quinta-feira, 12 de maio de 2016

SOROCABA - SP - SILVESTRE ALVES DE OLIVEIRA – TRAJETÓRIA

APRESENTAÇÃO

         Nesta postagem estarei falando sobre a vida de um irmão, amigo e ex companheiro de mais de trinta anos de trabalho na Cia. Brasileira de Alumínio: Silvestre Alves de Oliveira.
         Ele nasceu na localidade de Brigadeiro Tobias, Município de Sorocaba aos 01-12-1941 e seus pais, Sr. Serafim Soares de Oliveira (21-04-1907) e dona Cezarina Alves de Oliveira (26-09-1918). A família havia se mudado para um bairro próximo dali, chamado Inhaíba, onde o Sr. Serafim trabalhava num forno de fabricação de cal e recebeu um convite para trabalhar em Rodovalho, antigo nome da localidade de Alumínio.
         A seguir, alguns dados biográficos desse grande amigo,  depois seus estudos, tanto na escola estadual como posteriormente no SENAI, SESI e na escola técnica Liceu Roberto Simonsen , além de várias instituições de ensino profissionalizante e na própria CBA, empresa na qual desenvolveu toda a sua extensa atividade profissional.
         Seu curso primário foi feito no Grupo Escolar Comendador Rodovalho, concluído em 1953. Em seguida, os diversos cursos profissionalizantes feitos pelo mesmo no decorrer de sua bem sucedida carreira na grande fábrica de alumínio, empresa do Grupo Votorantim:

OS CURSOS


Manutenção de válvulas hidráulicas (Senai);Leitura e interpretação de desenho técnico (Senai);Cálculo Técnico (Senai); Supervisão de pessoal na indústria (Sesi);Eletrônica Industrial (C.B.A);Orientação à Prevenção de acidentes (Sesi);Técnicas de Chefia (Senai); Automatização Pneumática, (Schrader),Madureza Ginasial (Horácio Manley Lane);Segurança e prevenção de acidentes (Senai);Curso Técnico de Eletrônica (Liceu Roberto Simonsen);Reparador de Motores Diesel (Senai); Curso de Eletrônica (Instituto Monitor); Automatização Hidráulica,(Senai),Comandos Pneumáticos (Senai); Curso de C.C.Q. (Cia.Nitro Química);Curso de programação e Operação de C.L.Ps (Maxitec); Ensino Correto de um Trabalho (Senai),Curso Sobre Conversores (B.B.C.);Relações Humanas no Trabalho (Senai);Administração e Gerência de Controle de Qualidade amplo Empresarial-CQAE ( M.C.B.);Proteção de Sistemas Elétricos Industriais( Senior Engenharia),Certificado de Participação curso ISO 9002 ( Heller);Certificado de Participação do curso de Coordenação de partidas de motores e Painéis Industriais (Siemens).
 Após sua aposentadoria Silvestre se mudou com a família para Sorocaba. Um ano depois começou trabalhar na J.R painéis Elétricos. Montou muitos painéis de máquinas operatrizes como:Tornos automáticos,fresas,centros de usinagens,painéis de pontes rolantes,painéis para máquinas de envasar iogurtes. Também montou, além dos painéis máquinas AS MAIS diversas.
Depois de formado no Liceu Roberto Simonsen em Alumínio Silvestre ministrou aulas de eletrônica durante cinco anos na mesma escola.

Silvestre foi admitido na CBA como Aprendiz e foi galgando posições até chegar ao cargo de Encarregado Geral na Manutenção Elétrica da Laminação. 
Cursos à parte, em 1985 Silvestre foi eleito Operário Padrão da CBA e regional em concurso promovido pelo SESI e Jornal O Globo. Competindo na capital com representantes de todo o Estado de São Paulo, obteve um brilhante terceiro lugar.

