sexta-feira, 22 de maio de 2015

SALTO DE PIRAPORA - HISTÓRIA ILUSTRADA DO MUNICÍPIO

APRESENTAÇÃO


Meu primeiro contato com Salto de Pirapora foi em 1962 quando fomos ao Bairro da Ilha passar um domingo em confraternização reunindo a Igreja Presbiteriana de Alumínio e a comunidade irmã daquele bairro rural.
A família Sandoval que sempre esteve na liderança dos trabalhos na igreja se tornou nossa conhecida e posteriormente ficamos próximos de outras como a dos Góes, com as quais mantemos relacionamento até os dias atuais.
Posteriormente estivemos várias vezes na cidade, quase sempre participando dos programas de nossas igrejas mas na década de 1980 estive em Salto de Pirapora a trabalho representando a empresa na qual laborava, a Cia. Brasileira de Alumínio.
Tenho muitos amigos na cidade e a eles dedico esta postagem sobre essa simpática urbe.

ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL

Poder Executivo


Paço Municipal


Santelmo Xavier Sobrinho
Prefeito


Helio Rossi
Vice-prefeito



Poder Legislativo


 Câmara Municipal



 Jurandir Matos de Almeida
(Presidente)


Alex Ferreira de Souza


Donisete Antonio Correa Barbosa


Izanildo Moreira Farrapo


José Luiz Vieira


Kelli Luciana Ortiz


Messias Pinto


Miguel Marcelo Sobrinho


Sergio Ventura


Francisco A. Henrique de Oliveira

HISTÓRIA

“Salto de Pirapora foi fundada por Lavradores e Operários, comandados por Antônio Maximiano Fidélis, mais conhecido como "Antonio Fogueteiro" e por Felício Lencione, que no dia 24 de Junho de 1906, apesar de virarem alvo de piadas para os companheiros, pois ninguém acreditava que levassem a idéia adiante, rezaram a primeira prece no local e demarcaram o lugar onde seria a sede do município.
Lavradores e operários das caieiras (fornos de cal) se reuniam nas vizinhanças daquelas primeiras casas ainda não alinhadas e festejavam São João com fogueiras, mastro e reza ao ar livre. O promotor da reza era justamente o fogueteiro, ajudado pelo negociante Antônio Goes, sendo a sua venda (comércio) o ponto de reunião, como em toda parte. Não faltava a Santa Cruz. Fogueteiro, Felício Lencione e João de Goes, fizeram uma carpida exatamente no terreno onde hoje está a Igreja Matriz e levantaram um mastro com uma bandeira do santo precursor, rezaram, soltaram fogos. Fogueteiro dizia, entre risos e zombarias dos mercadores e outros presentes: "aqui ainda vai ser uma cidade". Ele é que estava certo. No ano seguinte, foi construída a primeira capela local (onde está a nossa Matriz), por João de Góis, que ainda ofertou uma imagem de São João Batista à pequena igreja.
O santo, desde então, ficou como padroeiro de Salto de Pirapora. No dia 6 de outubro de 1907, o Padre Luiz Sicluna celebrou a primeira missa na capela, com a presença de todos que moravam no pequeno povoado, e que ajudaram na construção da capela. Mais tarde, o mesmo padre, reuniu novamente esse pessoal e construiu no local a Matriz, que ainda funciona até os dias de hoje. Em 1911, Salto de Pirapora, foi elevada a vila e incorporada como distrito do município de Sorocaba, pela Lei nº 1250, de 18 de Agosto de  1911, que criava o Distrito de  Paz pertencente à comarca de Sorocaba.
Em 1912 João Almeida Tavares foi nomeado o primeiro tabelião do nosso distrito. Em 1912 começaram a aparecer os primeiros carros, puxados por bois, que ajudaram muito no progresso do pequeno povoado, pois com eles iniciaram-se os transportes de madeira, produtos da agricultura local, como o arroz, algodão feijão e batata, para outras regiões. Em 1922 organizou-se uma comissão para construir a Igreja Matriz, sendo o seu chefe o coronel Manoel Ferreira Leão, que ao lado de sua esposa e tendo como auxiliares Silvino Dias Batista, Belarmino de Serqueira César, David Teixeira, Balduino Antunes de Oliveira, Pedro dos Santos e João Brizola de Almeida levaram a cabo a empreitada seguindo a planta do arquiteto e padre Luiz Sicluna. A tão batalhada emancipação chegou somente em 1953, através de um plebiscito, na qual votaram os 657 eleitores que ali residiam na época.  Desses eleitores, 475 votaram a favor do desligamento político da vila, 174 votaram contra, 4 votaram em Branco e teve 4 votos Nulos.
Finalmente, no dia 30 de Dezembro de 1954, Salto de Pirapora se eleva à categoria de Município pela Lei 2456.
E  a partir dessa data, nosso município não parou de crescer, pois, aqui se instalaram varias indústrias buscando a grande riqueza que a extração de Minérios fornecia.”
Fonte: http://saltodepirapora.sp.gov.br/sessao/historia


