Rev.
Leocádio. O escrito do irmão fez parte do Boletim Especial nº 103, Ano II, de
04-12-2004:
"À
vinte e sete anos o Rev. Leocádio e sua esposa escutaram a voz do Senhor
dizendo a eles para saírem a pregar o evangelho a toda a criatura.
Com
a graça e a proteção de Deus, levaram o evangelho a Humaitá no Amazonas, na Transamazônica,
em Manicoré, no Acre em Senador Guiomar, no Mato Grosso do Sul em Rio Brilhante
e em Pedro Juan Caballero no Paraguai.
Muitas
foram as dificuldades, porém o Senhor Deus supriu todas as suas necessidades,
e' o abençoou com uma esposa que, com a mesma vocação, foi e tem sido uma
auxiliadora nos trabalhos do Senhor.
Ao
fazer um curso especial para missionários se formou Pastor, ,confirmando sua
vocação. A partir dai, pelas igrejas que passou, procurou iniciar pontos de
pregação, continuando dessa forma a semear o evangelho.
Pastor,
por formação, missionário por vocação! Nem todos os missionários são pastores,
porém todos os pastores deveriam ser missionários.
Agradecemos
a Deus pelo privilégio de tê-Io tido como pastor, lamentamos sua partida, mas,
ao mesmo tempo nos alegramos no Senhor, pois aceitamos a soberana vontade de
nosso Deus, sabendo que o irmão Leocádio possui ouvidos atentos às Suas ordens.
Que
Deus continue abençoando o pastor Leocádio sua esposa e sua família, e possamos
continuar ouvindo por muitos anos o que Deus fará através de suas vidas".
José
Carlos de A. Rodrigues
A FAMÍLIA
O casal tem quatro filhas e um filho: Andréa, Ariadne, Sheila, Denoel e Helem. Dois genros (Marcos e Ricardo); uma nora - Priscila. Netos são quatro: Yohan, Isabela, Enzo e Bernardo.
Como irmãos na fé e amigos do casal Carpiné rendemos nossas homenagens, fazendo esta postagem que, esperamos, sirva de inspiração para aqueles que vierem a visualizá-la
Como irmãos na fé e amigos do casal Carpiné rendemos nossas homenagens, fazendo esta postagem que, esperamos, sirva de inspiração para aqueles que vierem a visualizá-la
Encerramos com o versículo que o Rev. Leocádio nos entregou com o material que possibilitou esta postagem: "Porque sei em quem tenho crido e estou bem certo que é poderoso para guardar o meu depósito até aquele dia" (2ª Timóteo 1.12)
VÍDEO VIDA
AS CIDADES ONDE O CASAL CARPINÉ SERVIU A DEUS
Embaúba, SP terra natal do Rev. Leocádio Carpiné
Santo André, SP - Cidade natal de d. Damares
e onde o casal se conheceu
Tatuí, SP - 1ª Igreja a ser pastoreada
Humaitá, AM - 1º local como missionário
Manicoré, AM - trabalhando silmutâneo com Humaitá
Senador Guiomard - Acre
Rio Brilhante, MS
Amambaí, MS
Ponta Porã, MS
Pedro Juan Caballero - Paraguai
Tietê, SP
São Francisco do Sul, SC
Alumínio, SP
Sorocaba, SP
NOTA SOBRE O AUTOR DA POSTAGEM
Wilson do Carmo Ribeiro é industriário aposentado e pedagogo. É presbítero desde 1976 e atualmente exerce o ofício na Igreja Presbiteriana Rocha Eterna de Sorocaba onde é membro juntamente com a esposa, professora Claudineide Marra Ribeiro.
E-mail: prebwilson@hotmail.com