sábado, 6 de dezembro de 2014

DÁRIO CERIONI E DESCENDÊNCIA: EXEMPLO DE DEDICAÇÃO À FAMÍLIA E AO TRABALHO

APRESENTAÇÃO


         Entre as famílias mais antigas e conhecidas de Alumínio se encontra a de Dário Cerioni, já homenageado com seu nome colocado em uma via pública da cidade.
         Contando com a inestimável colaboração de sua neta, professora Angélica Cerioni, elaboramos esta postagem, dando assim nossa contribuição à preservação da história e da cultura dessa cidade na qual tivemos o privilégio de viver por muitos anos.
         A narrativa sobre cada personagem do trabalho, as fotos e demais informações foram todas transmitidas por ela atendendo nosso pedido.
         Fomos vizinhos da família Cerioni em 1967 quando residimos na parte aluminense conhecida como Barra Funda e clientes no açougue de sua propriedade durante todo o tempo em que residimos na cidade.
         Que a leitura desta postagem e a visualização das fotos seja agradável e instrutiva a todos.


A SAGA DA FAMÍLIA


         Conforme já dissemos, a descrição da vida e do trabalho do Sr. Dário Cerioni e sua família é de sua neta Angélica. É o que transcrevemos a seguir:


 Filhos, cônjuges e netos:

a)   JOAQUIM CERIONI (16/10/1932 - 29/08/2008). Casou-se com Cezina Vieira (Cerioni) dia 22/07/1962 em Alumínio.
Filhos: Maria Cristina Cerioni (Capelloto), Maria Angélica Cerioni, Maria Clara Cerioni e José Roberto Cerioni.
b)   MILTON CERIONI (18/10/1935 - 13/07/2006) Casou-se com Almey Clotilde Alvers (Cerioni) dia 24/01/1960 em Itapetininga.
Filhos: Regina Luzia Cerioni, Sandra Maria Cerioni (Toth), Hamilton Cerioni Júnior, Flávia Elizabete Cerioni (Mastrogiuseppe) e Marcelo Cerioni.
c)    Alzira Luzia Cerioni (da Silva) - (28/03/1939) Casou-se com Pedro Antunes da Silva dia 24/01/1965 em Alumínio.
Filhos: Maria Madalena Antunes da Silva (Arruda) e Pedro Antônio Antunes da Silva.
d)   Neusa Maria Cerioni (Duarte) - (21/10/1943 ) Casou-se com José Henrique Mora Duarte dia 19/01/1969 em Alumínio.
Filhos: José Eduardo Cerioni Duarte e José Henrique Cerioni Duarte.
e)   Waldery Modesto Cerioni - (07/02/1945) Casou-se com Dirce de Lima (Cerioni) dia 24/09/1972 em Alumínio.
 Filho: Carlos Alberto Cerioni.”

 
LUTANDO E VENCENDO NA VIDA


Angélica fala das lutas do avô Dário e da família nos seus primórdios lá no sítio no Bairro Itararé para finalmente se estabelecerem em Alumínio e se tornarem comerciantes bem sucedidos
Meu pai nasceu na então cidade de Rodovalho. Três anos depois, com o nascimento de Milton, foram morar no sítio. Passaram muitas dificuldades lá. Meu pai Joaquim e meu tio Milton ainda crianças (seis anos), levantavam as quatro horas da madrugada para tirar leite de vaca e vender ou trocar por outro alimento; eles trabalhavam tanto que não lhes restava tempo para brincar.
A mãe deles, minha vó Lola fazia todas as roupas para a família, e as vendia também.
Quando eles ficaram mais moços, dois amigos da família, Sr. Joanin Galli e o dr. Júlio de Freitas fizeram uma pesquisa de mercado para ver no que eles poderiam trabalhar. Chegaram a conclusão que o ramo de carnes, açougue seria bom. Esses amigos foram muito importantes na vida deles e levaram meu pai Joaquim e meu tio Milton para aprenderem a examinar e escolher o gado, comprar, matar e vendê-lo, lidar com quantidades maiores de dinheiro, fazer os contatos. Lembro-me de meu pai acordando às 4h para buscar boi em Capela do Alto, Capão Redondo e em Itapetininga. Nada lhes foi caído do céu.
Somente na época em que meu tio Waldery nasceu é que as condições financeiras estavam um pouco melhores. No decorrer da melhoria da condição de vida, foram construindo a casa para onde iriam se mudar.
Quando meu pai tinha dezoito anos, toda a família deixou de morar no sítio para mudar para a casa da Rua José Cerioni onde os filhos permaneceram até se casar. Meu vô Dário e minha vó Lola ficaram nessa casa até morrer. Eles se mudaram para essa casa em 1950.
A partir dai foram se estabelecendo, fizeram o açougue e a leiteria junto com a casa do meu tio Milton e a casa do meu pai, do lado direito.
Quando meu pai retornou do sítio, começou a treinar futebol na Associação Atlética Alumínio, mas como trabalhava muito, só podia participar dos treinos no domingo, após 17h. Mesmo com tantas dificuldades, meu pai se sobressaiu como jogador e chegou até a receber uma proposta para jogar profissionalmente no Palmeiras. Teve que abandonar, pois ele e meu tio eram submissos ao meu vô Dário e precisavam trabalhar nos negócios da família.
Quero frisar que minha vó Aurora Coelho Cerioni é figura importantíssima para que a família de Dário Cerioni pudesse ter chegado onde chegou, como comerciantes de posses. Ela trabalhou e muito para o sustento da família, sofreu, passou necessidades materiais, mas nunca reclamou de nada.”
 