INFORMAÇÕES SOBRE O MUNICÍPIO



Fundação
24 de junho de 1906 (108 anos)
saltopiraporense
Santelmo Xavier Sobrinho (PMDB)
(2013–2016)
Municípios limítrofes
Distância até a capital
121 km
Características geográficas
280,608 km² 3
40 132 hab. Censo IBGE/20104
143,02 hab./km²
630 m
Ameno Cfa
Indicadores
0,729 alto IBGE/20105
R$ 411 128,335 mil IBGE/20086

Transcrito de: http://pt.wikipedia.org/wiki/Salto_de_Pirapora



 Brasão de Salto de Pirapora

CAFUNDÓ


A comunidade remanescente de quilombo do Cafundó é constituída por cerca de 18 famílias e localiza-se no município de Salto de Pirapora, no Estado de São Paulo.

O Cafundó foi "descoberto" pelos meios de comunicação no ano de 1978. Pesquisadores, jornalistas, políticos da região, ativistas de movimentos sociais voltaram seus olhos para a comunidade.

A principal singularidade desta comunidade está no léxico denominado cupópia ou falange, de origem africana, uma espécie de dialeto falado pelos membros da comunidade.

Esta característica cultural despertou grande curiosidade e levou muitos a considerarem a comunidade como uma espécie de reduto do período escravocrata que permaneceu intacto durante décadas.

Equivocam-se os que assim pensam. Longe de estar isolada ou intocada, Cafundó é uma comunidade quilombola que, assim como outras em São Paulo, sofre com as invasões de suas terras e luta para que sejam garantidos seus direitos territoriais.

 


IMAGENS DA CIDADE



Ônibus Salto de Pirapora a Sorocaba


Antiga Concha acústica


 Cafundó


Vista aérea


 Ruínas dos fornos de cal


Capital do calcário
 
 Capital do calcário II


Lago do calçadão


Praça do centro


Trevão


 Quilombo Cafundó


 Condomínio de aviadores


'Sentiver - Inspiração, Conteúdo e Leveza'

Desfile em Salto de Pirapora


CONCLUSÃO


         Este trabalho pode ser melhorado através de críticas construtivas e sugestões. É assim que tenho feito com todas as postagens publicadas em meu blog.

        Portanto, se você tiver qualquer contribuição a fazer, poderá entrar em contato comigo através do e-mail indicado no final desta publicação. 


