quinta-feira, 29 de junho de 2017

ENDOMETRIOSE, DOENÇA QUE ATINGE TANTAS MULHERES

APRESENTAÇÃO

Tenho feito algumas postagens abordando as questões relativas às doenças que atingem os homens e a dificuldade que eles tem em admitir que estejam doentes e a necessidade de consultar um médico.
Desta feita achei por bem transcrever um trabalho muito interessante e que diz respeito a um problema que atingem muitas mulheres e que precisam ser detectados e tratados de forma conveniente.

Estou falando da Endometriose. Mas o que é isso? Quais as suas manifestações e prejuízos no organismo da mulher?
Leia o artigo sucinto que selecionei na internet, com exposição pelo conhecido médico Dr. Dráuzio Varella. Vamos a ele:
O endométrio é uma mucosa que reveste a parede interna do útero, sensível às alterações do ciclo menstrual, e onde o óvulo depois de fertilizado se implanta. Se não houve fecundação, boa parte do endométrio é eliminada durante a menstruação. O que sobra volta a crescer e o processo todo se repete a cada ciclo.
Endometriose é uma afecção inflamatória provocada por células do endométrio que, em vez de serem expelidas, migram no sentido oposto e caem nos ovários ou na cavidade abdominal, onde voltam a multiplicar-se e a sangrar.
Endometriose profunda é a forma mais grave da doença. As causas ainda não estão bem estabelecidas. Uma das hipóteses é que parte do sangue reflua através das trompas durante a menstruação e se deposite em outros órgãos. Outra hipótese é que a causa seja genética e esteja relacionada com possíveis deficiências do sistema imunológico.
Sintomas
A endometriose pode ser assintomática. Quando os sintomas aparecem, merecem destaque:
* Dismenorreia – cólica menstrual que, com a evolução da doença, aumenta de intensidade e pode incapacitar as mulheres de exercerem suas atividades habituais;
* Dispareunia – dor durante as relações sexuais;
* Dor e sangramento intestinais e urinários durante a menstruação;
* Infertilidade.
Diagnóstico
Diante da suspeita de endometriose, o exame ginecológico clínico é o primeiro passo para o diagnóstico, que pode ser confirmado pelos seguintes exames laboratoriais e de imagem: visualização das lesões por laparoscopia, ultra-som endovaginal, ressonância magnética e um exame de sangue chamado marcador tumoral CA-125, que se altera nos casos mais avançados da doença. O diagnóstico de certeza, porém, depende da realização da biópsia.
Tratamento
A endometriose é uma doença crônica que regride espontaneamente com a menopausa, em razão da queda na produção dos hormônios femininos.
Mulheres mais jovens podem valer-se de medicamentos que suspendem a menstruação: a pílula anticoncepcional tomada sem intervalos e os análogos do GnRH. O inconveniente é que estes últimos podem provocar efeitos colaterais adversos.
Lesões maiores de endometriose, em geral, devem ser retiradas cirurgicamente. Quando a mulher já teve os filhos que desejava, a remoção dos ovários e do útero pode ser uma alternativa de tratamento.
Recomendações
* Não imagine que a cólica menstrual é um sintoma natural na vida da mulher. Procure o ginecologista e descreva o que sente para ele orientar o tratamento;
* Faça os exames necessários para o diagnóstico da endometriose, uma doença crônica que acomete mulheres na fase reprodutiva e interfere na qualidade de vida;
* Inicie o tratamento adequado ao seu caso tão logo tenha sido feito o diagnóstico da doença;
* Saiba que a endometriose está entre as causas possíveis da dificuldade para engravidar, mas a fertilidade pode ser restabelecida com tratamento adequado.


SOBRE O AUTOR DO ARTIGO

Dr. Drauzio Varella

O Dr. Antônio Drauzio Varella, é um médico oncologista, cientista e escritor brasileiro, formado pela Universidade de São Paulo, na qual foi aprovado em 2° lugar, é conhecido por popularizar a medicina em seu país, através de programas de rádio e TV Vikipédia.

CONCLUSÃO

         Este trabalho pode ser melhorado através de críticas construtivas e sugestões. É assim que tenho feito com todas as postagens publicadas em meu blog.

        Portanto, se você tiver qualquer contribuição a fazer, poderá entrar em contato comigo através do e-mail indicado no final desta publicação.


SOBRE O EDITOR


Wilson do Carmo Ribeiro é industriário aposentado, professor e historiador diletante. 
É presbítero emérito da Igreja Presbiteriana do Brasil.
E-mail: prebwilson@hotmail.com

sexta-feira, 16 de junho de 2017

MAIRINQUE E O HORTO FLORESTAL - BREVE HISTÓRICO

APRESENTAÇÃO


        Aprazível local para passeios, recepções, festas de aniversários e de casamentos, o Horto Florestal de Mairinque é um grande bosque com vegetação natural e eucaliptos. Apesar de abrigar a instalação de uma indústria em uma de suas extremidades e de ter duas rodovias a cortá-lo, o local é ainda um pulmão verde muito visitado na cidade. A seguir transcrevemos a História do Horto Florestal de Mairinque, mais uma vez utilizando-nos da publicação da Revista Comemorativa Mairinque 94 Anos:

O HORTO FLORESTAL – PARQUE ANTONIO ANSELMO


“O Horto Florestal era toda a área pertencente à Estrada de Ferro Sorocabana onde se cultivava eucaliptos, circundando a antiga Vila Mayrink e o "Arraial do Sapo", atual Vila Sorocabana. O Horto Florestal fazia parte de toda a gleba remanescente dos 256 alqueires, adquirida no fim do século passado pelo Estado, dos proprietários locais, área que compreendeu parte das chamadas "terras do Manduzinho". A aquisição se deu em vista do plano da Sorocabana de construir, perto da estação, o pátio ferroviário, oficinas, depósito e outros setores da ferrovia, residências para seus funcionários, e também manter reserva da mata que forneceria a lenha para combustível das locomotivas. Inicialmente a Sorocabana explorava a mata pelo simples sistema de corte, o qual era feito pelo processo de empreitada, por volta de 1934, onde era empreiteiro do corte de lenha, Abdala Naufal, que tinha como sub-empreiteiros: Jose Garcia e Paulo Basile. Em conseqüência da devastação da mata natural, viu-se a ferrovia obrigada a fazer replantio de áreas, de modo a garantir o abastecimento do combustível necessário. Isso aconteceu também em outros pontos da linha, como em Jupira, Andrade e Silva, Itatinga, Bela Vista, Salto Grande, e outros locais em 1955. Para a manutenção do Horto Florestal, utilizava-se de mudas de eucalipto e cedrinho, as quais eram semeadas em um viveiro, num galpão que ficava próximo ao casarão. Plantavam-se também feijão e milho. O milho era utilizado para alimentação dos animais utilizados no transporte da lenha, em carroças. Mais tarde, esse viveiro foi transferido para a parte de baixo, o Iº Horto, como era chamado. As mudas eram também cedidas aos "outros" hortos que estavam se formando e aos fazendeiros da região. Havia um paiol onde o milho era guardado e debulhado com máquina manual. As casas que ali existiam, eram de pau-a-pique e madeira, não contavam com luz elétrica e água encanada. Na área compreendida como viveiro havia um tanque, cuja água era usada para regar as mudinhas. Ali foi cavado um poço, o qual deu água potável, muito apreciada e procurada pelas famílias da Vila.
O Horto era muito bem conservado, limpo e respeitado pelos que ali trabalhavam e pelos visitantes. Na época, os gêneros de eucaliptos cultivados eram: Saligna, Citrioclora, Tereticornis, Rostrata e Glóbulus. Até 1940 usava-se como transporte: carroça e charrete. Depois veio um caminhão Dodge 27. O "chaufer" era o Sr. Christino Garcia. Esse veículo transportava terra, mudas de eucaliptos e funcionários de administração. Era mecânico, o Sr. Nelson Carvalho Martins. Foi construída uma garagem grande ao lado do paiol e um lugar para a charrete, e atrás ficava a cocheira dos animais. Em 1973, a Prefeitura Municipal adquiriu a gleba de 200,68 alqueires, mediante a Lei 541/73 e o Decreto 842/73, do Governo do Estado, Que possibilitou a execução da Lei Municipal 387/69.
Na ocasião em que a Prefeitura Municipal de Mairinque adquiriu da Fepasa a gleba entendida como Horto Florestal verificou-se que: as plantações existentes, com a idade media de 30 anos, com exceção feita aquelas próximas à sede, as demais, já no seu 3º e 4º corte, constituíam-se de  plantas já intensamente exploradas, com o ciclo econômico de produção prejudicado pela elevada percentagem de falhas.
Na sua totalidade, as plantações são do gênero "Eucalyptus”, somando aproximadamente, de acordo com o levantamento procedido em 1966, 541.330 pés de várias espécies, ou seja, Saligna, Tereticornis, Robusta, Rostrata e Glóbulus. Estimou-se, na data em que o Horto passou para municipalidade de Mairinque, dando-se um desconto de 20% para falhas, pés dominados, formigas cortadeiras, tocos que secam, etc. a existência de aproximadamente 4000 pés. Até 1973, não aconteceram outras melhorias e de 1973 a 1976 foram instaladas no Horto, oficinas mecânicas e o almoxarifado da Prefeitura, ocupando razoável espaço da vegetação que existia. Em 1980 foi fundado o Museu Conselheiro Francisco de Paula Mayrinque (o qual citaremos mais adiante), instalado no antigo casarão e conseguida a Locomotiva à vapor, exposta em frente ao pátio do almoxarifado.”

Fonte:  http://wilson-ribeiro.blogspot.com.br/2012/05/pequena-historia-do-municipio-de.html ((transcrito da na Revista Comemorativa 97 Anos)


FOTOS ILUSTRATIVAS
































UMA DOCE LEMBRANÇA

A gleba de terra onde foi implantado o Jardim Cruzeiro em Mairinque, inicialmente com denominações de Gleba A e Gleba B, também faziam parte do Horto Florestal.
Morando e trabalhando em Alumínio, à época um bairro de Mairinque, adquirimos um lote na Gleba A, na rua que inicialmente se chamou Rua Dez e posteriormente veio a se chamar Rua Dr. Jones Bill Munhoz, estimado médico mairinquense que faleceu em acidente em 1982.
Iniciamos a construção em 1978 e finalizamos a mesma em 1980 com financiamento pela sistema habitacional. Ali moramos durante 16 anos, inesquecíveis para a toda a família.
Na foto, da qual não sei identificar a origem, vê-se ao fundo a Gleba A do Jardim Cruzeiro nos seus primórdios. A casa, pintada em verde, que aparece próximo do final do cano da arma de brinquedo do menino é a nossa. A que está do outro lado é do Dr. James Beal Munhoz e mais abaixo, na outra rua aparece o depósito de´materiais de construções da Loja Dismar.