DOCES LEMBRANÇAS

Foto feita em meados dos anos setenta


"Esse é o lugar onde passei minha infância.
Lembrei-me da escalada nas árvores atrás de nossas casas, no olhar o feijão verde a ser debulhado manualmente com as compridas varas arrumadas especialmente para essa finalidade, da roupa que minha vó punha no quarador para desencardi-las, no portãozinho que dava acesso ao quintal da nona Inês e ao fundo do então bar do Arlindo Taraborelli (olha só o fusquinha dele estacionado lá no fundo), da árvore que ficava em frente ao fundo da entrada da casa da tia Bida (Luzia Cerioni Fabiani), que na verdade eu falo tia mas é prima), do galinheiro e do pequeno estábulo onde ficava a égua do meu vô Dário, a Potranca, das garagens da casa tia Bida, da escada que tinha embaixo da casa do tio Milton e que dava acesso à loja de tecidos da tia Neusa e ao açougue.




  O PAI AMOROSO QUE DEUS LEVOU



Angélica, filha saudosa escreve sobre seu pai Joaquim Cerioni, o qual aprouve a Deus recolher aos páramos celestiais, deixando nela e em todos da família aquela saudade dolorida. Ela fala de uma postagem que fez sobre o pai, a quem se refere como"Joaquim pai, Joaquim cuidador, doce e amigo. Mostra um lado do Juca que poucos conheceram."
Ela compartilhou sua manifestação na rede social Facebook. É essa pequena peça literária que transcrevemos.

“Neste mês (agosto) em se comemora o Dia dos Pais eu homenagearei o pai mais lindo e mais amado do mundo: o meu pai, Joaquim Cerioni! Já são 6 anos que ele não está mais entre nós. Lembranças, saudades? Muitas!!
Saudades das musiquinhas que ele ia cantando no carro quando passeávamos, saudades de quando eu punha meu pé em cima do pé dele e ele ia caminhando comigo, saudades de quando ele me dava banho e me ensinava que eu tinha que lavar bem dentro da orelha...
Lembro-me bem se seu choro triste quando meu vô Dário morreu e eu fiquei num cantinho observando meu pai tão forte, tão corajoso, tão bruto, tão decidido, chorando sentido.
Logo cedo, no dia em que ia sair o resultado dos aprovados da Fuvest, em 1984, meu pai correu na banca para ver meu nome na lista dos aprovados. Eu já sabia que não tinha conseguido mas me calei deixando ele e minha mãe na expectativa. Lembro do barulho das páginas do jornal sendo folheadas de lá para cá e de quando ele fechou, em silêncio a porta da cozinha e saiu para trabalhar...
No dia da festa de primeiro ano de vida da Fernanda lá estava ele, com cara de bobo, atrás da Fer e da Geórgia.
Espero que minhas palavras façam vocês se lembrarem também de seus pais, dos que já se foram e daqueles que estão perto de seus filhos, esperando todo dia por um abraço beeeeem apertado.
Abraço a todos!




ÁLBUM DA FAMÍLIA

 
Dário Cerioni


Dário Cerioni em sua 
tradicional montaria


Dário Cerioni, em
seu porte elegante


Casa da família Cerioni em Alumínio
antes da urbanização da cidade



Joaquim Cerioni e a caminhonete Ford



Haruto Sato, Joaquim Cerioni 
e um amigo.


Joaquim e Milton entre amigos
no mangueirão no sitio da família



Vó Lola (a mais alta) com uma prima
e os filhos Joaquim e Milton


Da esquerda para a direita ao fundo: Maria Clara Cerioni Angélica; 
na frente: Marcelo Cerioni, filho do Milton, meu irmão 
José Roberto Cerioni e Hamilton Cerioni Junior. 
O corcel é da Vera Lúcia Fabiani



Joaquim, Neusa, Alzira, Valdery
e Milton em Pirapora 



Joaquim Artêmio e Milton



Joaquim, o atleta da Associação Atlética Alumínio
É o último agachado, à direita


FOTOS INDIVIDUAIS DA FAMÍLIA



O garotinho Joaquim se familiarizando
com a montaria do seu pai Dário



 
O jovem



O moço


Na lida lá no sítio



Manuseando o que entendia muito: carne



No açougue da família



Joaquim e sua bela horta


FOTOS FAMILIARES



José Roberto (Beto), Maria Cristina, 
dona Cezina Vieira Cerioni, Maria Clara 
e Maria Angélica.



Eduardo e Maria Luíza, filhos de Cristina, Geórgia Roberta 
e Ana Carolina, filhas do Beto, Anna Laura, filha da Cristina
e Maria Fernanda, filha da Angélica. Ao lado de dona Cezina 
está a Sara, filha da Geórgia e, portanto, bisneta de dona 
Cezina e do lado direito, a mais alta é Isadora, filha do Beto.



Angélica Cerioni, filha de Joaquim Cerioni 
e dona Cezina. Neta de Dário Cerioni e dona
Lola. Foi através dela que foi possível realizar
este trabalho. A ela, minha gratidão


CONCLUSÃO

         Este trabalho pode ser melhorado através de críticas construtivas e sugestões. É assim que tenho feito com todas as postagens publicadas em meu blog.

        Portanto, se você tiver qualquer contribuição a fazer, poderá entrar em contato comigo através do e-mail indicado no final desta publicação.


SOBRE O AUTOR DA POSTAGEM

Wilson do Carmo Ribeiro é industriário aposentado, pedagogo e historiador diletante. 
É presbítero em exercício da Igreja Presbiteriana do Brasil, servindo atualmente na Igreja Presbiteriana Rocha Eterna de Sorocaba.
E-mail: prebwilson@hotmail.com




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