SOBRE O AUTOR DA POSTAGEM


Wilson do Carmo Ribeiro é industriário aposentado, professor e historiador diletante. 
É presbítero emérito da Igreja Presbiteriana do Brasil e membro da Igreja Presbiteriana Rocha Eterna de Sorocaba.
E-mail: prebwilson@hotmail.com
























terça-feira, 19 de maio de 2015

IPAUSSU - HISTÓRIA ILUSTRADA DO MUNICÍPIO

APRESENTAÇÃO




Em meados de 1956 nossa família se mudou de Bernardino de Campos para  o vizinho município de Ipaussu. Naquele tempo se escrevia Ipauçu e o clube da cidade era o alvi-celeste Clube Atlético Ipauçuense. Nos anos em que trabalhamos em duas olarias próximas à cidade, o clube disputou a 3ª Divisão de Profissionais da FPF.  e eu frequentava assiduamente o estádio e lembro-me muito bem dos craques: Elcio, Kodama, Picinato, Clovis, Omar, Crispim, Canucho, Boca, Bodinho, Carioquinha e outros mais.
Ouvia jogos em um rádio no bar do Sr. Aristides Ferrari e acabei por colaborar com ele nos fins de semana, recebendo uma remuneração que servia para bancar o ingresso no cinema local. No andar de cima funcionava um estúdio de alto-falante que tocava muita música e dava recados para o pessoal que frequentava a bela o belíssimo jardim, principalmente nos sábados e domingos à noite.
Foi nesse alto-falante que ouvimos o Hino Nacional Brasileiro após a seleção brasileira conquistar a Copa do Mundo de 1958 na Suécia. Na comemoração eufórica muita gente foi jogada com roupa e tudo dentro do chafariz.
Além do Sr. Ferrari, lembro-me de outras pessoas na cidade: Sr. Jorge e o filho dele Rubens Garrocini; Sr. Pedro Saquelli, nosso patrão na olaria, Prof. Jurandir, que me deu aulas na Escola Artersanal de Ipaussu.
Na Fazenda Brilhante havia uma família que viria a se tornar muito amiga em outra localidade para onde mudaríamos dentro de algum tempo: é a família do Sr. José Máximo dos Santos.
Foi nessa época que foi iniciada a construção da rodovia João Baptista Cabral Rennó a qual liga Ipaussu a Bauru, passando pelo final da Rodovia Castello Branco que à época também não existia.
Nesses tempos o trabalho na olaria era feito por nossa família sob o regime de empreitada, ou seja, fazíamos de tudo: desde buscar o barro na jazida até entregar o tijolo pronto, empilhado, que os caminhões buscavam para o uso nas construções. Recebíamos por milheiro. Não havia qualquer tipo de vínculo empregatício. 
Em Ipaussu trabalhamos primeiramente na olaria de um advogado de São Paulo chamado Helio. Situava-se no lado esquerdo da Rodovia Raposo Tavares, próximo de onde existe hoje o posto da polícia Rodoviária e o trevo de acesso para Cambará. Dali fomos para o outro lado da cidade: a olaria pertencia a um senhor árabe de nome Said Anderaus e era administrada por um italiano chamado Pedro Saquelli.
Ficava defronte de outra olaria, a da Fazenda Mombuca. Depois de algum tempo trabalhando ali surgiu certo dia um afilhado de casamento de meu pai que trabalhava num lugar chamado Alumínio, próximo de Sorocaba. Disse a meu pai que lá na fábrica onde ele trabalhava havia contrato de trabalho com direito a estabilidade, férias, salário fixo e outras coisas mais. Aiás, o rapaz, chamado Agnaldo, estava justamente gozando seu primeiro período de férias na fábrica. Isto deu um grande ânimo a meus pais que, certamente pensando em um futuro melhor para os cinco filhos, resolveram ir até Alumínio para ver se conseguiriam emprego lá.
Dias depois meu pai e o inseparável irmão Antonio foram e gostaram do que viram. Nossa mudança foi despachada no trem de carga e nós fomos no "Ouro Branco" um dia depois. Assim despedimo-nos de Ipaussu e do nosso amado interior.