SILVESTRE DESCREVE A TRAJETÓRIA DA FAMÍLIA PATERNA EM ALUMÍNIO

Em 1942 meu pai Serafim Soares de Oliveira mudou-se para Rodovalho para trabalhar no Forno de Cal. Eu tinha seis meses de idade, consequentemente tem um período de alguns anos que não me lembro de nada por conta da idade.
Nessa época morávamos numa casa de pedras construída na época de escravos, cujas paredes tinham pelos menos meio metro de largura. As portas eram enormes e os batentes eram de madeira lavrada. Lembro-me que era uma rua com umas oito casas iguais e nelas não havia banheiro nem água encanada dentro delas. Essas casas situavam-se onde hoje estão as Salas dos Fornos 86 kA.
A água utilizada vinha de duas torneiras de uso comum, instaladas do lado de fora. Moramos aí até 1952, quando então, por ordem da diretoria da fábrica as famílias que ali moravam foram remanejadas para outras casas.
Minha família, composta de seis pessoas, eu com onze anos, meu irmão Rubens com oito, minha irmã Olinda com cinco e meu irmão Sebastião (falecido) com dois anos, além de meu pai e minha mãe dona Cezarina ambos de saudosa memória, foi morar numa casa de tábuas construída onde hoje é o ginásio de Esportes da AAA, próximo ao estádio.
Nesse novo endereço, tínhamos como vizinhos: Ferdinando Ranieri, Deusdedt dos Santos (pai do Jonas Santos), Julio Fernandes (pai do Amauri) e o Cipriano do Nascimento.  Essas famílias eram evangélicas e a minha era a única que não comungava a mesma fé dos vizinhos.
Lembro-me ainda que na Rua Anhaia Mello moravam o Sr. Raul Alves (pintor), Sr. Domingos Teixeira Guimarães, Sr. Antonio Ceretta e Sr. Orestes de Oliveira.
Nesse lugar existiam muitos eucaliptos com vinte ou vinte e cinco metros de altura, os quais, por medida de segurança, foram cortados, mas ainda existem alguns nas imediações do ginásio de esportes.  Certa vez houve um vendaval muito forte durante a noite, mas felizmente durou pouco tempo. No dia seguinte estávamos, eu e alguns amigos conversando quando uma daquelas árvores, certamente abalada pela ventania, caiu e um dos seus galhos atingiu o beiral da casa do Sr. Antonio Ceretta, felizmente sem maiores conseqüências.
Pelo fato de ter morado perto de pessoas evangélicas, ouvi muitos hinos e por tabela, alguns sermões. Lembro ainda que na Rua Gabriel da Silva Dias, onde morei depois de casado, morava a família do presbítero Waldemar Machado e meu tio Marcolino Pires era vizinho.
Como eu ia muito à casa do meu tio, também ali ouvi muitos hinos que eram cantados na casa do presbítero Waldemar e certamente meus tios Marcolino e dona Rita também ouviam e isso pode ter sido importante para a conversão de ambos posteriormente, no pastorado do Reverendo Willes Banks. Eles frequentavam o trabalho que a Igreja Presbiteriana de Alumínio mantinha na casa do Sr. José Esquitine no bairro Marmeleiro.
Voltando a falar sobre aquela região onde está o ginásio de esportes da AAA, devo dizer que era muito bonita. Além do lago próximo às piscinas, havia um canal que abastecia um grande lago, onde foi construído o campo de futebol da AAA. Esse lago era destinado à produção de energia elétrica, visto que na parte mais baixa, havia uma sala com pequena turbina que gerava energia para abastecer parte da Vila Industrial.
Existia também uma horta do Grupo Escolar Comendador Rodovalho muito bem administrada pelo Sr. Luiz, conhecido como Seo Luiz da Horta. Ali os alunos aprendiam a lidar com a terra e o a produção era utilizada na merenda escolar daquele estabelecimento de ensino.  Plantei muita cenoura, beterraba e outras hortaliças.
A água do lago era usada para regar as plantas do horto. Posteriormente o lago foi drenado para dar lugar ao campo de futebol. Existia também uma estação de bombas que bombeavam  água para a caixa que abasteciam as casas da Avenida Santiago. Meu tio era um dos operadores.
Naquele quarteirão em frente do campo de futebol moravam, além do meu tio e o presbítero Waldemar, os senhores Antonio Ceretta, Geraldo Nogueira Fortes, Francisco Hidalgo, Domingos Teixeira Guimarães, Carlo di Gregoris, Sr. Moura (pai do Celso Moura), Sr. José, conhecido como “Pau de Arara” que era soldador na Caldeiraria e outros, cujos nomes não me lembro.
Em 1955, o saudoso Dr. Antonio de Castro Figueirôa chegava para comandar a CBA e em uma de suas andanças pela fábrica ele conheceu meu pai, que trabalhava no forno de cal e na fábrica de sulfato. Houve então uma empatia entre ambos porque o Dr. Figueirôa gostava de gente trabalhadora e meu pai preencheu suas expectativas nesse aspecto.
Dr. Figueirôa andava também bastante pela vila para ver como viviam os empregados, sendo que num determinado dia, passando defronte de minha casa, cumprimentou minha mãe e ouvi ele dizer: “Vou construir várias casas novas e uma delas será para sua família”.

Como homem de palavra que era, cumpriu a promessa feita e dois anos depois nos mudamos para uma casa construída na Rua Gaspar Ricardo.


VIDA FAMILIAR – RESUMO

O moço Silvestre conheceu a jovem Doroti, namoraram e se casaram em 23-01-1965. Do enlace nasceram as filhas Roselaine, Rosmari, Valquiria e Valéria, todas criadas na localidade de Alumínio. Estudaram, se formaram em nível superior, se profissionalizaram e constituíram suas famílias.
Em janeiro de 1994, com Silvestre já aposentado na CBA, a família veio de mudança para Sorocaba, onde todos estão até hoje, com exceção de dona Doroti que Deus chamou para a eternidade em 23-08-2015, deixando um vazio na vida da família, o que de certa forma é preenchido pelos netos do casal.
Silvestre e dona Doroti se tornaram membros da Igreja Presbiteriana de Alumínio, onde ele se tornou presbítero em março de 1975 e ela teve reconhecido desempenho como professora de crianças na Escola Bíblica Dominical.
As filhas seguiram nos passos dos pais e todas são evangélicas presbiterianas, fazendo parte atualmente junto com o pai e suas famílias do rol de membros da Igreja Presbiteriana do Calvário de Sorocaba.         