CONCLUSÃO

         Este trabalho pode ser melhorado através de críticas construtivas e sugestões. É assim que tenho feito com todas as postagens publicadas em meu blog.

        Portanto, se você tiver qualquer contribuição a fazer, poderá entrar em contato comigo através do e-mail indicado no final desta publicação.


SOBRE O AUTOR DA POSTAGEM


Wilson do Carmo Ribeiro é industriário aposentado, professor e historiador diletante. 
É presbítero emérito da Igreja Presbiteriana do Brasil.

E-mail: prebwilson@hotmail.com




segunda-feira, 15 de maio de 2017

MAIRINQUE E AS MANIFESTAÇÕES CULTURAIS

APRESENTAÇÃO

         Mairinque é uma localidade rica nas suas manifestações culturais e estas surgiram muito antes da emancipação política e mesmo de ter a urbe se tornado distrito.

A redação da Revista Comemorativa 94 Anos de Mairinque caprichou no texto relativo às manifestações culturais em Mairinque. Ele é rico em detalhes, de forma que vamos transcrevê-lo após fazermos algumas adequações.

            “As primeiras manifestações artísticas surgiram em 1918 com a  existência de dois grupos de teatro: "Cia Alfredo Ercolano Giusseppe Bertolini" e "Grupo de Jujuca Martins". Os dois grupos atuavam, e algumas vezes surgiam até certas rivalidades  artísticas entre eles. Após a desintegração dos mesmos foi fundado em 1930 o grupo "TALMA".
Por iniciativa do próprio Alfredo Bertolini, ator e diretor que na época trabalhou no teatro São Rafael em Sorocaba, ganhando título como melhor ator. Fizeram parte desse grupo: Terezinha Bertolini, Francisco Bertolini, Desa Lippi, Alfredo E. G. Bertolini, Arganauto Ortolani, Zilda Ciochetti, José Bertolini, Benedito Pereira da Silva, Alcebíades Chagas, Jacyra de Barros, Mercedes Mello. Benedito Pereira da Silva, Odete Shmidt.
 A iniciativa de se fazer teatro, surgiu da necessidade em aproveitar o tempo em alguma atividade na qual os jovens se sentissem úteis e gostassem de fazer, e paralelamente a vontade de levar à população um pouco mais de cultura. Sob a direção de Alfredo Ercolano Giusseppe Bertolini, grande incentivador de teatro, o grupo "TALMA" começou seus primeiros trabalhos e como primeira peça: "Tio Padre", comédia de autor estrangeiro, dividida em 3 atos. O grupo "TALMA" pertencia à "Sociedade Operaria Recreativa Milyrink", hoje SRM, e apesar do vínculo com o clube, o grupo era encarregado de executar todo o trabalho. Devido à falta de recursos, eles atuavam em todos os sentidos: ponto, contra-regra, montagem de cenário, os quais eram feitos com papel de sacos de cimento, abertos e posteriormente pintados.
 A renda dos espetáculos, eram  geralmente revertidas em beneficio das entidades encarregadas das festas de Mairinque e outras. Algumas vezes eram revertidas para os grupos de música de Mairinque. A maioria de suas peças exigiam  um vestuário requintado. Desta forma, alugavam o guarda-roupa de Companhias teatrais, como: "Casa Teatral e "Dulcina e Odilon", ambas de São Paulo. A reação do público sempre foi positiva, uma vez que as peças eram bem variadas. Nessa época, as apresentações eram na SRM, e como o clube não possuía cadeiras suficientes para todos, o próprio público as levava de suas casas, e depois marcavam seus lugares, utilizando xales, lençóis, fitas...
Peças realizadas
Antes, as apresentações não se resumiam apenas em uma peça. Geralmente a peça tinha curta duração, era realizada em apenas um ato, seguido dos chamados "ATOS VARIADOS" como: duplas caipiras - Rojão e Buscapé, Tarzinha e Tarzan, o samba bailado: P'ra Machucá o meu coração, danças: As Hawaianas, A dança do Chapelinho Vermelho, Dança Oriental, La Cucaracha, O Bailado Swing Gosto de Assobiar; o violinista Bertoeg Satans (dr. Eloi Santos, médico da antiga Sorocabana de Mairinque), números de declamação, o trio vocalista ' Os Trovadores Tropicais", etc. Foram muitas as peças realizadas: "Tio Padre", "O Marido da Deputada", "Moços e Velhos", "Gaiato de Lisboa " "Iº de Abril", "Cautela com as Mulheres", a revista musical "Nada como o meu Brasil", "Joaninha Buscapé", "Dar Corda para se Enforcar", "Casa de Doidos", "Que Trapalhada", "Erro Judiciário", "O Diabo atrás da Porta", "Cala a boca Etervina", "Os Dois Surdos", "Quincas Teixeira".