HISTÓRICO



O desbravamento das terras localizadas no pontal formado pela confluência dos rios Paranapanema e Pardo, dominadas por extensas matas, ainda no fim do século passado começou com a aventura de dois moradores de Batucatu que , embrenhando-se nos sertões de Avaré, chegaram ao local onde hoje se situa a cidade de Ipauçu.
João Antônio Justino e João Correa de Miranda, abriram uma frente de penetração que terminou nas proximidades de uma ilha no Paranapanema para onde convergiam outros colonizadores, dando formação ao povoado de Ilha Grande do Paranapanema.
Passou a distrito de Paz em agosto de 1898, mercê do seu crescimento, pela facilidade, na posse das terras concedidas pelas autoridades eclesiáticas, na época responsáveis pelo assunto.
Lei estadual de dezembro de 1906, elevou à vila a sede de Ilha Grande do Paranapanema, em fase de crescimento pelo progresso da cafeicultura.
Mas o município foi criado em setembro de 1915, com o nome de Ipauçu, que no tupi, " ypau-uçú", segundo Theodoro Sampaio significa " ilha Grande".
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Ilha Grande por lei estadual no 550, de 13-08-1898, subordinado ao município de Santa Cruz do Rio Pardo.
Elevado à categoria cidade com a denominação de Ilha Grande do Paranapanema, pela lei estadual nº 1038, de 19-12-1906.
Em divisão administrativa do referente ao ano de 1911, figura no município de Santa Cruz do Rio Pardo o distrito de Ilha Grande.
Elevado à categoria de vila com a denominação de Ipaussu, por lei lstadual no 1465, de 20-09-1915, desmembrado de Santa Cruz do Rio Pardo. Sede no antigo distrito de Ipaussu. Constituído do distrito sede. Instalado em 11-12-1915.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município de Ipaussu é constituído do distrito sede.
Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de distrito sede.
Pelo decreto-lei estadual nº 14334, de 30-11-1944, o município de "Ipaussu" teve sua grafia alterada para Ipauçu.
No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o município já denominado Ipauçu é constituído de distrito sede.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído do distrito sede, Ipauçu.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 14-V-2001.
Alteração toponímica municipal
Ipaussu para Ipauçu teve sua grafia alterado, por força do decreto-lei estadual no 14334, de 30 -11-1944.
Alteração toponímica distrital
Ilha Grande para Ilha Grande do Paranapanema alterado, pela estadual nº 1038, de 19-12-1906.
Gentílico: ipauçuense


Fonte: Biblioteca IBGE


 
ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL


Poder Executivo:


Luiz Carlos Souto
Prefeito


Sergio Galvannin Guidio Filho
Vice-prefeito


Poder Legislativo:
(Câmara Municipal - Vereadores)


Agnaldo Perez


Antonio Aparecido
Souza Ramos


Antonio Florindo


Eduardo Souza Alves


Gelson dos Santos Costa


Lucio Gatti Martins


Paulo Sergio Araújo Bitencourt


Roberto Tiririca Guidio Perez


Ronaldo Rodrigues Couto


Fonte: Internet.


INFORMAÇÕES SOBRE O MUNICÍPIO 

   

Demografia

Dados do Censo - 2000
População total: 12.553
  • Urbana: 11.030
  • Rural: 1.523
  • Homens: 6.275
  • Mulheres: 6.278
Densidade demográfica (hab./km²): 60,03
Mortalidade infantil até 1 ano (por mil): 9,72
Expectativa de vida (anos): 74,90
Taxa de fecundidade (filhos por mulher): 2,27
Taxa de alfabetização: 90,56%
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M): 0,795
  • IDH-M Renda: 0,694
  • IDH-M Longevidade: 0,832
  • IDH-M Educação: 0,860
(Fonte: IPEADATA)