ACERVO FOTOGRÁFICO

Fotos familiares:



Da esquerda p/ a direita: Sogro, sogra, 
marido da Olinda, a Olinda, a mãe sra. 
Cezarina e o pai Sr. Serafim

David Machado, esposa Wanira,
Ruth Ferreira, irmã Olinda, esposa
Doroti, a mãe Cesarina, Ana e
várias crianças

A irmã Olinda, a mãe dona Cesarina, a 
filha Rose e esposa Doroti

Com a esposa Doroti e o pai Sr. Serafim

Com a filha Rose com 1 ano e 4 meses

Com o colega de trabalho Sebastião
Orsini de Souza (1962)

Casamento - Silvestre e Doroti

Com a esposa Doroti, a irmã dela
Vilma e as filhas Rose e Mari

Com as filhas pequenas

Casamento; Eni e Luiz Elias Pinheiro

Rev. Ramon Perez barizando a filhinha
Valéria com 6 meses de idade


Com as filhas

Com o irmão Rubens

Com a esposa e as filhas

Com a filhinha Valéria em 1984

Com a esposa Doroti

Com a esposa Doroti

Dona Doroti na casa em Sorocaba

Com a esposa e as filhas

Com a esposas e netos (as)

Com os irmãos Rubens e Olinda

Fotos - Operário Padrão (1985)


Operário Padrão - São Paulo - 1985

Os três primeiros colocados no concurso
Operário Padrão (Jornal o Globo e SESI)

Jantar em hotel na capital paulista
 Operário Padrão

Como Operário Padrão em desfile
cívico em Alumínio em 1985

Fotos comunitárias


Culto em residência em Alumínio

Inauguração do templo presbiteriano
na Vila Paraíso - 1976

Senhoras Doroti e Claudineide

1º Encontro da Família Presbiteriana 
de Alumínio em novembro de 2008


Com a família e amigos torcendo pelo neto
Brenno em jogo do Desportivo Brasil
de Porto Feliz na Copa São Paulo


Encontro das famílias da Igreja
Presbiteriana do Calvário (Sorocaba) 


Fotos do ambiente profissional




Cabos condutores de
energia elétrica
(Responsabilidade pela manutenção
 elétrica e eletrônica das máquinas)


Laminados
(Responsabilidade idem)


Perfilados - idem


Damião Augusto de Paula
(Companheiro de trabalho
nos primeiros tempos de
 CBA)


Vantelino Ribeiro
(Membro da equipe nos primeiros
 tempos de Laminação)


Roberto do Espírito Santo
(membro da equipe)


Carlos Alberto Arantes
Assistente Técnico


Engº Paulo Leandro da Silva
(Engº Chefe)


Engº Aluísio Micas Lacerda
(Engº Superintendente)

Companheiros de trabalho em confraternização


Revendo companheiros da CBA em 2012


Mais ex companheiros


EX VIZINHOS DE SEUS PAIS


Waldemar Machado e irmãos: David e Tereza


Abimael Ranieri (filho do
Sr. Ferdinando Ranieri)


Antonio Ceretta e esposa

Carlos Di Gregoris

Celso Corrêa de Moura

Cipriano Nascimento

Geraldo Nogueira Fortes 
e esposa

Julio Fernandes e esposa


Outras

Grupo Escolar Comendador Rodovalho

Padaria do Neco (fornecedor de alimentos)

Alunos em desfile cívico
 (Liceu Roberto Simonsen)

Vista aérea da CBA na década
 de 1980 

Dr. Antonio de Castro Figueirôa
Diretor Industrial da CBA

Vista aérea da Vila Industrial na 
década de 1970

Templo da Igreja Presbiteriana de Alumínio

Rev. Willes Banks Leite
Pastor da Igreja Presbiteriana
de Alumínio (1970-1976)


Templo da Igreja Presbiteriana do 
Calvário (Sorocaba)


CONCLUSÃO

         Este trabalho pode ser melhorado através de críticas construtivas e sugestões. É assim que tenho feito com todas as postagens publicadas em meu blog.
        Portanto, se você tiver qualquer contribuição a fazer, poderá entrar em contato comigo através do e-mail indicado no final desta publicação, ou por mensagem no Facebook.


SOBRE O AUTOR DA POSTAGEM



Wilson do Carmo Ribeiro é industriário aposentado, pedagogo e historiador diletante. 
É presbítero em exercício da Igreja Presbiteriana do Brasil, servindo atualmente na Igreja Presbiteriana Rocha Eterna de Sorocaba.
E-mail: prebwilson@hotmail.com



6 comentários:

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  2. Sr. Wilson.....excelente trabalho....parabéns ao Silvestre, grande amigo do meu pai e lembrado por ele até hoje....linda trajetória

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  4. Parabéns aos dois irmãos.

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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