As apresentações não se limitavam só a Mairinque; os espetáculos eram levados em: Salto, Sorocaba, São Roque, Embu-Guassu etc. e todos com grande êxito. A direção geral dos espetáculos era encarregada por Alfredo Ercolano Bertolini, a cenografia por José Bertolini e Arganauto Ortolani. Vieram para cá também outras peças, interpretadas por grupos de fora, dramas e comédias, dentre elas: ' Malandrinha não precisa trabalhar", trazida pela Companhia Médice.
"TALMA", um grupo de amadores, que sempre levou o teatro a sério e com amor
Apesar das dificuldades, os integrantes dc "TALMA", sempre procuraram se empenhar, cuidadosos com o vestuário, esforçados nos ensaios, participando de festivais em escolas, vendendo ingressos pelas ruas e sempre procurando proporcionar o melhor em termos de arte para o publico. Atuaram durante 10 anos, desintegrando-se, deixando Mairinque num vazio artístico no que se refere à teatro. "... eu acho que teatro será sempre cultura, para os que assistem e para os que representam” (Desa Lippi) -   “se fosse mais jovem, lutaria com vocês" (Alcebíades Chagas) ". . . o teatro obriga as pessoas a se educarem, se instruírem. Mairinque merece" (Chiquinho Bertolini)
Após a atuação do grupo "TALMA"  Mairinque passou por um longo período, sem representação artística (teatro). Mas em 1960/70, nasce uma nova geração de atores vindos da Escola Altina Júlia de Oliveira, o grupo "DELTA I" - Divulgação Estudantil do Livre Teatro Amador do qual faziam parte: Pedro Fernando Paschoal, Enrico Ortolani, Miguel Peres, Marco Pereira Capitão, João Roberto Pinto Figueiredo, Evalda L. Zitto, Rosana Pereira, Júlio P. A. Neto, sob a direção de Joel Gomes. A primeira peça apresentada pelo DELTA I foi: "Os Deuses Riem" de A. J. Cronnin, depois "Toda Donzela tem um pai que é uma Fera" de Gil Vicente, e "A Morte do Imortal" de Lauro Cesar Muniz, todas apresentadas no Colégio Altina Júlia de Oliveira. Permaneceram em atividades durante um ano. 
Passados dez anos surgiu um novo grupo de teatro amador a fim de dar continuidade às atividades artísticas em Mairinque - o "GRUTA" - formado em junho de 1980. A iniciativa partiu de um grupo de jovens da cidade, realizando reuniões, e posteriormente fazendo os ensaios pela determinação de personagens. A primeira peça realizada foi "Eles Não Usam Black Tie" de Gianfrancesco Guarnieri, onde tomaram parte: Ana M. Baião, Eduardo José de Oliveira (Beléu), Ailton Pinheiro (lto), João Batista Chagas (João Bid), Mari Eliza Pinto (Lisa), Marco Pereira. Capitão (Marcoré), Nádia C. Barros, Osmir (Mirlão), Rogério Medeiros, Regiane A. Barros, sob a direção de Marco Aurélio Pereira Capitão. 
Apesar das dificuldades que todo grupo amor enfrenta - cenário, guarda roupa etc. o GRUTA continuou, e em julho de 1983, apresentou a comédia "Um Elefante no Caos" de Millôr Fernandes, desta vez com algumas alterações nos atores  devido à saída de uns e à entrada de outros, ficando assim distribuída: Marco Pereira  Capitão, José Antonio Capitão, Mari E. Pinto, Eduardo José de Oliveira, Regiane A. Barros, Nádia C. Barros, Arturo, Otávio e Sandra Picão. Hoje, apesar do número reduzido em sua equipe, o GRUTA continua ativado, e brevemente trará ao público de Mairinque a peça "Cala Boca já Morreu" de Alberto de Abreu.
O verdadeiro teatro não se comunica só com uma classe, nem com outra; o mesmo teatro se comunica com quase todas as classes.  Ele vai fundo numa área onde a vontade está sendo subjugada, onde tem luta de vontades, conflito de vontades oposições. Porque a arma do homem, desde Prometeu, é a vontade de Deus. Então, o teatro batalha para dar de novo ao homem essa vontade de ser Deus - é isso que está esmagado e é isso que tem que ser reativado.” Se isso for reativado, o mundo se levanta"   (José Celso Martinez Corrêa).