Hidrografia

Transporte

  • Empresa Auto Ônibus Manoel Rodrigues
  • Empresa Princesa do Norte

Rodovias

Notas 

Nota ortográfica: Segundo as normas ortográficas vigentes da língua portuguesa, este topônimo deveria ser grafado como Ipauçu. Prescreve-se o uso da letra "ç" para palavras de origem tupi. O nome vem do tupi pedra grande, referindo-se à denominação antiga da região, Ilha Grande. Ao longo dos anos, a grafia foi alterada para ipa gua'asu, ipaguassu, ipaussu e finalmente para ipauçu.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ipaussu

 

PERSONALIDADES DA CIDADE

Deputado Federal Sylvestre Ferraz Egreja



LUTO — Mineiro de nascimento e ipaussuense por adoção, o ex-deputado Sylvestre Ferraz Egreja morou nos últimos meses na entidade que fundou para carentes


Igreja (esquerda) durante convenção da Arena em 70, cumprimenta o senador Carvalho Pinto; ao lado, Rui Junqueira e o então vice-prefeito de S. Cruz Cícero RibeiroO ex-deputado Sylvestre Ferraz Egreja morreu aos 100 anos, às 9h20 de domingo, 12, após passar um mês internado no Hospital do Rim (pertencente ao Hospital São Paulo), na capital paulista. Seu corpo foi velado em um salão do Hospital Sírio-Libanês, ainda em São Paulo, e posteriormente trasladado para Ipaussu, onde foi enterrado às 10h de segunda-feira, 13.
Ele morreu após uma parada cardíaca, em conseqüência de um enfraquecimento gradativo dos órgãos provocado pela idade. Nos dias que antecederam sua morte, ele pouco se alimentava e não conseguia dormir. Nos últimos meses de vida, completamente lúcido, Egreja morou na Fundação Dr. Brenno Noronha — fundada em 1953 para atender menores e que, desde o final do ano passado, leva seu nome (leia texto nesta página). “Ter a companhia de crianças é uma maravilha para quem tem 100 anos”, disse Egreja em entrevista ao DEBATE em dezembro do ano passado.
Egreja foi prefeito duas vezes de Ipaussu — uma vez indicado (1933 a 1934) e depois eleito (1935 a 1937) —, deputado estadual (1947 a 1950) e quatro vezes deputado federal (1951 a 1978). Iniciou sua militância partidária no Partido Constitucionalista (PC) combatendo a política de Getúlio Vargas. Após ser nomeado prefeito de Ipaussu, em 1933, filiou-se ao Partido Democrático (PD). Por volta de 1945 participou da União Democrática Brasileira (UDB) e União Democrática Nacional (UDN) — partido pelo qual foi eleito deputado estadual e federal.Com o grupo dos "azuis", Sylvestre Egreja recebe em Santa Cruz o deputado Abreu Sodré, mais tarde governador
Após o golpe militar de 1964 — que apoiou — e a extinção dos partidos e implantação do bipartidarismo (Arena e MDB), Egreja filiou-se à Aliança Renovadora Nacional (Arena), pela qual encerrou sua carreira em 1978. “Estava na hora de deixar a política. Já estava precisando de dinheiro para comprar voto. Acho que se você gasta dinheiro em alguma coisa, é porque você vai tirar proveito. Isso era contra as minhas idéias, então desisti”, dizia o ex-deputado.
Egreja teve forte influência política na região. Em Santa Cruz, apoiava a UDN e, após o golpe de 1964, os “azuis” — força política representada, entre outros, pelo ex-prefeito Onofre Rosa de Oliveira e pelo deputado Lúcio Casanova Neto. Era opositor do deputado santa-cruzense Leônidas Camarinha, mas costumava dizer que respeitava seus adversários políticos.
Lealdade— No segundo mandato como prefeito de Ipaussu, Egreja consolidou sua liderança quando reagiu ao golpe de estado de 1937. Ele posicionou-se contra o governo de Getúlio Vargas e renunciou à prefeitura em solidariedade ao governador de São Paulo, Armando Salles Oliveira, forçado a se exilar.
Naquela ocasião, a carta de demissão de Egreja foi endereçada ao governador nomeado por Vargas, Adhemar de Barros. No entanto, a demissão foi publicada no Diário Oficial como se fosse uma iniciativa do novo governador.
Durante todo o período de ditadura getulista, de 1937 a 1946, Egreja dedicou-se inteiramente ao comércio de café. Foi nessa época que embarcou as maiores quantidades do produto. Ao retornar à política, em 1947, Egreja teve a difícil — e ao mesmo tempo nobre — missão de colaborar na formação da Constituição Paulista, que seria promulgada em 1950. Destacou-se por sua atuação em defesa da agricultura e dos princípios éticos e morais. Ele chegou a ser homenageado pelo governador Mário Covas em 2000, durante a comemoração dos 50 anos da Constituição de São Paulo. Egreja foi o único constituinte a comparecer na solenidade — talvez porque fosse o único a ainda estar vivo na ocasião.
Em entrevista ao DEBATE em março do ano passado, Egreja contou que o governador fez questão de sentar-se ao lado dele durante a cerimônia. “Na festa contaram para o Covas que eu estava lá e ele sentou-se do meu lado”, lembrou. “Eu o aconselhei muitas vezes. Era um homem de valor, inteligente e honesto”, completou o ex-deputado.
Pioneirismo — Em 1966 Egreja conseguiu um acordo com o departamento técnico da TV Excelsior para retransmitir o seu sinal no interior. Adquiriu os equipamentos, montou oito torres e levou a imagem para a região de Botucatu a Presidente Prudente e de Cambará a Paranavaí (norte do Paraná). O equipamento obtido por ele na época era superior ao da capital — que permitia a transmissão apenas em branco e preto. Ele adiantou-se ao seu tempo, instalando aparelhos que permitiam retransmitir o sinal da TV colorida — prestes a chegar ao Brasil.
Até hoje as torres servem às emissoras que se formaram posteriormente, inclusive a Rede Globo, que substituiu a Excelsior. Nos contratos, Egreja teve a preocupação de garantir a renda dos aluguéis dos equipamentos e instalações em benefício da fundação que criou em Ipaussu.
Origem — Egreja nasceu em Cristina-MG, mas de lá guardava poucas lembranças, pois mudou-se da cidade aos cinco anos para Carmo de Minas (cujo nome foi mudado anos depois para Sylvestre Ferraz, em homenagem ao também deputado e avô materno de Egreja). Logo depois, sua família fixou residência em Brasópolis, onde viveria por mais de 20 anos.
Egreja entrou na política por acaso. Já casado com Almey Viana Egreja e dono de uma fazenda em Timburi, mudou-se para Ipaussu por causa da estrada de ferro Sorocabana e porque os filhos precisavam de escola, em outubro de 1933. Um ano depois, seria nomeado prefeito da cidade e passaria a criar suas raízes.
Em setembro do ano passado, em comemoração aos seus 100 anos, Egreja foi homenageado em São Paulo com o lançamento do livro “Sylvestre Ferraz Egreja — 100 anos de luta”, de autoria do filho José Egreja e editado pela Casa do Editor.
Transcrito de: http://www2.uol.com.br/debate/1102/regiao/regiao03.htm