AS PRIMEIRAS MANIFESTAÇÕES MUSICAIS E OS GRUPOS HOJE

Onde  hoje está situado  o Armazém de Abastecimento havia um belo jardim com coreto. local em que uma excelente corporação musical da época executava programas de boas músicas, todos os domingos e feriados. Posteriormente surgiram duas bandas de grande importância no panorama cultural de Mairinque: A Corporação Musical União Mairinquense fundada em 14 de dezembro de 1940 tendo sua sede social  na Rua Santos Dumont e que depois se mudou para a Rua Júlio Prestes de Albuquerque em 1960.
O quadro social era composto da seguinte forma: Presidente: José Rodrigues da Paz Sobrinho; Vice-Presidente: Francisco Rodolfo Bertolini; 1º secretário: Ary Gomes de Oliveira; 2º secretário: João Roberto Pinto. Figueiredo; I º tesoureiro: Aristides Ferreira e Osmir da Costa Mendes como 2º tesoureiro; Iº diretor artístico: Hélio dos Santos; 2º diretor artístico: Emane Pedron; 1º Diretor Musical : Joaquim Lopes ; 2º Diretor Musical: José Vaz de Almeida; 3º Diretor Musical: Rosalino  Antônio Santos Netto; Conselho Fiscal: Victor Villioti, Arganauto Ortolani, Wilson de Moura; Conselho de Sindicância: Waldir Davanzo, Antônio Alves e Ernesto L. Ferro.
Os músicos que tiveram uma participação ativa na corporação musical e mais antigos: Hélio dos Santos, Pedro A. Ferreira, Joaquim L. Filho, Antônio Alves, Victor Villist, Ernesto L. Ferro, Walter Garcia, Adauto R. Sobrinho, Nelson Camargo, Joaquim L. Filho, Angelo Bruni, Paulo Assini. Seria muito gratificante para a população como para os próprios componentes da banda, que suas músicas fossem novamente levadas para as praças da cidade, e que fosse levado em consideração o  artigo 3º, registrado em ata: "A corporação tem por objetivo, elevar a cultura artística da população local, realizando retretas domingueiras de acordo com suas possibilidades, tomar parte em todas as manifestações de caráter apolítico".
A Banda "Padre Jose Yao": - Em 1963, com a iniciativa do Padre José Yao Hsi Tchang, junto com congregados da Paróquia de São José, nasce a idéia de agregar recursos para montar uma pequena banda de música. Para dirigir os trabalhos de aprendizado, aperfeiçoamento de músicos e regência, chamaram o jovem Antônio Alexandre Gemente, que na época, se destacava como músico clarinetista e já desenvolvia .um trabalho na formação de músicos. A luta foi árdua, poucos recursos financeiros e carência de elemento humano. Aos poucos, os integrantes da Banda foram se lapidando e em 22 de abril de 1965, defronte à Paróquia de São José de Mairinque, em meio a grande vibração, os mairinquenses ouviram os primeiros acordes dos vinte e um músicos da Corporação Musical São José de Mairinque.
Houve época em que se apresentavam sem uniformes, com instrumentos de má qualidade aperfeiçoados e montados em casa, os quais mal conseguiam produzir som, mas o êxito de suas apresentações contribuiu para que a Banda não ficasse somente com a execução de músicas fáceis e levaram-na a possuir um repertório dos mais variados, com músicas populares, marchas, dobrados e sinfonias de difícil execução, consagrando-se uma das melhores do Estado de São Paulo no gênero sinfônico. Executa atualmente, dentre outras do seu repertório, as músicas: "O Guarany" de Antonio Carlos Gomes, "Cavalaria Ligeira" de Franz Von Suppe, "Aida" de Verdi, "Sinfonia nº 40" de Mozart, "Festa in Campagne" do maestro Felippa, "Aleluia" de Hendel, etc. Procurou dentro do gênero artístico, sempre agradar o gosto popular pela música, transformando-se em Banda de musica, Banda Marcial e atualmente Sinfônica. 
Em 1978, em homenagem ao seu patrono e fundador, passou a se chamar Banda "Padre José Yao". Conta ainda em sua regência, com o maestro titular Antonio Alexandre Gemente e tem sessenta e oito músicos e uma escola de música, responsável pela formação de 100% dos músicos que a integram.”