 

Médico Dr. José Osmar Medina






















O médico José Osmar Medina é especialista em transplantes e diretor do Hospital do Rim da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). "Eu acompanho tudo de perto, principalmente aqueles pacientes mais graves ou que precisam de uma intervenção", conta.
Há oito anos, doutor Medina implantou um programa de transplantes que deu certo. A cada semana, entre dez e doze pessoas ganham um rim novo. São cerca de 500 transplantes por ano. Um recorde mundial!
Ter confiança é lição que o médico passa às pessoas que trabalham com ele. E também disposição. "A minha vocação não é ficar sentado em sala. Vou pela escada. Eu não me canso porque faço isso todo dia desde que o hospital foi fundado, há 8 anos. É mais rápido e mais fácil. E também é uma atividade física não programada, que ajuda a manter a forma. Eu penso bastante na minha satisfação. Trabalhar como se estivesse brincando traz algum benefício para os outros", diz.
"Nós precisamos entender que sucesso é sempre conseqüência, nunca pode ser objetivo. Objetivo é ser competente, manter seus princípios, mesmo que receba pressão. Assim você faz uma carreira que permanece através dos tempos", aconselha o psiquiatra Roberto Shinyashiki.
Quem vê o médico hoje, realizado aos 53 anos, não imagina a longa estrada que ele percorreu. O ponto de partida: Ipaussu, no interior de São Paulo. A cidade tem um belo lago e capivaras à solta. Nela, vivem 13 mil pessoas. Entre elas, uma personagem importante dessa história: a costureira Gilda Pestana, mãe do doutor Medina.
Cuidar de animais abandonados não é a única ocupação de dona Gilda. Ela ainda passa os dias em frente a uma velha máquina, a mesma que ajudou a criar os cinco filhos. "Graças a Deus, todos se formaram. Cada um com o que quis e o que deu. O José Osmar se fez sozinho", conta.
"Eu venho de uma família humilde. Meu pai era pedreiro e minha mãe é costureira. Sempre estudei em colégio público. O primeiro passo foi minha mãe me oferecer a oportunidade de um curso profissionalizante, ganhar a responsabilidade de ser torneiro aos 12 anos de idade e saber que aquilo ia ser importante para a minha vida. Com 15 anos, me formei em técnico em mecânica", lembra doutor Medina.
Com o primeiro diploma na mão, José Osmar começou a trabalhar e a sonhar grande. Aos 18 anos, chamou dona Gilda num canto e disse que ia estudar em São Paulo. O primeiro ano na capital foi só para trabalhar. "Ele guardou todo o dinheiro e, no outro ano, saiu e foi para o cursinho. Eu nunca pude mandar nem um centavo para ele, porque eu tinha mais quatro filhos", diz dona Gilda.
Valeu o esforço. José Osmar entrou na Escola Paulista de Medicina. Estudava de dia e trabalhava à noite.
"Ele precisava comer. Um trabalho na escola daria comida para quem tirasse a melhor nota. Ele fez e ganhou. Assim, ficou encaixado durante os seis anos que precisou", conta dona Gilda.
"Eu não sabia que ela sabia tudo isso", diz doutor Medina.
"Sei mais coisas ainda", afirma dona Gilda.
Quando doutor Medina volta para Ipaussu, não é só para matar a saudade. Ele vai a trabalho. E assim que chega o povo todo fica sabendo. O médico, que é uma das maiores autoridades em transplante do Brasil, acostumado aos últimos recursos da medicina, quando vai à cidade natal, trabalha à moda antiga, como clínico geral. Para muita gente, doutor Medina é mais conhecido como doutor Zé Osmar. Ele chega a atender até 40 pacientes num fim de semana e sem cobrar nada. Enquanto atende numa sala, do outro lado já tem gente esperando a próxima consulta. Para todas as pessoas, ele é o médico que traz um pouco mais de esperança.
Marta levou a filha Geissy Batista da Mata, de 10 anos, que há dois parou de andar.
"É uma situação clínica bem difícil. Não faz parte da minha especialidade, mas ela está precisando de um encaminhamento para um superespecialista em São Paulo, que tem na Escola Paulista de Medicina e que pode dar uma solução ou definir o diagnóstico clínico", adianta doutor Medina.
A mãe da menina está esperançosa.
Na Santa Casa de Ipaussu, doutor Medina também não pára. Ele cuida dos pacientes com a mesma dedicação do médico que o inspirou: doutor Rafael de Sousa, que ganhou homenagem na pracinha da cidade. "Ele era meio como um padre. Depois, eu aprendi as coisas da medicina, mas era mais uma vocação que nasceu de ver o que ele fazia para os outros, não o que ele fazia como atividade", diz doutor Medina.
O trabalho voluntário é antigo, desde a época da faculdade. E já faz tempo que ganhou reforço. São os mutirões de cirurgias. Os colegas voluntários ficam hospedados na casa onde o médico nasceu e que foi ampliada. Ele, a mulher e os filhos recebem todos com a gentileza típica do interior, com churrasco e bolo.
Uma paciente diz que a única maneira de agradecer é pedindo a Deus para que doutor Medina continue sempre com os moradores de Ipaussu.
"Eles me trazem banana, frango, porco, cabrito, principalmente na época de Natal", conta o médico.
O aposentado Luiz Marim, mais conhecido como seu Zicão, viu doutor Medina crescer. O médico agora vê seu Zicão passar dos 90 anos. Graças à ajuda do médico, ele fez uma cirurgia na perna e pôs marca-passo no coração. E é com lágrimas nos olhos que o velho amigo palmeirense agradece.
"Eu não tenho palavras para tanto agradecimento. Ele não é só do Zicão, é de Ipaussu. Ele tem uma consideração por isso aqui que não tem palavras. Não tem pessoa que não o admire", exalta o morador.
E mais uma vez o médico não sai de mãos vazias. Zé ou doutor Medina, não importa onde ele esteja – no Hospital do Rim, em São Paulo, ou na Santa Casa de Ipaussu –, o trabalho é sempre uma enorme satisfação.
"Eu tenho uma satisfação enorme pelo sucesso do programa, por ter conseguido fazer uma coisa no Brasil que não se faz em nenhum outro país do mundo. Esse é um tipo de sucesso. Em Ipaussu, o sucesso é um pouco diferente, com cada pessoa. Me dá saudade", conclui doutor Medina.