OS GRUPOS MUSICAIS

 Grupo Catavento


Em 1944, nasce a orquestra "Cesar Ritmos", com Álvaro César (na época caixista), Pedro Natale, Oscar Conceição, Godoy sob a denominação de "Asas do Ritmo". Em 1957 toma parte da orquestra mais um integrante: Antônio Ferraz como baterista. Entre os anos 58/59, a equipe sentiu necessidade da entrada de um conjunto para a orquestra, onde Ferraz passou a liderar o grupo, com os músicos: Dito Toscano (acordeonista), Godoy (violonista), Duílio (contrabaixista) e Ferraz (bateria)., E paralelamente faziam  parte da orquestra: Helio dos Santos (1º sax), Angelo Bruno (2º tenor), José Benedito (3º alto), Rudnei Dagle (1º  trompete), José Marcolino (2º trompete), Dácio (trompete), Álvaro César (trombone de vara), Pedro Natale (bateria), Aroldo (2ª bateria), Ferraz (3ª bateria). 
Após algumas modificações na orquestra, inclusive no seu naipe de trompete, entrou para a equipe, Walter Lima fazendo. 1º trompete, e posteriormente com sua saída, substituído por Vitor Viliote, Tocavam muita MPB e todos os ritmos da época: calipso, rale-gale, tchá-tchá-tchá, rock, mam borock, rock-balada, rock-pauleira, mambo, boleromambo, fox, fox-trote, swuing; e dentro da linha popular faziam desde maxixe até o samba. Ainda em 1959, surgiu um músico de Alumínio, chamado José Rolim que tocava muito bem o cavaquinho, quase uma réplica de Waldir Azevedo em termos de instrumentação.
 Faziam bailes em Mairinque, São Roque, Sorocaba, animando também bailes de formatura, até que ocorreu a desintegração da orquestra. E em fins de 1959, nasce o grupo "Pensylvânia" liderada por Ferraz, onde estrearam em setembro no Baile da Primavera em Mairinque, fazendo grande sucesso, juntamente com outro conjunto, liderado por Valter Peri, de São Roque. Mairinque pela 1ª vez teve um baile animado por dois conjuntos. Trabalharam dois anos, e pararam. Depois de seis meses de parada musicalmente, Mairinque passa a ter na década de 60 um novo grupo: o "Ritmo Blue Boys", formado por: Ferraz (bateria), Antonio Gemente (sax-tenor), Pedro Carlos Pocciotti, Zezito (trompete), Walter Travassos, Bacaitavinha (contrabaixo), Ivone (piano); e como eram bem calcados no Ray Coniff, passaram a utilizar de um coral, com os seguintes vocais: Ivone Pompiani (crooner), Edson Bruni (2ª bateria), Chiquinho (bateria), Roberto Severino (ritmista), Benedito Lima (crooner), José Marcolino Oracy (trombone). Foram convidados por Antonio Rosa, o qual lançou os "Incríveis” a se apresentarem na TV, mas devido ao receio de alguns elementos do grupo, não aceitaram o convite.
 Apresentaram também em São João, sendo a primeira mini-orquestra a subir no palco da cidade. Simultaneamente atuava também no campo da música o conjunto "Serenata", diferente do "Ritmo Blue Boys", tocava músicas da saudade, e era formado por: Godoy (guitarra), Benedito Pereira (acordeon), Vitor Viliote (contrabaixo), Rudinei Zago (trompete) e Zezinho Padeiro (crooner). Nesse período (1960) houve uma parada do Ritmo Blue Boys, mas em 1961/62 um novo grupo liderado por Ferraz, surge: o "Som Fá 1000", formado por Ferraz (bateria), Américo (guitarra), Valdir Rolim (guitarra), Luiz Monfrinato (contrabaixo) e Roberto Monfrinato (sax tenor). Paralelamente nasce um grupo de garotos, vindo da Escola Villaça: "Os Astronautas", formado por Oswaldo (clarinete) Merinho (violão), Arnauri, Celso Arena (bateria), Gilmar Soliani e Luiz Cavagioni. E foram apresentados pela primeira vez em 1969, por Ferraz na Festa do Pêssego. 
O grupo dissolveu-se e até 1972, Mairinque ficou num vazio, sem conjuntos musicais. E foi aí que surgiu outra equipe basicamente fazendo Jazz: o "Ferraz Música e Som" com: Paulinho (guitarra), Paulão (contrabaixo), Ferraz (bateria), Oswaldo (sax-tenor), Eduardo Madureira (tubadora) e Waldir Camargo (trompete). Mais tarde foi incluído ao grupo, Jorge Luiz como trompetista, Wilson fazendo sax alto e Luizinho Lavandieri no contrabaixo, deixando o grupo completo, com alterações na equipe de cordas, até que em 1979 o nome do conjunto foi alterado pua "The Band Sound Ferraz". "... a música em família traz paz, harmonia, união..."

“... A esperança é a equilibrista, sabe que o show de um bom artista tem que continuar...”

Inicialmente, por volta de 73/74, um grupo de jovens, o "movimento Jovem de Mairinque” participava de encontros da igreja, senti necessidade de dar mais vida às missas, música, onde passaram a acompanhar as missas: Pedrinho, Willian (violão) e Kiko que o acompanhava. Com a saída de William permaneceu Kiko nos acompanhamentos, tocando violão. Independente dos eventos relacionados com a igreja pessoal reunia tocando MPB: Kiko, Kantor, Pedrinho Paschoal, e numa missa de Natal, no término, surgiu mais um integrante: Caloi. Após um maior entrosamento entre eles, passaram a fazer serenatas, sem compromisso sem se montar um conjunto. Mais tarde nasceu o "Só 4".
Faziam os ensaios no Conservatório Carlos Gomes desta vez com um compromisso musical e com mais elementos: Kantor, Samuca, Kiko, Cândida, Betinha, Mara, Rita, Sandra e Ludmar. Participaram de festivais, apresentando-se pel\a primeira vez, na inauguração da Lanchonete Zaparolli participando de todas as audições pro movidas pelo Conservatório Musical Carlos Gomes onde Júlio compunha as músicas do grupo juntamente com Kiko. Em 1980, apesar da saída de Samuca e Caloi, o grupo continuou com alguns elementos, de onde surgiu o "Catavento”.
Quando o grupo ainda levava o nome de “Só 4", estavam planejando um show para Mairinque, ocasião em que entrou para o grupo João Bid, encarregado de dirigir o show; A partir daí, surgiu a idéia de mudança do nome do grupo, e em algumas ocasiões passou a se denominar "Catavento". O primeiro show apresentado em 1981 traz texto de Júlio Pires, direção de João Bid e com uma equipe técnica, denominado "Meio Lá pro Sertão' com os elementos: Oswaldo (flauta); Ninho (bateria), Marcelo (acordeon) e os integrantes do "Catavento": Kiko, Kantor, Samuca e Caloi, apresentando esse show em várias cidades.
            Em 1982, com a idéia de se realizar um evento cultural - o ENARC -, o "Catavento" participou com o mesmo show onde foram convidados três músicos para acompanharem o grupo: Chicão, Rolha e Cadmo, dirigido também por João Bid com algumas alterações no texto, seguindo a disposição: Samuca, Kantor e Kiko (Catavento) e Rolha (contra-baixo), Chicão (violão e vocal), Cadmo (piano), Ninho (bateria).
Nessa época participaram de festivais, realizando vários shows em outras cidades, e sempre procurando aperfeiçoar o vocal, fazendo seus próprios arranjos, com a preocupação de evoluírem musicalmente. Ainda em 1982, o grupo montou o show "Esmeralda cumé que fica!", apresentando-se em vários lugares. A partir dai se dedicaram a apresentações, procurando aperfeiçoar o instrumental, o vocal e as composições num crescente amadurecimento, e participando em circuitos universitários, chegaram a mostrar o trabalho no MASP. Atualmente estão preparando um novo show intitulado "O Trem da Democracia", com roteiro baseado na ideologia política, fazendo um paralelo com o Trem e o sistema político vigente.

AS ESCOLAS DE MÚSICA 

O primeiro Conservatório musical de Mairinque surgiu em 1973, o "Conservatório Musical Carlos Gomes", sob a direção de Maria Cândida Bertolini, dedicando-se à música erudita. Maria começou a fazer cursos no CLAM - Centro de Livre Aprendizagem Musical em 1977, onde Trazia as técnicas que absorvia nesses cursos, para seus alunos aqui em Mairinque, a fim de que os mesmos se atualizassem. As primeiras apresentações dos alunos foram em dezembro de 1970 na SRM, (as quais passaram a se realizar sempre em julho e dezembro) dentre eles: Marquinhos Merguizo, Ângela Bonifácio, Heloísa Bonassi, Humberto Mola e Betinha. Atualmente o Conservatório Carlos Gomes continua com suas atividades, realizando programas de música, com a intenção de levar ao conhecimento do público, coisas novas, para que posteriormente formem suas opiniões próprias.

"...a música é fundamental na vida das pessoas" (M. Cândida)

Mairinque conta também com mais uma escola de música "Academia Musical Villa Lobos", montada em agosto de 1983, por iniciativa de Mariângela Natale (Mari) e Denise Muraro. Mari iniciou sua carreira musical com a professora Marly Toscarelli com 6 anos em 1965, continuando seus estudos com Maria Cândida durante 11 anos. Mais tarde passou a dar aulas no Conservatório Musical Carlos Gomes. Inicialmente o Conservatório Musical Villa Lobos, oferecia somente aulas de piano. Hoje abrange mais cursos e conta com os professores: Danilo Natale Simões de Almeida e Ivaney.

GILDA LIPPI FIGURA MARCANTE NAS ARTES DE MAIRINQUE

Importante passagem no campo das artes plásticas, foi a figura de Astrogilda Alvers Lippi, conhecida por todos como Gilda, nascida em Bauru.
Gilda, além da ocupação em trabalhos domésticos, também se dedicou à arte. Teve uma participação marcante, no salão de Artes de Mairinque, com pinturas e esculturas, e foi também uma das pioneiras da Obra Social Municipal. Faleceu em 20 de setembro de 1971, e hoje o :salão de artes de Mairinque leva seu nome: "Salão de Artes Astrogilda Alvers Lippi".


MAlRINQUE E SEUS MOVIMENTOS POLITICO-SÓCIO -CULTURAIS

Durante o período de 1978 a 1979, foi criada em Mairinque, o CEMEAS - Centro Mairinquense de Estudos e Ação Social. Faziam parte do grupo: Roberto Munhoz Calvente, José R. P. Figueiredo, Luiz, Célia, Oscar, Eduardo Mendes, Elaine Mendes, Eduardo Maldonado, Reinaldo Nunes, Ari Merguizo e outros. O grupo nasceu de uma reunião com os seguintes objetivos: - trabalhar pela segurança do Município; - Criação de um "plano diretor" para o município, ou seja, crescimento organizado da cidade. - Integração racial; - Levantamento de problemas relacionados à: Saúde, Educação, Cultura, etc.; - Evolução dos partidos políticos do Município; - Discussão sobre as atividades esportivas da cidade.
No Iº Encontro dessa entidade, tendo como tema: I Encontro Municipal pela Unidade Democrática, foram realizados debates com representantes da ARENA e do MDB, tendo na sua abertura a participação de Márcio Santile (MDB), e Cláudio Lembo (ARENA). Uma das suas realizações foi a primeira mini-olimpíada, onde participaram 150 atletas em 21 modalidades diferentes. Com a saída gradativa de seus integrantes, a entidade teve curta duração, desintegrando-se.
No ano de 1982, nasceu a idéia de um Encontro Artístico e Cultural, com a intenção de mostrar à comunidade apresentações com artistas locais, nas suas várias atividades, e na ausência de alguns, também recorrer à artistas de fora. A iniciativa partiu de Julio Pires e Reginaldo Bertolini (Kiko), então se formou uma Comissão, com apoio cultural do Clube Atlético Sorocabana de Mairinque.
Em 1983, aconteceu o 2º ENARC, desta vez organizado por Cláudio e Pelica com apoio cultural da SRM. Esse ano realizou-se o III ENARC, nascendo da reunião de um grupo de jovens de Mairinque na realização do evento, onde todos os presentes se manifestaram positivamente, com discussões sobre a importância desse evento para o Município. Uma das colocações foi a necessidade de se discutir o caráter da realização no que diz respeito a sua capacidade de atingir a população. Esse ano, o objetivo básico foi a popularização, do evento com a maior participação da população, aproximando assim a Arte-Cuitura, e Arte-Popular, através do envolvimento com todas as camadas da população: escolas, associações de bairros, etc. 
O evento durou nove dias de 07 a 15/7/84 com o apoio da Prefeitura Municipal de Mairinque, contando em suas várias atividades, com o comparecimento em massa do público. O resultado desse empenho ficou claro: Mairinque tem arte. E quando são dadas oportunidades para que ela se expresse livremente, e quando são eliminadas as barreiras entre cultura e povo, há uma participação ampla de todos. "A ideia de uma arte de massas de alta qualidade não implica a liquidação de todas as formas de arte em uma só. Pelo contrário, cria condições de dar um denominador comum às diversas artes em uma só". (Ferreira Gullar).