(Transcrito de:  http://grep.globo.com/Globoreporter/0,19125,VGC0-2703-17680-4-290083,00.html


Jornalista e Apresentador Rodrigo Bocardi


Rodrigo Bocardi de Moura é um jornalista e apresentador brasileiro. Wikipédia
Nascimento4 de janeiro de 1976 (idade 42 anos), Ipaussu, São Paulo
NacionalidadeBrasileiro

IMAGENS DA CIDADE


Estação ferroviária (1908)


A cidade em 1945


Últimos trens de passageiros (década de 1990)


 Antigo terreiro de café


 Vista geral


 Escola Técnica Estadual Prof. 
Pedro Leme Brisolla Sobrinho,


Centro da cidade


Igreja Matriz - Senhor Bom Jesus


Camping Municipal


 Ilha do Lago


Hotel Pousada Recanto das Garças

Fonte: https://www.google.com.br/search?q=Fotos+da+cidade+de+ipaussu,



Vídeo sobre Ipaussu 
(You Tube)


CONCLUSÃO


         Este trabalho pode ser melhorado através de críticas construtivas e sugestões. É assim que tenho feito com todas as postagens publicadas em meu blog.

        Portanto, se você tiver qualquer contribuição a fazer, poderá entrar em contato comigo através do e-mail indicado no final desta publicação. 


SOBRE O AUTOR DA POSTAGEM


Wilson do Carmo Ribeiro é industriário aposentado, professor e historiador diletante. 
É presbítero emérito da Igreja Presbiteriana do Brasil e membro da Igreja Presbiteriana Rocha Eterna de Sorocaba.
E-mail: prebwilson@hotmail.com














 

















QUINTO ENCONTRO DE CONJUNTOS E QUARTETOS MASCULINOS NA IGREJA PRESBITERIANA DE CAMPO LARGO EM SALTO DE PIRAPORA

  APRESENTAÇÃO Aconteceu dia 30-04-2011 com início às 19 h 30 minutos na I.P. de Campo Largo em Salto de Pirapora o 5º Encontro de Conjuntos...