O MUSEU MUNICIPAL

Em 30 de agosto de 1979, através do decreto nº 1935, é criado o Museu Histórico, Artístico e Pedagógico do Município de Mairinque, na gestão do prefeito municipal Antonio Alexandre Gemente. E em 1982 o Museu passou a ser denominado: "Museu Conselheiro Francisco de Paula Mayrink". O museu, que há tempos atrás foi a moradia da família do fundador Mayrink, depois de desocupado, não tinha uso, ficando completamente abandonado. Então, surgiu a idéia de se criar um Museu, partindo do prefeito, na época Antonio A. Gemente e com o apoio de Cantídio Muraro Jr.; hoje diretor do Museu. Começaram as obras para a construção do Museu, as reformas gerais, mas com a intenção de manter o seu original.
 A necessidade de se fazer um Museu, se explica pelo fato de que o mesmo, mantém viva a história da cidade, através da preservação de objetos. E é tamanha a sua importância, que até 1958, com a primeira visita de Francisco de P. Mayrink Lessa, neto do fundador, não se tinha noções do passado, e conhecimento do próprio fundador da cidade, e se hoje o sabemos é porque existem registros a respeito do mesmo. 
O acervo encontrado no Museu, em parte foi doado pela população, além de objetos de uso pessoal e documentação do Conselheiro, doados pelo seu neto, e também com a colaboração de Ariosto Berna, professor do Rio de Janeiro, amigo da família Mayrink. Entre outros objetos de grande importância para a cidade, existe também uma pá (fundação), feita de jacarandá e prata, com guarnições desse metal nos quatro cantos, ornadas de flores-de-lis. No anverso apresenta a seguinte inscrição: "Inauguração da Vila Mayrink, 27 de outubro de 1890". E no reverso: "Companhia Vila Mayrink. Incorporadores: Manuel Teixeira da Silva Cotta; Alberto Kuhlmann. Diretoria: Comendador José Duarte Rodrigues, presidente;Abílio Soares, gerente: DI. João José de Araújo;secretário: Pedro Antonio Borges, tesoureiro:Alberto Kuhlmann, diretor técnico". Essa pá, também foi doada pelo sr. Francisco de P. Mayrink Lessa. 
Se encontra também no Museu além de objetos seus, um livreto de pensamentos da professora Altina Júlia de Oliveira, datado de 12 de outubro de 1905, onde ela deixou registrado poemas; os últimos com data de 1943. Poucos sabem que Marília foi parente do Conselheiro Francisco de Paula Mayrink. E existe no Museu, um livro de Marília, onde respondia as trovas que Tomaz Antonio Gonzaga escrevia para ela, o qual não foi publicado.
 Na entrada do Museu, existe um poste, que era utilizado para iluminação, no começo do século; esse poste foi o primeiro a ser fundido na oficina da Sorocabana em 1906. O Museu de Mairinque, segue a seguinte divisão: Primeira parte - Sala de geologia e antropologia - objetos indígenas (retratando o começo de Mairinque), Segunda parte - Sala da fundação da cidade e a Ferrovia (devido à ligação da Sorocabana com Mairinque), Terceira parte - Desenvolvimento da cidade e Sala do fundador contendo objetos, documentos, etc. de sua propriedade.” É preciso que a comunidade tenha consciência da importância de se ter numa cidade, um local onde se registre sua passagem histórica, e da necessidade de dar continuidade aos fatos." - museu não é só depósito de coisas velhas."

Fonte: Revista Comemorativa 94 Anos de Mairinque


ACERVO FOTOGRÁFICO



Banda Sinfônica Padre José Yao
(Regente Antonio A. Gemente)





Banda Feminina de Mairinque
(Maestro Pedro Lima)


Banda se apresentando no coreto da Praça da Matriz


Prédio do cinema (SRM)


Conservatório Musical Carlos Gomes



Corporação Musical União Mairinquense


Coreto de Mairinque


Grupo Musical Catavento



Coral da Juventude Católica - 1ª apresentação


Homenagem a Kiko e Chico, integrantes do Grupo
Catavento falecidos em acidente automobilístico


Alfredo E. Giuseppe Bertolini


Astrogilda Alvers Lippi


Juca de Oliveira


Lelio Lippi


João Bid

Fontes: - Revista Comemorativa 96 Anos;
             - Livro Caminhos Percorridos (João B. Pinto Figueiredo - Pelica) 


CONCLUSÃO


         Este trabalho pode ser melhorado através de críticas construtivas e sugestões. É assim que tenho feito com todas as postagens publicadas em meu blog.

        Portanto, se você tiver qualquer contribuição a fazer, poderá entrar em contato comigo através do e-mail indicado no final desta publicação.


SOBRE O AUTOR DA POSTAGEM


Wilson do Carmo Ribeiro é industriário aposentado, professor e historiador diletante. 
É presbítero emérito da Igreja Presbiteriana do Brasil.

E-mail: prebwilson@hotmail.com








QUINTO ENCONTRO DE CONJUNTOS E QUARTETOS MASCULINOS NA IGREJA PRESBITERIANA DE CAMPO LARGO EM SALTO DE PIRAPORA

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